
Agora Litoral
O comerciante Magin Valêncio, dono de uma padaria que foi alvo da Ação Integrada de Fiscalização Urbana (AIFU) em Paranaguá nesta semana, disse que o aparato policial utilizado na operação foi muito além do necessário. “Só faltou a Força Aérea e o Exército”, ironizou.
Segundo ele, o número de carros e de guardas municipais armados com escopeta fez com que os fregueses saíssem da panificadora com receio do que poderia acontecer. Afirmou também ter sido questionado por uma freguesa se seria traficante ou algo pior.
“Como o Prefeito deixa isso acontecer? Ele é autoridade ou é meu carrasco?”, questionou. O comerciante, cuja família atua no ramo de panificação há mais de 50 anos, também quer saber o motivo de alguns estabelecimentos serem vistoriados e outros não.
Magin Valêncio afirmou pelas redes sociais que vai cumprir com todas as recomendações apontadas, mas não se conforma com a divulgação de algumas imagens (misturadas com outras que não são da sua padaria) em grupos do WhatsApp. “Pelo jeito, o objetivo era denegrir a minha imagem”, disse.

ASSALTO
Em entrevista à TVCI, o comerciante lembrou ter sido assaltado três vezes em 2016 e que da última vez os ladrões levaram até o cofre da panificadora. Na época, apenas uma viatura foi ao seu comércio – bem diferente do visto na operação desta semana, onde mais de 20 carros pararam em frente à padaria.
“Os empresários do ramo alimentício em Paranaguá trabalham num estado de terrorismo; todos estão com medo, e isso é preocupante até porque temos nossos compromissos, empregados e fornecedores”, denunciou.
Por último, Magin Valêncio disse que o ideal seria a fiscalização cumprir o seu verdadeiro papel que é o de anotar o que não estiver de acordo e dar um prazo para o comerciante regularizar essas pendências. “Não fazer aquela gigantesca e truculenta operação como se estivessem procurando um terrorista”.
VEJA O DESABAFO DO COMERCIANTE