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Cachaçaria de Antonina se prepara entrar no mercado internacional

Plano é iniciar pela América do Sul, até o final de 2024

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Fotos: Albari Rosa

Empreendedores paranaenses de pequeno porte já estão exportando ou se preparando para levar sua produção a outros países. Entre os que se preparam para o mercado internacional está a Cachaçaria Estação Antonina.

Os produtores recebem orientação da Invest Paraná – agência de negócios do Governo do Estado, vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (Seic).

“Os pequenos empreendedores são parte do plano de internacionalização da economia paranaense do governador Ratinho Junior. Buscar o mercado externo exige qualificação, por isso é importante o Estado apoiar esses produtores a evoluírem”, afirmou o secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros.

CACHAÇARIA
A Cachaçaria Estação Antonina produz cerca de 2 mil litros por mês de aguardente nos sabores banana, limão com mel, café, carvalho e, em breve, pitaia. 

Participante do programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS), projeto da Invest Paraná que auxilia pequenos empreendedores de produtos típicos paranaenses a se profissionalizarem com práticas tradicionais e sustentáveis de produção, a cachaçaria está adaptando processos administrativos e produtivos para começar a vender para outros países.

O proprietário Hamilton Cerqueira Lima afirma que a Invest Paraná foi quem detectou o potencial da Estação Antonina para exportar e a encaminhou para se qualificar pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Uma funcionária da cachaçaria iniciou recentemente o curso de seis meses do órgão federal. Assim que concluir a capacitação, vai replicar as técnicas de exportação para toda a equipe de colaboradores da cachaçaria com acompanhamento da Apex-Brasil por um ano.

Além da preparação de documentação, a capacitação envolve adaptações nos rótulos, embalagens, caixas e nos processos produtivos para que a empresa comece a exportar até o fim do ano que vem. O plano é iniciar as vendas pelos países vizinhos da América do Sul e, na sequência, buscar outros mercados.

“O VRS me ajudou porque na realidade a gente não entende nada de exportação. Estamos agora no beabá, mas sempre tive ideia de exportar e a oportunidade surgiu com o VRS”, ressalta Lima.

“Todo esse processo é investimento não só na minha empresa. Acredito que a exportação vai ajudar também a nossa região aqui do Litoral, porque aumentando minha produção para enviar ao Exterior vou ter que adquirir mais produtos daqui mesmo, formando um ganho em cadeia”, enfatiza o empreendedor, cujos fornecedores de matérias-primas são todos de Antonina e cidades vizinhas.

CONTATOS
O papel da Invest Paraná nesse processo de internacionalização é dimensionar a capacidade produtiva e mapear as necessidades dos pequenos empreendedores para encaminhá-los para a exportação. Para isso, a agência oferece aos empreendedores do VRS todo o network que utiliza na negociação do próprio Estado para atrair empresas, como no caso das multinacionais.

“Colocamos à disposição das pequenas empresas os mesmos contatos que a Invest Paraná oferece quando há negociações do Estado com grandes corporações. Isso envolve entidades como a própria Apex-Brasil, câmaras de comércio, consulados, parcerias institucionais e outros organismos internacionais, além de interessados diretos nas negociações”, afirma o gerente de Desenvolvimento Econômico da Invest Paraná, Bruno Banzato.

OUTROS PRODUTOS
Tem sido por essa rede de contatos que a indústria Erva Mate Paraná, de Curitiba, está se preparando para expandir as exportações – a empresa já vende ao Canadá, Austrália e Emirados Árabes Unidos.

Também integrante do VRS, a beneficiadora de erva-mate para chimarrão, tererê e chá a granel, sachê e solúvel passou a exportar ano passado ao Canadá após intermediação da Invest Paraná com uma empresa de lá. O contato foi durante a missão comercial da agência ano passado à Sial Food, em Toronto, maior feira de alimentos da América do Norte, para onde a agência levou em 2023 os produtos da Erva Mate Paraná e mais 11 pequenos empreendedores do VRS.“A Invest Paraná tem nos ajudado muito nesse caminho da exportação com palestras, cursos e contatos. Para a gente, que não tem condições de ir com frequência para feiras internacionais, é importante ter alguém falando dos nossos produtos lá fora. É uma ajuda muito bem-vinda”, destaca um dos sócios da Erva Mate Paraná, Danilo Richartz Benke.

Nesse processo, uma das adaptações propostas pela Invest Paraná que a indústria ervateira implantou para aumentar as exportações foi a tradução de todos os rótulos e embalagens para o inglês. “Isso é um investimento que tem dado certo. Além de vendermos os produtos em português e inglês, agora estamos reformulando o design das embalagens para termos um padrão único para exportação”, explica.

O diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco, afirma que ao se qualificar para exportar os pequenos empreendedores também ficam mais preparados para o próprio mercado interno. “Isso beneficia a economia do Estado porque a capacitação para exportar faz com que as pequenas empresas agreguem valor à produção, o que beneficia o Paraná com mais empregos e renda”, diz Rocco.EXPOSIÇÃO NO EXTERIOR
O apoio da Invest Paraná também envolve a apresentação dos produtos de pequenos empreendedores no Exterior. A cachaça Estação Antonina, por exemplo, compõe o kit de lembranças protocolares entregue pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior e outros representantes do Estado a autoridades em visitas oficiais a outros países.

Assim como a tradicional Bala de Banana de Antonina, produzida pela indústria Soter, que também integra o kit de lembranças protocolares do Governo e que foi apresentada ao mercado canadense em maio pela missão comercial da Invest Paraná na feira Sial Food.

A bala chamou a atenção de empresas do Canadá interessadas em comprar um dos produtos mais típicos do Paraná, detentor do selo de Indicação Geográfica do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

A diretora da Soter, Rafaela Takasaki Corrêa, explica que a empresa planeja expandir em dois anos 50% da produção atual de 16 toneladas mensais de balas. O plano é aumentar as vendas internamente, conquistando primeiro os mercados de outros estados para, na sequência, vender ao Exterior.

“A nossa bala já vai para outros países pelos clientes que levam o produto como uma lembrança do Paraná. Somos muito marcados em fotos nas mídias sociais de gente que mora no Exterior, porque a bala representa nossa região e o Estado”, diz a empresária sobre o potencial do produto.

“Não temos intenção de transformar a bala de banana em uma commodity, com exportação de grandes quantidades porque o produto é regional. Mas poderemos trabalhar com exportação para mercados externos específicos, que valorizem produtos com garantia de origem, de qualidade, que são feitos com propósito e sustentabilidade”, afirma Rafaela.AGRICULTURA FAMILIAR
O diretor de Relações Institucionais e Internacionais da Invest Paraná diz que o momento é favorável para pequenos empreendedores que operam com processos sustentáveis, que é o caso das empresas participantes do VRS. Isso porque muitos mercados estão buscando produtos com rastreabilidade e cuja produção impacte o mínimo possível no meio ambiente.

“O mercado internacional está muito carente de produtos mais humanizados, que sejam industrializados mas com pouco processamento e que tenham uma história por trás, como o caso dos agricultores familiares que compõem a maior parte do VRS”, avalia Rocco.

É o caso da Cooperativa Agroindustrial de Produtores de Corumbataí do Sul (Coaprocor), município de 4 mil habitantes na Região Central do Estado, que, após o declínio da cultura de café no início do ano 2000, optou por atuar com fruticultura, com a venda de polpas, em especial o maracujá.

Hoje com 650 famílias cooperadas de 20 municípios, a Coaprocor tem a meta de exportar nos próximos anos. E para isso passou a contar recentemente com apoio da Invest Paraná.

“Nesse ano ainda não vamos exportar porque a demanda do mercado interno está muito alta e a safra baixou. Mas vemos sim a exportação como mais um canal para escoar nossa produção assim que as condições permitirem”, diz o diretor-presidente da Coaprocor, Olavo Aparecido Luciano.

Nesse processo, aponta Luciano, a Invest Paraná vai poder ajudar a cooperativa com orientações e exposição. “A parceria é nova, mas vai nos ajudar, principalmente em feiras internacionais que podem trazer oportunidades de negócios e que nós, uma cooperativa de agricultura familiar, dificilmente temos condições de participar por conta própria”, afirma o presidente da Coaprocor.

Da AEN

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Estado vai convocar 286 acadêmicos para atuar no Verão Maior Paraná

Edital foi publicado na quarta-feira (18); o resultado sai no dia 6 de novembro e a capacitação ocorrerá de 25 a 29 do mesmo mês

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A Secretaria de Estado do Esporte publicou na quarta-feira (18), o Edital de Chamamento Público nº 01/2024 que selecionará acadêmicos de instituições de ensino superior, públicas e privadas, para o processo de capacitação em programas, projetos e atividades esportivas durante o Verão Maior Paraná 2024/2025. 

O documento contempla 286 vagas destinadas a estudante de quatro áreas: 

– 200 para Educação Física (a partir do 2º ano ou 3º período); 

– 18 para o curso de Enfermagem ( 2º ano ou 3º período); 

– 50 para Turismo (1º ano ou 1º período); 

– 18 destinadas à Comunicação Social ( 2º ano ou 3º período).

INSCRIÇÃO

As inscrições vão até o dia 25 de outubro de 2024, por meio do preenchimento do formulário. Os interessados devem estar devidamente matriculados em instituições de ensino superior públicas ou privadas do Paraná e ter 18 anos completos. Os candidatos devem apresentar fotocópia de RG e do CPF, declaração de matrícula, histórico de aproveitamento curricular e currículo.

A divulgação dos selecionados para a capacitação será em 06 de novembro de 2024 pelo site www.esporte.pr.gov.br e Diário Oficial do Estado. Entre os critérios de desempate estão notas, cursos e outros estágios.

“É uma oportunidade excelente para acadêmicos de diversas áreas, são 40 dias de estágio remunerado e uma vivência profissional de muito aprendizado e responsabilidade, uma experiência única que certamente levarão para a vida profissional e pessoal”, disse o coordenador do projeto de seleção, Mauro Cachel.

Eles atuarão nas atividades ofertadas a veranistas e moradores pela Secretaria do Esporte. São atividades esportivas e de lazer, aulas de ginástica, dança, caminhada, recreação infantil, torneios e eventos esportivos, além de uma série de outras práticas relacionadas ao entretenimento.

PREPARATIVOS 

Organizada pela Coordenação de Esporte e o Programa Escola do Esporte, a capacitação tem o objetivo de formar acadêmicos para atuarem em programas, projetos e atividades esportivas durante a temporada de verão. Serão selecionados os melhores avaliados nesta primeira etapa de envio de documentação. Eles terão as despesas de hospedagem e alimentação custeadas pela SEES durante o período da capacitação, ficando sob responsabilidade do participante as despesas com transporte.

A capacitação está prevista para acontecer entre 25 a 29 de novembro de 2024, em período integral (manhã, tarde e noite), no município de Pontal do Paraná, em local a ser definido. Data e horários podem ser alterados a critério da administração.

Para o diretor de Inovação e Desenvolvimento da Secretaria do Esporte, Tiago Campos, o chamamento é uma oportunidade para acadêmicos atuarem ativamente em um dos maiores eventos de esporte e lazer do país. “Nossa expectativa é que este ano tenhamos um dos maiores verões da história, com extensa programação e muita gente envolvida. Por isso temos que preparar muito bem nossa equipe a fim de proporcionar entretenimento e atividades esportivas e culturais, com diversão e conforto e, principalmente, muita segurança para os veranistas”, afirmou.

VERÃO MAIOR PARANÁ 

A nova edição do Verão Maior Paraná está prevista para o período de 28 de dezembro de 2024 a 02 de fevereiro de 2025. O projeto é uma ação integrada do Governo do Estado que visa aprimorar a infraestrutura das praias, garantir a saúde, segurança, lazer e entretenimento aos turistas e moradores.

No Verão Maior Paraná 2023/2024, veranistas e moradores puderam participar de diversas atividades recreativas oferecidas nos oito postos fixos espalhados nos balneários de Guaratuba, Caiobá, Matinhos, Praia de Leste, Ipanema, Shangri-la, Porto Rico e São Pedro do Paraná. Cerca de 1,7 milhão de pessoas passaram pelas atividades esportivas e de lazer realizadas diariamente, como caminhada, alongamento, dança, ginástica, escalada, tirolesa, nas quadras esportivas e desafios infantis.

Além disso, milhares de atletas profissionais e amadores de diversas categorias puderam mostrar as suas habilidades nas praias do Estado, ampliando as opções de lazer dos milhares de turistas e moradores. Entre as competições, estiveram as modalidades tradicionais de areia, como os jogos de exibição de vôlei e futebol, com a participação de ídolos nacionais e internacionais, além dos campeonatos de futevôlei, surfe, beach tennis, corrida de rua e travessias a nado.

Da AEN

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Turista que matou morador da Ilha do Mel é condenado a 12 anos de cadeia

Crime de Ian Matiussi contra Nado Valentim ocorreu em dezembro de 2020

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O Tribunal do Júri de Paranaguá condenou Ian Mattews Rosano Matiussi a 12 anos de prisão pelo assassinato de Reinaldo Valentim em dezembro de 2020, na Ilha do Mel. Nado Valentim, como o nativo era conhecido, catava latinhas quando inesperadamente foi espancado até a morte, na Praia de Fora. A decisão do Conselho de Sentença saiu por volta das 2 da manhã desta quinta-feira (19/09).

Ian Matiussi, em foto de arquivo

O julgamento desse crime – que chocou a comunidade insulana – era aguardado com ansiedade, tal a força descomunal praticada por Ian contra Nado, uma pessoa com deficiência cognitiva, muito querida e totalmente inofensiva, de tradicional família da Ilha do Mel. À época, Ian, que visitava a Ilha numa excursão de Guarulhos, São Paulo, alegou que estaria sob efeito de drogas e que imaginou que Nado pretendesse matá-lo.

ALIVIADOS

Familiares de Nado Valentim disseram ao Agora Litoral ter ficado aliviados com a condenação, por mais que esperassem a pena máxima, e que ele cumpra essa pena em regime fechado, sem ter chances da pena ser reduzida. “O que nos conforta é saber que da justiça divina ele não escapará”.

O assistente de acusação Giordano Sadday Vilarinho Reinert também comentou a decisão do Conselho de Sentença. “A acusação deu certo e ele [Ian] foi condenado, a princípio em regime fechado, e já saiu algemado do Fórum de Paranaguá direto para a cadeia”, afirmou o advogado. Ian Mattews Rosano Matiussi ficou preso por oito meses e aguardava o julgamento em liberdade com o uso de tornozeleira eletrônica.

Nado Valentim (arquivo AL)

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Corpo de comandante de rebocador que caiu de embarcação é homenageado em Paranaguá

João Carlos Gomes, o “Fanta”, foi sepultado nesta terça-feira

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Na manhã de segunda-feira, 16, a Baía de Guaraqueçaba foi marcada por um triste desfecho: o corpo de João Carlos Gomes, de 62 anos, conhecido como “Fanta”, foi encontrado após um acidente que chocou a comunidade local. O comandante de rebocador havia desaparecido no domingo, 15, ao cair de uma voadeira nas proximidades da Ilha do Guapecum.

O caso foi descoberto quando um pescador de 47 anos, que estava a bordo com João Carlos, conseguiu chegar ao trapiche da cidade em busca de ajuda. Ele relatou que ouviu o grito por socorro e, apesar de sua falta de experiência com motor de popa, assumiu a pilotagem na tentativa desesperada de localizar o amigo. Com o mau tempo dificultando a visibilidade, ele teve que se deslocaram para uma área iluminada e, então, conseguiu chegar em segurança e para pedir ajuda.

As buscas foram iniciadas imediatamente pela comunidade, que se mobilizou mesmo diante das adversidades climáticas. No entanto, somente no final da manhã de segunda-feira, com o apoio dos familiares, o corpo foi encontrado em uma área de manguezal.

O sepultamento de João Carlos ocorreu nesta terça-feira, 17, no cemitério São Benedito, na Vila São Vicente, em Paranaguá. Na ocasião, a comunidade marítima se uniu para prestar uma homenagem comovente.

Tripulações de rebocadores e representantes do Sindicato dos Trabalhadores Marítimos de Paranaguá (SETTA-PAR) se reuniram no mar celebrar a vida do comandante e reforçar os laços que unem todos aqueles que vivem e trabalham no meio marítimo.

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