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Setor agropecuário do Paraná bate recorde histórico de exportações em 2020

Embarques paranaenses representaram 13,1% do total exportado pelo agro brasileiro

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O agronegócio do Paraná terminou 2020 tendo exportado mais de 28,7 milhões de toneladas: 8,6% mais em comparação ao ano anterior e o maior volume embarcado em sua história. Foi um ano de recordes, mesmo atravessando uma pandemia que impôs uma série de restrições e de desafios logísticos.

Em uma pauta de exportação bastante diversificada, os produtos agropecuários paranaenses chegaram a 203 territórios ou países – ou seja, praticamente ao mundo todo. Em volume, os principais destaques foram os produtos do complexo soja, carnes, produtos florestais e o complexo sucroenergético.

A curva do histórico de exportações do agro paranaense também chama a atenção. Em duas décadas, o volume embarcado deu um salto enorme, equivalente a 181%, partindo das 10,2 milhões de toneladas comercializadas em 2000.

Nos últimos quatro anos, a partir de 2017, o Paraná obteve os melhores desempenhos, com as exportações agropecuárias fechando a cada ano acima das 26 milhões de toneladas enviadas a outros países.

Arrecadação

Em relação à arrecadação, o agro paranaense atingiu cifras expressivas em 2020: as exportações do setor ultrapassaram a casa dos US$ 13,2 bilhões – que correspondem a 13,2% do total de embarques do setor brasileiro ao longo do ano passado.

Em dólares, o Paraná já havia atingido um patamar mais elevado em 2018, quando as vendas externas totalizaram US$ 14,3 bilhões. Em reais, no entanto – com a cotação média do dólar em R$ 5,15 em 2020, ante R$ 3,65 em 2018 – as exportações do agro paranaense bateram mais um recorde: R$ 68 bilhões.

“Apesar de ter sido um ano difícil, com pandemia de novo coronavírus, conseguimos manter as nossas cadeias funcionando. Mesmo com os desafios, a produção e a logística não deixaram de funcionar, atendendo a demanda internacional, com qualidade e preço”, afirma o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette.

“O resultado do setor foi fantástico. Graças ao agro, o Brasil tem uma balança comercial superavitária. No Paraná, não foi diferente. Se não fosse o setor agropecuário, teríamos tido déficit comercial, com a balança negativa”, observa Luiz Eliezer Ferreira, do Departamento Técnico Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Destinos

Embora os produtos agropecuários do Paraná cheguem a todo o globo, alguns países continuaram a se destacar como nossos mais importantes parceiros comerciais. Mais uma vez, a China ampliou suas compras externas, se consolidando como principal importador do agro paranaense.

No ano passado, 40% do que o setor produziu teve como destino o gigante asiático. Apesar da “cesta de compras” diversificada, o apetite chinês se voltou sobretudo à soja. O país importou 70% de toda a soja embarcada pelo Paraná: US$ 4,2 bilhões.

“A concentração de compras da China é imensa em soja em grão. Eles têm o maior parque de processamento do mundo, com capacidade para processar 148 milhões de toneladas por ano, mas só produzem 14 milhões de toneladas. Por isso, as vendas de produtos do complexo soja para a China são essencialmente grão”, diz Ferreira.

No ranking dos principais importadores de produtos do agro do Paraná aparecem:

  • Em segundo lugar, Estados Unidos, consumindo 6,3% dos embarques – principalmente, em produtos florestais;
  • Em terceiro, Países Baixos (Holanda) (3,1%);
  • Em quarto, Coreia do Sul (2,6%);
  • E, em quinto, Japão (2,6%).

Apesar de serem consideráveis, as participações desses países na comercialização externa de produtos paranaenses evidenciam a importância da China.

“A participação da China vem aumentando ano a ano. Temos que ficar de olho em tudo que acontece lá, na reação deles à pandemia, porque tudo lá tem impacto direto ao agro do Paraná”, analisa Ferreira. “E não são só os chineses. Dos 15 principais importadores dos nossos produtos, seis estão na Ásia”, acrescenta.

Outro fator que está diretamente relacionado ao aumento do volume exportado pelo Paraná é a demanda internacional intensificada pela pandemia do novo coronavírus. Ante os impactos causados pela Covid-19, muitos países tiveram suas cadeias produtivas afetadas e ampliaram sua demanda por alimentos.

Para o agro paranaense, a crise causada pelo vírus foi uma prova de fogo, que constatou que o setor está pronto para lidar com condições adversas.

“Nós temos produtos de qualidade e produção em escala. Mesmo com todos os entraves, conseguimos suprir o mercado interno e ainda atender o mundo, nessa demanda internacional crescente. Isso mostra a nossa força”, disse Meneguette.

Foto: Ivan Bueno

Paraná ocupa a terceira posição no ranking

Em âmbito nacional, o agronegócio brasileiro encerrou 2020 exportando o equivalente a US$ 100,8 bilhões, o que representa 4,1% a mais do que o arrecadado com as vendas externas em 2019. O agro foi o responsável por quase a metade (48%) das exportações do país, considerando todos os setores.

O Paraná se manteve em terceiro lugar no ranking de exportações do agronegócio. Os embarques paranaenses representaram 13,1% do total exportado pelo agro brasileiro.

“Mais uma vez, cumprimos nosso papel. Apesar de termos chegado ao limite de nossa fronteira agrícola, nossos produtores têm apostado em tecnologia para produzir com qualidade e eficiência. Somos um estado de excelência e nosso setor rural é um dos principais pilares da nossa economia”, diz Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR.

No topo da lista, aparece São Paulo, que respondeu por 17,7% das vendas externas – impulsionadas pelos setores sucroenergético, carnes e sucos. Em seguida, vem o Mato Grosso, com 17%, puxado pelo complexo soja.

Complexos soja e sucroenergético sobem – Com pouco mais de US$ 6 bilhões arrecadados, os produtos do complexo soja, mais uma vez, foram o carro-chefe das exportações do agro paranaense. Ao longo de 2020, o volume financeiro gerado pelos embarques aumentou 24,6% em relação a 2019.

Com esse desempenho, a soja fechou o ano respondendo por 45,5% das exportações do setor. Esse movimento foi puxado pela China.

“Os chineses aumentaram suas compras em razão da demanda, por formação de estoque e por precaução motivada pela pandemia. Outro ponto que pesou em favor da nossa soja lá fora foi o câmbio”, aponta Luiz Eliezer Ferreira, do DTE do Sistema FAEP/SENAR-PR.

Os produtos cuja exportação mais aumentou, no entanto, foram os do complexo sucroenergético, puxados pelo açúcar. Os embarques chegaram a US$ 842 milhões: 40,8% mais que o exportado em 2019. O subsetor foi beneficiado por uma dinâmica internacional que envolveu quebra de safra nos principais produtores e, mais uma vez, o câmbio, que tornou o produto brasileiro mais competitivo.

“Com a quebra de fornecedores internacionais, quem tinha o produto [açúcar] disponível era o Brasil. Embora parte da produção sucroenergética tenha sido voltada para o álcool em gel, em 2020 foi um ano marcado também pela queda no consumo do etanol combustível. As plantas híbridas voltaram sua produção ao açúcar, em razão dessa conjuntura”, explica o técnico do DTE.

Carne diminui – Outro subsetor que merece destaque é o complexo carnes. O volume exportado caiu 9% em relação a 2019. Ainda assim, em termos absolutos, o grupo é o segundo que mais faturou com as vendas externas, ultrapassando a marca dos US$ 2,7 bilhões.

O destaque positivo foi a suinocultura, que ampliou os embarques, principalmente para países asiáticos, que ainda enfrentam os reflexos de uma crise sanitária provocada pela ocorrência de Peste Suína Africana (PSA), que dizimou a maior parte dos rebanhos em países como China, Vietnã e Camboja.

“O Paraná tinha produção em escala para atender a essa demanda”, observa Ferreira

Fonte CNA

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Governo reajusta benefícios de servidores federais

Confira os novos valores dos auxílios alimentação, saúde e creche que passam a valer a partir de maio

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A partir do próximo mês, os servidores públicos federais terão reajustes nos benefícios. Com a nova medida do governo, o auxílio-alimentação terá um aumento de 51,9% , passando de R$ 658 para R$ 1 mil, o auxílio-saúde, de R$ 144,38 para cerca de R$ 215 e o auxílio-creche passará de R$ 321 para R$ 484,90. 

Os valores foram fechados nesta quinta-feira (25) em acordo entre as entidades representativas dos servidores e o Governo Federal, por meio da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (SRT/MGI). O governo também se comprometeu a implantar até julho todas as mesas específicas de carreiras que ainda não foram abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente. 

De acordo com o ministério, o aumento do auxílio-alimentação resulta em ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos que ganham até R$ 9 mil mensais. Os servidores com as menores remunerações e que recebem, simultaneamente, os três benefícios (alimentação, saúde e creche) terão aumento de até 23% na remuneração total.

O secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, destacou que, em 2023, o governo já havia concedido aumento salarial linear para todos os servidores públicos federais.

“Esse acordo, juntamente com o reajuste de 9% que já foi concedido no ano passado, faz com que se inicie um processo de recuperação dos salários que ficaram congelados por tanto tempo”, afirmou o secretário.

Para a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o reajuste dos benefícios foi positivo para os servidores, mas a entidade diz que vai continuar reivindicando reajustes entre 7% e 10% nos salários ainda para este ano. 

“No termo de compromisso, não tem nada garantido sobre reajuste para 2024, mesmo as entidades tendo insistido nessa tecla. Mas não vamos jogar a toalha, porque é uma reivindicação histórica da categoria. Entendemos que a fase de congelamento de salários foi no governo anterior, então o momento de conseguir recuperar o poder de compra do funcionalismo é agora”, avalia Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef.

A entidade representa 80% dos servidores do Executivo Federal, entre ativos, aposentados e pensionistas.

Com informações da Agência Brasil

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Mega-Sena sorteia R$ 3 milhões neste sábado

Confira os concursos de hoje das Loterias Caixa

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A Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3 milhões no concurso 2718 que acontece neste sábado (27), em São Paulo. A aposta mínima custa R$ 5.

Hoje também tem sorteio da +Milionária (R$ 177 milhões), Lotofácil (R$ 3,8 milhões), Quina (R$ 1,3 milhão), Timemania (R$ 800 mil), Federal (R$ 500 mil), Loteca (R$ 300 mil) e do Dia de Sorte (R$ 900 mil).

Os eventos acontecem no Espaço da Sorte, na capital paulista, com transmissão ao vivo pelo canal da Caixa no Youtube e também pela página oficial da Caixa no Facebook.

As apostas podem ser feitas até às 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal. Para apostar pela internet é necessário realizar um cadastro e ter 18 anos ou mais.

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PARANAGUÁ: Acusado de latrocínio é absolvido após Defensoria apontar falha em provas

Crime ocorreu em janeiro de 2016, no bairro Costeira

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Em Paranaguá, a Defensoria Pública do Estado do Paraná conseguiu evitar na Justiça a condenação de um homem, de 29 anos, com base em um procedimento de reconhecimento pessoal falho. O acusado, defendido pela DPE-PR, foi reconhecido pessoalmente como um autor de latrocínio (roubo com resultado morte), mas as suas características não batiam com a do suposto autor. 

Durante as alegações finais, a DPE-PR apontou que o suposto criminoso foi identificado com cabelos descoloridos, enquanto o usuário da Defensoria Pública possuía cabelos castanhos na época do reconhecimento. Além disso, a instituição ressaltou que não consta claramente no processo a forma como a investigação chegou até o acusado. A 2ª Vara Criminal de Paranaguá acolheu o pedido de absolvição do homem, que não chegou a ser preso. O crime sobre o qual ele era acusado ocorreu em janeiro de 2016, no bairro Costeira.

“Além do reconhecimento pessoal, não existiam outras provas no processo que ligassem o acusado à prática do delito, que foi submetido ao procedimento de reconhecimento sem qualquer investigação prévia que demonstrasse sua possível atuação no fato”, explica a defensora pública responsável pelo caso, Marcela Fernandes Pereira. 

Segundo ela, não foi apresentada qualquer justificativa para incluí-lo no reconhecimento. A defensora lembrou ainda que não existem outras provas contra o usuário da DPE-PR. Por isso, também não é possível saber o que levou a polícia a colocar o homem entre as pessoas que participaram do procedimento de reconhecimento pessoal. Na avaliação da defensora, tecnicamente, essa situação configura uma quebra da cadeia de custódia.

Pereira explica que esse fator reforçou a tese da defesa. Conforme destacado na decisão, as testemunhas indicaram que o delito havia sido filmado por câmeras de segurança. As imagens, no entanto, não foram adicionadas ao processo. “Antes de uma pessoa ser obrigada a cumprir uma pena, é importante que não restem dúvidas sobre os caminhos legais que fizeram a investigação chegar até ela, e que, de fato, existam diversas provas demonstrando a autoria do crime”, conclui Pereira.

Do DPE

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