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Pescadores artesanais do Litoral sofrem com a falta de políticas públicas

Audiência realizada na Assembleia Legislativa ouviu as demandas dos trabalhadores

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Fotos: Mariana Andreatta

As famílias que dependem da pesca artesanal no Paraná sofrem com a falta de apoio, de políticas públicas e de legislação específica voltada para beneficiar a comunidade. As principais demandas e reivindicações da classe foram debatidas nesta segunda-feira (18/04) em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Paraná.

Proposta pelo deputado estadual Goura (PDT), a reunião teve como principal objetivo ouvir os problemas dos pescadores do Litoral Paranaense. De acordo com o parlamentar, a intenção é fortalecer o debate a respeito das condições de trabalho dos pescadores artesanais. Segundo ele, a intenção é iniciar estudos e ações de políticas públicas para o desenvolvimento das atividades de pesca artesanal.

Participaram do encontro representantes das colônias e Associações de pescadores e secretários de Meio Ambiente dos municípios de Paranaguá, Guaraqueçaba, Antonina, Guaratuba, Pontal do Paraná e Matinhos; além de representantes do IBAMA; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Sebrae; Instituto Água e Terra (IAT); associações, movimentos e lideranças comunitárias, bem como a comunidade científica.Goura explicou que ao percorrer os municípios litorâneos, constatou que há um abandono por parte do Governo Federal e do Estado em relação às políticas voltadas para a pesca.

“Temos uma escuta qualificada para melhorar as políticas públicas para pescadores e economia de nosso Litoral. Pretendemos fazer uma audiência presencial para que a pesca e os envolvidos sejam contemplados em suas demandas. O objetivo é unir esforços das esferas de governo para a pesca, pois falta um olhar positivo de políticas públicas para quem está na ponta. Quando falamos de políticas públicas, elas devem ser permanentes”, completou.

Deputado Goura

De acordo com o vereador de Guaratuba, Fabiano Cecílio da Silva, esta é uma temática que historicamente foi deixada de lado, com poucas políticas públicas, tanto em nível estadual quanto municipal.

“É importante ressaltar que quando falamos da pesca artesanal, falamos de uma das atividades econômicas mais antigas do mundo. Precisamos ter o pescador como mola propulsora do Litoral. São 60 comunidades de pescadores, com quatro mil famílias vivendo disso. Qual atividade é sustentável com a falta de subsidio para o combustível? Esta é uma coisa que já é feita em outros estados. Hoje, quando falamos de Litoral, o pescador tem apenas meia milha para pescar. Isso nunca foi posto em uma pauta de reunião. São coisas que precisam ser trabalhadas para melhorar a situação”.

Guilherme Portela, do Instituto da Pesca, explicou o trabalho desempenhado pelo projeto, iniciado em 2016, com o objetivo de monitorar e dar visibilidade ao setor pesqueiro. Segundo ele, há uma falta de dados para monitorar a atividade.

“O Litoral sempre sofreu com ausência de monitoramento pesqueiro. Essa ausência de dados reforça a falta de apoio à pesca artesanal”, disse. Segundo ele, os principais problemas apontados pelos pescadores é a ausência de infraestrutura e problemas de fiscalização e legislação.

A leitura é a semelhante à do professor Roberto Martins de Souza, do Instituto Federal do Paraná (IFPR). Ele identificou que entre os grandes problemas que cercam a pesca artesanal estão a atividade portuária, o turismo, a especulação imobiliária e o protecionismo ambiental.

“Estes fatores ocultaram a atividade da pesca artesanal, uma atividade econômica muito importante. Os pescadores se mantêm com populações resistentes, contribuindo com os municípios do Litoral. Por outro lado, temos um desmonte do Estado, com a perda de estruturas que atendiam essa população, como o Ministério da Pesca. Além disso, há a derrubada de legislações que protegiam o pescador, por isso há a vulnerabilidade dessa população”, avaliou.

Pescadores
Principais interessados na discussão, pescadoras e pescadores dos municípios do Litoral paranaense participaram do encontro, onde relataram os principais problemas e demandas que enfrentam. A pescadora Katia Simões de França, da Associação de Pescadores Balneário Olho D’água e da Associação de Mulheres empreendedoras da Pesca, de Pontal do Paraná, lembrou a falta de políticas públicas voltadas exclusivamente para as mulheres.“Temos uma atividade de trabalho muito longa. Precisamos da ampliação da renda e de crédito. Necessitamos que as mulheres tenham voz ativa. Precisamos de melhorias nas bancas, mais visibilidade, além de subsídio para os altos investimentos que as embarcações exigem”.

Já para Bryan Renan Muller, do Empreendimento Social Olha o Peixe, em Pontal do Paraná, é necessário condições mínimas aos profissionais, com a carteira profissional de pescador.

“Esta é uma demanda muito importante, assim como as ações mais efetivas de compensação ambiental. Outra coisa é a necessidade de comunicado da previsão do tempo. É algo que parece pequeno, mas é muito importante. Muito pescadores em ilhas e comunidades não tem acesso à internet”, disse.

Lopes Fabiano Ramos, presidente do Mercado de Peixe e Associação de Pescadores de Matinhos, reforçou a necessidade de mais valorização das associações dos pescadores.

“Pedimos uma fiscalização mais forte para os que não são pescadores. Temos no mar muitas redes de gente que não é pescadora. Isso prejudica”, revelou. Álvaro Pinto Cunha, da Colônia de pescadores de Guaratuba, reclamou da falta de um apoio mais efetivo da administração pública. “Nós nunca fomos representados pelo governo”.

Wallace Aparecido de Aguiar, da Associação de Pescadores e Armadores de Guaratuba e Região (APAGRE), concordou. “Precisamos do auxilio do governo em prol dos pequenos. Eles precisam trabalhar de forma que beneficie para que todos tenham seu sustento”.

Admir Costa Freire, da Colônia de pescadores de Antonina, trouxe informações sobre a pesca predatória da sardinha. “Queríamos saber o que poderia ser feito para proibir isso, pois está prejudicando a baía de Antonina. Outro problema é a dragagem da baía, que suja a água e não permite a reprodução de algumas espécies”, revelou. O pescador e vereador de Antonina, Hélio Freitas Castro, reforçou o pedido. “O município precisa de fiscalização que proíba esse tipo de pesca ilegal na baía de Antonina”.

Na visão de Rosene Aparecida Passo, pescadora da Associação de Moradores Eufrasina de Paranaguá, a atividade portuária prejudica os pescadores. “Há a falta de regulamentação e de projetos de apoio ao pescador”.

Luiz Antonio de Morais, da Associação Comunitária dos Moradores de Europinha e Nácar de Paranaguá, disse que a principal demanda da comunidade é um trapiche. “Estamos isolados. É um dever do Estado garantir isso”, cobrou.

Renato Pereira de Siqueira, da Comunidade MOPEAR da Ilha das Peças, lembrou que a classe dos pescadores é colocada à margem das decisões. “Não somos consultados sobre quase nada. Por isso defendemos a consulta das comunidades para a tomada de decisões”.

Municípios
As administrações municipais, por meio dos secretários, também ofereceram um posicionamento sobre o tema. Jackson Cesar Bassfeld, secretário de Meio Ambiente e Pesca de Pontal do Paraná, explicou que a área da pesca artesanal vive muitos conflitos.

“É importante buscarmos aproximar informações, além de trazer políticas públicas assertivas a cerca das demandas que são apresentadas. As partes não se aproximam para resolver os principais problemas. A Secretaria está aberta para busca de soluções”, informou.

O secretário de Agricultura de Antonina, Yuri Yoriaki Osaki, revelou que a pesca industrial ajuda a prejudicar a pesca artesanal, além de mudar o ciclo da vida de muitas espécies de peixes. “Falta um controle e uma legislação efetiva. Sugerimos e pedimos ajuda para este problema que tem sido muito grave em nossa região”. O Secretário de Agricultura e Pesca de Paranaguá, Antônio Ricardo dos Santos, lembrou a necessidade de todos os envolvidos no setor se juntarem para buscar soluções.

“Temos que unificar todos os objetivos para falar a mesma língua”. Ele explicou ainda que os municípios têm trabalhado para reforma e construção dos trapiches. “Estamos avaliando alternativas até que se conclua o licenciamento para a licitação das obras”, afirmou.

Órgãos
O superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Jair Soares, colocou o órgão à disposição dos pescadores.

“Não medimos esforços para melhorar a gestão desta classe”, disse. Soares também criticou a extinção do Ministério da Pesca. “Foi um erro. O País poderia estar exportando peixe, mas está importando. Agora vemos as dificuldades que estão aí. O setor precisa ser olhado e assistido com mais políticas públicas”, reforçou.

O representante do IBAMA, Antônio Fernandes, também colocou o órgão à disposição dos trabalhadores. Fernandes explicou que, apesar disso, a escassez de investimentos prejudica o trabalho.

“Temos problema de recursos humanos e de infraestrutura para fazer a fiscalização. Precisamos otimizar os recursos para que as instituições trabalhem em conjunto. Precisamos sensibilizar a alta esfera de governo sobre as carências do IBAMA”, disse.

Taciano Cesar Freire, do Instituto Água e Terra, avaliou que os problemas para o setor são permanentes e diversos, por isso é necessário reforçar a atuação em prol dos pescadores.

“Temos de promover eventos para potencializar ações que tragam soluções. Estamos disponíveis a colaborar. Vamos dar uma atenção especial para melhorar a qualidade de vida dos pescadores artesanais”, comentou.

Da Alep

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UFPR abre concurso com vagas para Matinhos e Pontal

Cargos são de níveis técnico e superior; salários variam de R$ 2,6 mil a R$ 4,5 mil

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A Universidade Federal do Paraná (UFPR) publicou na última segunda-feira (29/04), o edital de concurso público para o preenchimento de 54 vagas em 22 cargos da carreira técnico-administrativa, incluindo cargos de nível técnico e superior. No Litoral, há vagas para atuar em Matinhos e Pontal do Paraná.

INSCRIÇÃO
As inscrições ficam abertas até o dia 31 de maio e devem ser feitas pelo site do Núcleo de Concursos (NC/UFPR). A taxa é de R$ 150 para cargos de nível técnico e de R$ 200 para os de nível superior. Candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CADÚnico) e doadores de medula óssea, têm até esta sexta-feira (3) para pedir isenção da taxa.

VAGA
As vagas estão distribuídas entre as cidades de Curitiba, Palotina, Toledo, Matinhos, Pontal do Paraná e Jandaia do Sul, além da Fazenda Canguiri, em Pinhais.

As vagas de nível técnico, com remuneração inicial de R$ 2.667,19, são para os seguintes cargos: Técnico de Laboratório – Biologia; Técnico de Laboratório – Análises Clínicas; Técnico em Contabilidade, Técnico em Enfermagem, Técnico em Farmácia e Técnico em Radiologia.

Os cargos de nível superior, com remuneração inicial de R$ 4.556,92, são os seguintes: Administrador, Analista de Tecnologia da Informação, Arquiteto e Urbanista, Arquivista, Bibliotecário – Documentalista, Engenheiro Eletricista, Engenheiro Mecânico, Farmacêutico, Médico Psiquiatra, Médico Clínico Geral, Pedagogo, Produtor Cultural, Psicólogo, Químico, Técnico em Assuntos Educacionais e Zootecnista.

A prova objetiva para todos os cargos será aplicada no dia 4 de agosto. Os inscritos para  Técnico de Laboratório (Biologia) e Técnico de Laboratório (Análises Clínicas) farão também prova prática, em data a ser definida em edital específico, e os inscritos para os cargos de Médico farão prova de títulos entre os dias 3 e 9 de setembro.

Todas as informações sobre o concurso estão detalhadas no Edital.

Com informações do Núcleo de Concursos

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Ratinho Junior sanciona lei que cria Código da Pessoa com TEA

Governador também sancionou nesta semana, a lei que institui o programa sobre cuidado e atenção aos recém-nascidos

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou nesta semana a lei 21.964/2024 , que institui o Código Estadual da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. A legislação unifica diversas leis vigentes no Paraná. São mais de 100 artigos que versam sobre direitos, diretrizes para a formulação e implementação de políticas públicas, obrigações de entes privados e públicos, entre outros pontos relevantes da área.

Entre os dispositivos reunidos na nova lei estão o direito à Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista – Ciptea, documento válido de identificação civil nos termos da Lei Federal nº 12.764, de 2012, com vistas a garantir atenção integral, pronto atendimento e prioridade no atendimento e o acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social, e a instituição do porta-documentos do condutor de veículos automotores com TEA.

O documento também orienta que as carteiras de vacinação em formato impresso ou digital, do sistema de saúde do Estado do Paraná, devem conter esclarecimentos e informações sobre o TEA. Outro tema abordado é o diagnóstico precoce do TEA, por meio de trabalho de profissionais de saúde e educação, de forma interdisciplinar e multidisciplinar.

A nova lei também reúne regras do animal de suporte emocional, da participação da sociedade civil na formulação de políticas públicas para esse público, da promoção de campanhas educativas, da atenção especializada na rede estadual de educação, da participação em competições esportivas, da divulgação de vagas de emprego destinadas a pessoas com TEA, do Selo Empresa Amiga do Autismo, da inclusão em locais turísticos, entre outros.

NOSSA INFÂNCIA PARANÁ 

O governador também sancionou a lei que institui o Programa Nossa Infância Paraná , vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Família. O objetivo é ampliar a execução de políticas públicas pertinentes ao cuidado e atenção aos recém-nascidos e bebês cujas famílias se encontrem em situação de vulnerabilidade social, por meio da entrega de itens de vestuário e produtos.

O programa atenderá famílias em situação de vulnerabilidade desde que cumpram critérios estabelecidos, como acompanhamento pré-natal, cumprimento de calendário vacinal, entre outros. Os investimentos do programa serão do Fundo Estadual de Combate à Pobreza do Paraná – Fecop/PR.

“Teremos um impacto muito positivo com o Nossa Infância Paraná, não apenas nas vidas das famílias que serão beneficiadas, mas também em todo o Estado. Ao proporcionarmos um começo de vida mais digno e saudável para os nossos recém-nascidos, estamos construindo uma sociedade mais justa e inclusiva, garantindo o bem-estar infantil”, destacou o secretário do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni.

ABRIL: 4 mil Carteirinhas do Autista emitidas em todo o Estado

Durante todo o mês de abril, dedicado à conscientização sobre o autismo, o Governo do Paraná, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social e Família, realizou mutirões para a emissão da Carteirinha do Autista (Ciptea).

Ao todo foram 4 mil novos documentos emitidos em todo o Paraná nos mutirões propostos e organizados pelos escritórios regionais da pasta. 330 municípios aderiram às ações propostas, com Curitiba com o maior número de emissões (399), seguida de Maringá (184) e Foz do Iguaçu (162).

Para a secretária em exercício, Luiza Simonelli, essa é uma política inclusiva e que se preocupa com a garantia de direitos. “A emissão da Carteirinha do Autista está crescendo todos os anos. Aproveitamos esse mês de conscientização para incentivar essa emissão e divulgar ainda mais essa iniciativa. Os paranaenses têm esse direito”, destacou.

Kelly Cristina Ito Godoy, de Maringá, aproveitou para fazer a carteirinha da filha, de 11 anos. Para ela, a ação é importante para vencer o preconceito. “O documento é uma forma de dar mais visibilidade às crianças, para que elas tenham seus direitos reconhecidos e garantidos. Para a gente que é família é sempre uma luta por respeito, por inclusão, e esse documento é uma forma de termos todas essas ações”, afirmou.

A Ciptea garante o atendimento prioritário em espaços públicos e privados e oferece a identificação das pessoas com transtorno do espectro autista. Além disso, serve também como documento de identificação. Mais de 22 mil paranaenses já aderiram.

ONLINE

Mesmo com as ações presenciais encerradas, a carteirinha pode ser feita de forma online. Regulamentada por lei federal, ela é gratuita e traz dados e informações tanto da pessoa dentro do espectro autista como de seus responsáveis. Todos os paranaenses que possuem TEA podem solicitar a Carteira no site www.carteiradoautista.pr.gov.br. Após análise e aprovação do cadastro, o usuário receberá mensagem por e-mail ou SMS para imprimi-la.

Documentos necessários para a solicitação da Carteira do Autista:

– RG, CPF do autista;

– RG, CPF do responsável;

– Fotografia do autista digitalizada (deve ser A mais recente possível). Serão aceitas apenas fotos nas proporções usadas para documentos e com boa resolução para impressão;

– Laudo Médico digitalizado. O documento deve conter os dados do paciente, a Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), além da assinatura e carimbo de identificação com CRM do médico responsável;

– Exame de Tipo Sanguíneo digitalizado.

Da AEN

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Morre no Hospital Regional homem espancado na noite de 22 de abril em Paranaguá

Ele estava internado após ser encontrado caído em rua do Alto São Sebastião

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Diógenes não resistiu às agressões

Um homem vítima de agressão morreu no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, na madrugada de quarta-feira, dia 1º de maio. Diógenes Pereira Passos, de 46 anos, tinha sido encaminhado à casa hospitalar na noite de 22 de abril e, desde então, permanecia internado.

Uma equipe do SAMU socorreu Diógenes, encontrado bastante ferido nas imediações de um posto de combustível na Avenida Coronel Santa Rita, na região do bairro Alto São Sebastião.Levado ao hospital, a vítima da agressão não conseguiu se recuperar. O caso foi comunicado à polícia e, em seguida, o corpo recolhido pelo IML de Paranaguá para exames complementares.

Diógenes era natural de Belo Horizonte, Minas Gerais, e tinha endereço na cidade de Curitiba. A morte dele entra na estatística da violência como o 27º homicídio na cidade-mãe do Paraná.

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