Paranaguá
Mulheres denunciam “drones espiões”
Equipados com câmeras de vídeo, aparelhos filmam intimidade das pessoas.
O mau uso da tecnologia tem incomodado algumas moradoras do Parque São João, em Paranaguá. Drones equipados com câmeras de vídeo já foram vistos na janela e outros cômodos de residências do bairro.
Duas aceitaram conversar com o Agora Litoral para alertar as pessoas e autoridades sobre a má utilização desses equipamentos. Ambas acreditam que o objetivo de quem manuseia o aparelho é tentar flagrar alguma cena íntima.
ALERTA
Nenhuma delas denunciou o fato à polícia por achar que era um ato isolado. Depois é que souberam que o episódio teria ocorrido em outras casas do bairro e resolveram falar a respeito.
Após perceberem a ação dos “drones espiões” (como denominam), elas disseram que têm usado mais as cortinas ou até mesmo fechado as janelas das moradias.
“É ridículo a gente ter que ficar se cuidando dentro de casa. Estão invadindo a privacidade das pessoas”, reclama Maria. “Bisbilhotar vida de pobre é não ter o que fazer mesmo”, emenda Dolores (nomes fictícios).
CORES DISTINTAS
Uma disse ter visto um drone de cor preta. A outra afirmou que era um branco – o que pode indicar que mais de uma pessoa está usando esse tipo de aparelho com o mesmo objetivo.
“Levei um susto; o negócio [drone] estava parado na janela do meu quarto. Quando quis reagir, saiu voando”, contou Maria, de 36 anos, casada, dois filhos. “Eu só falei um palavrão e ele sumiu”, brincou Dolores, de 34, também casada e mãe de uma adolescente.
As duas orientam as mulheres a ficarem mais atentas. “Esse tipo de situação pode estar acontecendo em outros bairros da cidade”, alerta Maria. “Queria ver se fosse com a mãe ou irmã dele; coisa de desocupado e sem noção”, desabafa Dolores.
CRIME
O problema é que esses “sem noção” estão cometendo um crime, previsto na Constituição Federal, que prevê em seu artigo 5º, inciso X, que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
O inciso V desse mesmo artigo assegura aos indivíduos o direito de resposta, proporcional à ofensa causada, além de indenização por dano moral, material ou à imagem.
Paranaguá
ROTAM flagra rapaz com revólver e munições no Jardim Esperança
Ele ficou nervoso ao avistar a viatura no início da noite de quinta-feira
Policiais militares das Rondas Ostensivas Tático Móvel (ROTAM) de Paranaguá, prenderam no início da noite de quinta-feira (9), Gledson Coelho da Luz, de 27 anos, por porte ilegal de arma de fogo. Com ele foi apreendido um revólver calibre 38, além de munições.
Conforme a ocorrência, tudo começou por volta das 18h30, quando os militares estavam em patrulhamento pela Rua dos Tangarás, no Jardim Esperança, e avistaram o rapaz em uma bicicleta e o reconheceram como sendo suspeito de cometimentos de vários ilícitos.
Ao avistar a viatura Gledson expressou certo nervosismo e, em seguida, parou em frente a uma loja de conveniência e, ao descer da bicicleta, para entrar no comércio, foi abordado pela equipe policial.
Na revista pessoal, os militares encontraram o revólver na cintura de Gledson, verificando que a arma estava com numeração suprimida e continha seis munições, uma delas “picotada”.
No bolso do rapaz, os policiais ainda encontraram um pé de meia com mais 10 munições calibre 38, além da quantia de R$ 83,95 e um aparelho celular.
Diante dos fatos, Gledson acabou preso e foi encaminhado ao plantão da Delegacia Cidadã junto com tudo que foi apreendido, para que fossem tomadas as providências necessárias.
PRESO EM 2022
Gledson Coelho da Luz já foi manchete no setor policial do Agora Litoral. Em dezembro de 2022 ele foi preso com mais outros dois homens, com mais de meio quilo de drogas, no mesmo bairro.
Trio é preso com mais de meio quilo de drogas no Jardim Esperança
Paranaguá
Rapaz de 21 anos morre após ser ferido a tiros no Jardim Iguaçu
27º assassinato do ano na cidade ocorreu na tarde desta quarta-feira
A cidade de Paranaguá foi palco de mais um homicídio, o 27º deste ano. Um rapaz morreu, na tarde desta quarta-feira (8), após ser baleado no bairro Jardim Iguaçu.
A vítima, João Pedro Alves da Silva, de 21 anos, teria sido surpreendido por dois indivíduos em uma motocicleta quando caminhava pela Rua dos Jatobás, próximo a um mercado da região.
Em segundos, um dos ocupantes da moto teria sacado uma arma e disparado várias vezes contra ele. Dois tiros teriam acertado o rapaz, que tentou fugir, pulando muros de algumas casas.
Na sequência, de acordo com algumas testemunhas, João Pedro tentou se abrigar em uma residência, mas caiu desfalecido em vista dos graves ferimentos. Um dos disparos teria acertado o seu tórax e o outro o pescoço, o que fez com que perdesse muito sangue.
Atendido por uma equipe do Corpo de Bombeiros, que tentou reanimá-lo e estancar a hemorragia, em seguida ele foi transportado às pressas para o Hospital Regional do Litoral. Porém, durante o trajeto, o jovem teve uma parada cardíaca e faleceu antes de dar entrada na unidade hospitalar.
TORNOZELEIRA
João Pedro Alves da Silva estava usando uma tornozeleira eletrônica. Levantamento do Agora Litoral mostra que ele havia sido preso em agosto de 2021, em Pontal do Paraná. À época com 18 anos, o jovem teria envolvimento em uma facção criminosa que mantinha um homem em cárcere privado com fins de matá-lo por determinação do chamado “Tribunal do Crime”.
Esse homem só não foi morto graças a uma ação integrada do BOPE – Batalhão de Operações Especiais, Rone – Rondas Ostensivas de Natureza Especial e da RPA – Rádio Patrulha Auto, desencadeada a partir de informações fornecidas pelo setor de inteligência da Polícia Militar. A vítima disse aos policiais que a intenção dos bandidos era cortar os seus dedos e depois executá-lo.
Na operação, realizada no balneário Monções, além de João Pedro, outras cinco pessoas foram presas, entre elas uma mulher.
O Agora Litoral registrou a ocorrência.
PM salva homem que estava sendo julgado pelo Tribunal do Crime em Pontal
Policiais militares recuperaram na noite de terça-feira, 7, uma motocicleta Honda CG 125 Fan com registro de furto em Paranaguá. A ação ocorreu no Jardim Figueira e resultou na prisão de dois homens.
Conforme a ocorrência, por volta das 22h, a equipe Motos da 1ª Companhia do 9º Batalhão se encontrava próximo da rotatória do Jardim Iguaçu, quando avistou una motocicleta, ocupada por dois homens, trafegando em alta velocidade.
Diante da situação, os militares decidiram por realizar a abordagem do veículo e, na revista de rotina, nada de ilícito foi encontrado com os ocupantes, de 24 e 29 anos. No entanto, ao ser feita consulta da placa de identificação da motocicleta, foi constatado que havia um alerta de furto vigente, indicando que tinha sido subtraída no dia 15 de abril na Rua Felipe Chede, bairro João Gualberto.
Ao serem questionados sobre da propriedade da motocicleta, nenhum dos abordados assumiu a propriedade. Mas, após alguns minutos, eles relataram que haviam comprado juntos, através de um anúncio do Facebook, e que não sabiam que se tratava de produto de furto e não indicaram de quem teriam adquirido o veículo.
Diante dos fatos, a dupla acabou presa pelo crime de receptação e foi encaminhada, junto com a motocicleta, ao plantão da Delegacia Cidadã para a elaboração do flagrante.