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Polícia

Casal que torturava crianças apresentado à imprensa

NUCRIA E POLÍCIA CIVIL REVELARAM DETALHES DA PRISÃO DOS DOIS

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Reinaldo e Claudia disseram que só falarão em juízo. (Foto: Claudino Nunes/Agora Litoral)

Agora Litoral
O casal que torturava crianças em Paranaguá foi apresentado oficialmente nesta terça-feira (10) à imprensa de Paranaguá. Em entrevista coletiva, a delegada do NUCRIA (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes), Maria Nysa Moreira Nanni, e o delegado-adjunto da 1ª Subdivisão Policial, Nilson Santos Diniz, forneceram detalhes da investigação e da prisão do casal.

Segundo a delegada, Reinaldo Bucenko Junior e Claudia Regina Nonnenmacher já eram investigados desde 2015 pela prática de tortura contra os filhos de Claudia – uma  menina de dez anos e um menino de seis. Eles só não foram presos temporariamente antes porque haviam conseguido uma medida judicial que impedia a sua prisão. Contudo, nesta segunda-feira (9), de posse de um Mandado de Prisão Preventiva, a Polícia conseguiu encontrá-los e cumprir o mandado.

Maria Nysia explicou que as crianças eram vítimas de todo tipo de tortura, física e psicológica. Elas não tinham contato com outras crianças e só saiam de casa na companhia da mãe ou do padrasto. “Marcas diferentes de tortura foram encontradas pelo corpo todo delas”, disse a delegada. Para ela, apesar das crianças sofrerem nas mãos de Reinaldo e Claudia Regina, elas ainda tentaram protegê-los.

SÍNDROME DE ESTOCOLMO
Essa tentativa de proteger o agressor é chamada de Síndrome de Estocolmo – um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.

Ainda de acordo com a delegada Maria Nysia, das duas crianças, o menino é o mais abalado psicologicamente e tem até dificuldade de articular palavras. Como forma de proteção, ele desenhava sempre um anjinho (que provavelmente seria o pai, já falecido). Esses desenhos estão anexados ao inquérito policial. Já a menina, apesar dos traumas, se espelha muito na mãe.

RITUAIS
As investigações do NUCRIA apontaram também para a possibilidade de Reinaldo e Claudia Regina utilizarem as crianças em rituais religiosos. Vários utensílios para esses tipos de rituais foram encontrados na residência dos dois e também algumas anotações do que fazer.

O Agora Litoral conseguiu acesso à parte desse material onde constam as palavras “menina” e “menino”. A delegada Maria Nysia disse também que, a princípio, as investigações apontaram que nenhuma outra criança teria sido torturada ou teria feito parte desse tipo de ritual.

PRISÃO
O delegado Nilson Diniz, que coordenou a prisão dos dois que hoje são réus, confirmou que Reinaldo foi preso nas imediações da Delegacia de Polícia e Claudia Regina nas dependências do Hospital Regional do Litoral.

“Eles tentaram mostrar o Habeas Corpus, que carregavam sempre consigo, mas dessa vez não teve efeito como anteriormente. Nossa equipe estava de posse de um Mandado de Prisão Preventiva e efetivou seu cumprimento”, disse o delegado na entrevista coletiva.

Nilson Diniz reafirmou a importância da sociedade colaborar com o trabalho policial e esclareceu que o telefone 181 não serve apenas para denúncias envolvendo o tráfico de drogas. Ele poderá ser usado para qualquer tipo de denúncia que auxilie os órgãos de segurança a realizar de uma forma mais concreta o seu trabalho. “A segurança pública é dever de todos; daí a importância de uma maior interação entre a sociedade e a polícia”, salientou o delegado.

EM JUÍZO
Apresentados à imprensa, sem mostrar o rosto como determinam as regras da Secretaria Estadual de Segurança Pública, Reinaldo Bucenko Junior e Claudia Regina Nonnenmacher se limitaram a dizer aos repórteres presentes que só falarão em juízo. As crianças continuam sob a guarda dos avós maternos.

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Morre no Hospital Regional em Paranaguá mulher atingida por 5 tiros em Matinhos

Ela foi encontrada caída na rua, na madrugada desta sexta-feira.

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Morreu, na manhã desta sexta-feira (26), no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, a mulher que havia sido atingida por cinco tiros na madrugada de hoje na cidade de Matinhos.

Juliana Barras Cezar, de 35 anos, foi encontrada por populares caída ao chão, na Rua Rio Negro, no bairro Tabuleiro, com vários ferimentos provocados por arma de fogo – inclusive na cabeça e no tórax.

A vítima foi atendida pela Polícia Militar e encaminhada primeiramente à Unidade de Pronto Atendimento Praia Grande, e posteriormente transportada às pressas para o Hospital Regional do Litoral.

Após ser submetida a cirurgia, Juliana Barras Cezar – que residia em Matinhos e não possuía histórico criminal – não resistiu aos ferimentos e faleceu por volta das 9h50.

Com mais esse crime, a cidade de Matinhos atinge a marca de sete homicídios este ano. Em todo Litoral já foram contabilizados 53 assassinatos em 2024.

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Polícia prende cinco por homicídio em menos de 72 horas após o crime em Morretes

Crime ocorreu em uma casa noturna no município

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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu quatro homens, com idades de 19, 23, 25 e 28 anos, e uma mulher, de 38, suspeitos de envolvimento em um homicídio ocorrido no domingo (21), em Morretes. Fabrício Krigeroski Sabino Reis, de 24 anos, foi morto com um tiro na cabeça. Os indivíduos foram presos em flagrante em menos de 10 horas após o crime, e os outros dois envolvidos presos preventivamente na quarta-feira (24).

Conforme apurado, o crime ocorreu em uma casa noturna no município. Os suspeitos iniciaram uma discussão com a vítima e efetuaram disparos de arma de fogo. Após o crime, fugiram do local.

O delegado da PCPR André Rosa Silva explicou que a rápida resposta à população se iniciou imediatamente após o fato, com o início das investigações.

Durante as diligências, foram apreendidas duas motocicletas utilizadas pelos autores na fuga, bem como o veículo utilizado para o transporte dos criminosos até o local do crime. Além disso, foi constatada a participação de cinco indivíduos na prática criminosa.

“Em menos de 10 horas após o crime, logramos êxito na prisão em flagrante de três participantes do homicídio, sendo um deles detido em Morretes e os outros dois em Paranaguá. Os outros dois suspeitos foram presos em cumprimento a mandado de prisão preventiva decretada judicialmente também em Morretes”, afirmou o delegado.

Ainda segundo o delegado, a arma de fogo utilizada no crime foi encontrada em um local onde as imagens de segurança flagraram um dos autores jogando o objeto embaixo de um carro.

Os cinco envolvidos foram encaminhados ao sistema penitenciário.

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Procurado por homicídio é preso pela Guarda Civil em Paranaguá

Ação da GCM foi no final da tarde de terça-feira, na Ilha dos Valadares

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Na tarde de terça-feira, 23, na Ilha dos Valadares, em Paranaguá, agentes da Guarda Civil Municipal prenderam um rapaz de 27 anos que era procurado pela Justiça. A ação ocorreu durante uma abordagem de rotina.

De acordo com a ocorrência, por volta das 17h, uma equipe de Patrulhamento de Área da GCM estava em deslocamento pela Vila Itiberê, quando desconfiou de um rapaz, que ao ver a viatura passou a mexer em sua cintura, chamando a atenção dos agentes.

Imediatamente os guardas civis resolveram realizar a abordagem e, na revista de rotina, nada de ilícito foi encontrado com o suspeito. Mas ao ser feita a consulta da sua identidade, os agentes constataram que Gabriel do Rosário Santos Filho, havia um mandado de prisão em aberto pelo crime de homicídio.

Com o rapaz ainda foi apreendido um telefone celular e, diante da situação, o abordado foi levado à Delegacia Cidadã, onde o aparelho ficou apreendido, e, em seguida, conduzido à Cadeia Pública para o devido cumprimento da ordem de prisão.

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