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Paraná

Jornalista paranaense é a primeira indígena a ocupar Secretaria no Governo Federal

DECISÃO FOI ANUNCIADA NA TARDE DE QUARTA-FEIRA (02)

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Agora Litoral
A jornalista Sandra Terena, de Curitiba, foi anunciada na tarde de quarta-feira (2), como Secretária Nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SNPIR), antiga SEPPIR. O secretário-adjunto será Esequiel Roque do Espírito Santo, advogado, ele foi presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB de Rondônia. Um jovem cigano, que tem livros publicados sobre a temática, Igor Shimura, também será diretor da Secretaria.

Indígena do povo Terena de uma aldeia, fundada há 102 anos, no interior de São Paulo, na qual seu avô foi um dos patriarcas, Sandra Terena – ou “Alieté”, como é chamada na aldeia, se tornou a primeira jornalista indígena do Brasil em 2003.

É uma das principais vozes brasileiras na construção de políticas públicas direcionadas à defesa de direitos de comunidades tradicionais. Nasceu em Curitiba porque seu pai foi a capital paranaense para servir o exército. Ela tem uma trajetória incomum dentro do cenário envolvendo a comunidade indígena no Brasil.

Terena faz parte de uma minoria invisível que conseguiu cursar uma universidade, pós-graduação e conseguir aplicar o conhecimento para implementar, na prática, a busca pela melhor qualidade de vida de seu povo. Sandra é formada em Comunicação Social pela Universidade Positivo e tem pós-graduação em Comunicação Audiovisual pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

Escolheu a profissão como meio de defesa da comunidade indígena. Presidente da ONG Aldeia Brasil há treze anos, Sandra utilizou seu aprendizado para produzir, com recursos próprios, um documentário em algumas aldeias, como na região do Xingu e no Amazonas, denunciando a omissão do poder público sobre a prática do infanticídio dentro de aldeias indígenas da região.

Prêmio Jovem da Paz
O documentário ‘Quebrando o Silêncio’ é uma reportagem com mais de 80 horas de gravação e três anos de pesquisa de campo. O filme foi exibido em Brasília, no Museu do Índio, e em centenas de aldeias indígenas brasileiras e serviu como reflexão para que as lideranças tradicionais de diversas etnias passassem a orientar a comunidade para salvar a vida das crianças. O resultado deste trabalho rendeu à Sandra o Prêmio Internacional Jovem da Paz no ano de 2009.

Abertura da Noite dos Museus em Portugal
Sandra Terena é autora da exposição fotográfica “Beleza Ameaçada” que retratou o “Nhandereko” – jeito de ser guarani – um ensaio fotográfico na aldeia Pindoty, na Ilha da Cotinga, litoral do Paraná. O trabalho abriu a Noite dos Museus na Europa em 2007 na cidade de Torres Vedras, em Portugal, onde foi homenageada pelo trabalho.

Pioneira na fundação de Aldeia Urbana
A jornalista tem sido protagonista na construção de políticas públicas na proteção dos Direitos Humanos. Em dezembro ela participou da comemoração de dez anos da fundação de Kakané Porã, primeira aldeia indígena urbana do sul do Brasil, localizada em Curitiba.

Ao lado do cacique Carlos Karjer, do povo kaingangue, Sandra foi uma das fundadoras desta iniciativa inédita que tirou da invisibilidade mais de 35 famílias dos povos guarani, kaingangue e xetá que estavam vivendo em situação precária em mazelas na região metropolitana de Curitiba. Hoje, os indígenas vivem em casas de alvenaria, que foram construídas com recursos do Ministério das Cidades em um terreno doado pela prefeitura.

“Foi uma grande conquista. Passa um filme na minha cabeça quando lembro que toda essa comunidade vivia em uma ocupação irregular, insalubre, que tinha apenas um chuveiro frio para todos tomarem banho, no antigo Parque do Cambuí. Dez anos depois, vendo que toda uma comunidade mudou a sua história, percebo que valeu a pena cada minuto da nossa luta”, disse Sandra Terena.

Comunidades Tradicionais
Em 2013 recebeu mais dois prêmios por uma reportagem que trouxe visibilidade a uma causa dos pescadores, marisqueiras e catadores de caranguejo do litoral do Paraná que lutavam há mais de uma década para receber uma indenização causada por acidentes ambientais. Após a reportagem, mais de seis mil famílias conseguiram receber seu dinheiro e o Ministério Público descobriu uma organização criminosa dentro do Fórum de Paranaguá, no litoral do estado. Os cartórios cíveis foram estatizados e o juiz da comarca foi preso.

Comunidades Quilombolas
Na véspera do natal, a jornalista visitou a comunidade Quilombola Palmital dos Pretos, em Campo Largo – que é uma atividade promovida pelo Conselho Municipal Étnico Racial do município.

Poder público
No final de 2013, Sandra Terena deixou a redação e foi convidada para ser diretora no setor de Mobilidade Urbana da prefeitura de Curitiba. Nesse período foi representante da pasta nas Conferências Municipais dos Direitos Humanos nas temáticas: Igualdade Racial e da Pessoa com Deficiência. A partir de agosto de 2017 passou a integrar o quadro da Fundação Cultural de Curitiba.

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Homem é preso após tentar matar companheira e ameaçar atear fogo nela e nos filhos

Caso ocorreu na noite deste domingo (21), em Cascavel

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Um homem, de 27 anos, foi preso na noite deste domingo (21), no bairro Cataratas, em Cascavel, após tentar matar a esposa e ameaçar atear fogo nela e nos filhos.

Conforme foi apurado, o acusado teria agredido violentamente a companheira, com reais intenções de assassiná-la. Uma amiga da vítima e populares conseguiram conter o autor antes que ele concluísse o crime. 

Os vizinhos partiram para cima do homem na tentativa de salvar a vida da mulher e acionaram a Guarda Municipal.

De acordo com a inspetora da Patrulha Maria da Penha da Guarda Municipal, que atendeu a ocorrência, as equipes receberam a denúncia através do 153 e prontamente chegaram ao local. A vítima, uma mulher de 26 anos de idade, estava totalmente machucada, com ferimentos nos braços e nas pernas. Ela não conseguia nem andar e estava toda ensanguentada.

Aos agentes, a vítima relatou que seu esposo a estrangulou, bateu sua cabeça contra a parede e teria tentado atear fogo para matá-la juntamente com as crianças. “…Felizmente, os filhos conseguiram fugir da casa e ir para a rua pedir ajuda”.

“Se não fossem os vizinhos, retirarem essa mulher da mão desse agressor, nessa hora ela estaria morta”, ressaltou a inspetora.

Ainda conforme a vítima, uma amiga também partiu para cima do agressor, em posse de uma faca, para protegê-la. Por fim, a mulher relatou também que o homem força relações sexuais, desferindo ameaças contra ela e os filhos.

A Guarda Municipal efetuou a prisão do acusado, e o conduziu à 10ª Regional de Flagrantes.

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Estado cria Código de Defesa dos Direitos da Mulher Paranaense

Texto consolida 99 leis e normativas estaduais relacionadas à população feminina; lei foi assinada na última semana, pelo governador em exercício Darci Piana

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Foto: Ari Dias

As mulheres que residem no Paraná contam a partir de agora com um novo dispositivo que unifica a rede legal de proteção voltada a elas no âmbito estadual: o Código de Defesa dos Direitos da Mulher Paranaense. O documento foi criado pela Lei nº 21.926, de autoria do Legislativo, e sancionada pelo governador em exercício Darci Piana, que fez o anúncio nesta terça-feira (16).

O novo código consolida 99 leis e normativas estaduais instituídas no Paraná entre 1990 e 2023 e que tratam sobre diversos temas ligados à vida das mulheres em todos os âmbitos. O projeto foi elaborado a partir de uma articulação da bancada feminina da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), além do apoio de outros deputados estaduais. 

O trabalho contou com a contribuição da Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) e tem como objetivo facilitar o acesso da população feminina aos seus direitos, organizando as leis em temas como segurança, saúde, proteção, empreendedorismo e moradia.

“São várias leis existentes e que agora estão condensadas em um local só, em um código que fica fácil para todos compreenderem”, declarou Piana. “Com isso, avançamos em uma legislação moderna que acompanha a evolução do papel da mulher na sociedade, aprimorando aquilo que o Estado tem feito para a defesa das mulheres no âmbito da segurança pública, na educação e na geração de renda”.

A partir de agora, o Código de Defesa dos Direitos da Mulher Paranaense também deverá servir como base para elaboração de novas normas e fonte de consulta para parlamentares nos casos de futuras atualizações legislativas. O texto prevê que futuras diretrizes aprovadas sobre o tema sejam incluídas diretamente no Código, de forma a uniformizar a legislação protetiva das mulheres.

Segundo a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, a iniciativa das deputadas estaduais em consolidar as leis relacionadas à mulher em um único instrumento favorece a formulação de políticas pelos gestores. “Ninguém defende aquilo que não conhece, portanto esse Código facilita a pesquisa e o conhecimento dos gestores municipais e da população feminina sobre os seus direitos”, comentou.

“É um instrumento para todas as mulheres paranaenses, em especial aquelas em situação de violência, mas que também fomenta o protagonismo como trabalhadoras e empreendedoras”, acrescentou Leandre.

DIVULGAÇÃO
Vencida a etapa de aprovação sanção da lei, a Semipi trabalhará, a partir de agora, na ampla divulgação do Código. Uma das primeiras ações será a redação de uma edição comentada do documento para facilitar a compreensão da legislação, que posteriormente será distribuída por meios digitais e físicos.

Leandre informou que a Semipi tratará do tema nos municípios a partir da retomada da Caravana Paraná Unido Pelas Mulheres, que inicia no dia 26 de abril em Goioerê. Serão cinco eventos no primeiro semestre deste ano. O Código de Defesa dos Direitos da Mulher Paranaense também será debatido em encontros promovidos pelo Tribunal Regional Eleitoral, o Conselho Estadual da Mulher, o Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres e nas audiências públicas da Assembleia Legislativa do Paraná.

A líder da bancada feminina na Alep e uma das coautoras do projeto, deputada estadual Mabel Canto, ressaltou que o Paraná é o quarto estado do Brasil a possuir um código deste tipo, o que, segundo ela, é um reflexo também do aumento da representatividade feminina no Legislativo. Atualmente, o Paraná conta com dez deputadas estaduais, a maior bancada feminina da história.

“Esse código é uma ferramenta inovadora na luta por igualdade e qualidade de vida para as mulheres no combate aos preconceitos e ao machismo. São dezenas de leis que agora estão muito mais acessíveis às paranaenses, auxiliando também os gestores públicos municipais a avançarem neste quesito”, afirmou.

CONSELHO ESTADUAL
O novo código destaca em seu texto o funcionamento do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Paraná (CEDM/PR), vigente desde 2013. A estrutura é vinculada à Semipi e busca, por meio da participação popular, propor diretrizes de ação governamental e atuar no controle de políticas públicas de igualdade entre os gêneros, assim como exercer a orientação normativa e consultiva sobre os direitos das mulheres.

Na última quarta-feira (10), o Conselho Estadual promoveu um encontro com a participação de representantes de 121 municípios em Londrina. Um dos principais destaques do evento foi o aumento de 114% no número de Conselhos Municipais dedicados ao tema, resultado influenciado principalmente pelas caravanas organizadas pela Semipi.

O texto da nova lei também aborda ainda os aspectos ligados ao Fundo Estadual dos Direitos da Mulher (FEDIM/PR), criado oficialmente em março de 2023 após a sanção pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. Vinculado diretamente à Semipi, ele garante os recursos necessários para o planejamento, implantação e execução de planos, programas e projetos voltados à promoção e defesa dos direitos das mulheres.

Em seu primeiro ano, a iniciativa resultou no repasse de R$ 6 milhões a 75 municípios paranaenses para o aprimoramento de espaços e ações destinados ao atendimento das mulheres. Para 2024, o orçamento foi reforçado, com a previsão de aplicação de R$ 20 milhões até o fim do segundo semestre.

Da AEN

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Copel esclarece mudança de visual em contas de luz

Transição ocorre gradualmente em todo o Paraná

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A Copel esclareceu nesta segunda-feira (15) que a conta de luz dos consumidores está passando por alteração de visual, o que tem provocado a circulação de informações equivocadas em redes sociais. Para proteger a identidade do cliente, o “número do cliente” foi retirado da conta, e no campo CPF só aparecem os quatro últimos dígitos.

Esta transição ocorre gradualmente em todo o Paraná. Por isso, ambas as versões continuam valendo e são verdadeiras.

Ainda que as informações que circularam nos últimos dias não tratem de reais tentativas de golpe, a Copel orienta sobre como garantir a segurança no pagamento da conta de luz, em três passos:

– Acompanhe seu histórico de consumo, aqui pelo site ou aplicativo. Nestes canais, é possível conferir se o valor é o correto. Também é possível emitir uma segunda via para pagamento diretamente no sistema da empresa;

– No momento do pagamento, confira se ele está endereçado corretamente para a Copel Distribuição. No pagamento por PIX, aparecem ainda o CNPJ da empresa e o banco de recebimento;

– O recebimento da conta por e-mail ou WhatsApp mais a programação de débito automático em conta são boas opções para reforçar a segurança.

Conheça o novo visual da fatura:Abaixo, o visual que está sendo gradualmente retirado de circulação:Da Copel

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