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Preso no Paraná grupo que aplicava golpe de pirâmide financeira

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Imagem: RPC

Do G1 Paraná
Seis pessoas foram presas em Curitiba e São José dos Pinhais, na região metropolitana, em uma operação deflagrada pela Polícia Civil do Paraná na manhã desta quarta-feira (16).

Os sócios da empresa investigada por aplicar golpes de mais de R$ 30 milhões em um esquema de pirâmide financeira, em Curitiba, ostentavam com carros de luxo e apartamentos de alto padrão para atrair novas vítimas, de acordo com o delegado da Delegacia de Crimes Contra a Economia e Consumidor, André Feltes.

Operação Pirâmide envolveu mais de 50 policiais

De acordo com a polícia, a empresa Wolf Trade Club oferecia investimentos com retornos financeiros de 30% de lucro em três meses, mas desde fevereiro de 2019 não pagava aos clientes.

“Fazia justamente parte da imagem que eles tentavam passar pros clientes, de jovens bem sucedidos, de fenômenos do mercado financeiro, que moravam em apartamentos de alto padrão, andavam cada dia com um carro diferente, o que justamente fazia com que as pessoas acreditassem no negócio; isso serve como chamariz das vítimas”, informou o delegado.

Durante as investigações, a polícia encontrou vídeos e postagens nas redes sociais dos investigados ostentando os bens.

Em um dos vídeos, um dos sócios falava que estava trabalhando de uma cobertura em Balneário Camboriú. “Estou aqui diretamente de Balneário Camboriú, da minha cobertura maravilhosa e, claro, operando na bolsa de valores”, afirmava Henrique Mendes.

Henrique Mendes da Silva gravou vídeo da cobertura

Segundo a polícia, os sócios não tinham imóveis registrados antes da criação da empresa, em 2017, mas, depois de mais de um ano em atividade, alguns investigados chegaram a ter quatro imóveis cada um.

Na operação desta quarta-feira, a polícia apreendeu carros de luxo, relógios e aparelhos eletrônicos, e identificou imóveis em nomes de parentes dos investigados.

“Notamos que nos últimos meses eles estavam dissipando esse patrimônio, colocando em nome de terceiros, o que configura lavagem de dinheiro, ou passando para frente justamente para evitar o bloqueio de bens”, afirmou o delegado.

Foto: Dulcinéia Novais

Golpe
Segundo as investigações, clientes investiram mais de R$ 50 milhões em negócios prometidos pela empresa. Pelo menos 20 pessoas procuraram a polícia alegando que foram lesadas.

De acordo com o inquérito aberto pela Polícia Civil, “a empresa foi criada com o objetivo de obter lucros aos sócios em curtíssimo espaço de tempo, de forma ilegal, às custas dos sonhos dos consumidores”.

A Wolf Trade Club oferecia investimentos na bolsa de valores, mas nenhum dos sócios era habilitado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para oferecer estes serviços.

“Alguns investimentos de menor valor chegaram a ser pagos como mecanismo de atrair mais pessoas ou fazer com que os clientes investissem mais”, explicou o delegado André Feltes.

De acordo com a polícia, há casos de pessoas que venderam casas e carros para investir R$ 600 mil, mas perderam o dinheiro.

Hugo Félix também foi preso
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