Um grupo de 15 mulheres recebeu nesta terça-feira (3/10), no Palácio Taguaré, o certificado de conclusão do curso de Operadora de Empilhadeira. A iniciativa da Prefeitura de Paranaguá e de empresas da comunidade portuária vai proporcionar uma nova perspectiva para elas numa atividade ainda dominada pelos homens. Algumas delas, inclusive, já serão chamadas para ingressarem na profissão.

“Essa capacitação nos engrandece e nos alegra muito porque a gente tem a oportunidade de abrir espaço, tirando um pouco dos nossos estigmas de um Porto masculinizado e para demonstrar que o Porto é receptível a todo tipo de mão de obra qualificada”, destacou o diretor presidente Luiz Fernando Garcia.

De acordo com a secretária municipal da Mulher de Paranaguá, Vandecy Dutra, mais do que um certificado, a conclusão do curso é uma forma de emancipação para todas elas. “Hoje é um grande dia. Temos que comemorar e selar com honra e graça esse momento para essas mulheres. É uma virada de chave para que a mulher tenha sua profissionalização, tenha seu direito a emprego, renda e dignidade para que ela não sofra violência e tenha consciência do seu papel na sociedade”, apontou.

Para o diretor de Desenvolvimento Empresarial, André Pioli, a comunidade portuária só tem a ganhar com a presença de mais mulheres em todas as funções. “Vamos trabalhar para que cada vez mais mulheres estejam na área portuária, que é uma área que se desenvolve muito, a área logística vai crescer e o mercado de trabalho ocupado por mulheres vai ficar melhor porque as mulheres têm muito cuidado no trato com as pessoas e o trabalho executado por elas é sempre muito bem feito”, projetou o dirigente.

E é isso que Lavínia Santos pretende fazer daqui para frente. Ela aproveitou a oportunidade de ter o curso de forma gratuita e deve apostar na carreira portuária. “Fiz para qualificar meu currículo e me apaixonei. Todos pensam que a empilhadeira é difícil de manusear, mas pegando o jeito, o professor explicando certinho é bem fácil. Estou feliz, correndo atrás dos meus objetivos e espero ingressar na área portuária”, analisou Lavínia Santos.

E ingressar na área portuária será uma realidade imediata para seis formandas do curso que terão oportunidades de começar a trabalhar como operadoras de empilhadeiras. “É o resultado imediato de um curso que elas acabaram de concluir e isso traz uma felicidade muito grande para todas nós”, comemorou Shana Bertol, diretora executiva do OGMO, que foi parceiro da Prefeitura no projeto.

Filha de portuário e já atuando há 12 anos na área, a Analista de Recursos Humanos da TCP, Kelly Pereira, também aposta na força feminina a partir dessa formatura. “Esse curso vai fazer com que as mulheres, além de entrarem no mercado de trabalho em uma área que amamos tanto, vai fazer com elas sejam protagonistas da própria história”, disse.

Segundo o gerente geral da Cargill e diretor da Atexp, André Maragliano, ter mais mulheres participando da atividade portuária é uma meta. “De fato, a gente reconhece o poder da mulher, as mulheres são maioria na nossa sociedade e a gente precisa ter elas nesse ambiente portuário, que é tão masculino e a gente precisa romper essa barreira e ter mais mulheres nas nossas operações”, sustentou.

Por fim, Luiz Felipe Siqueira, gerente geral da Multitrans, aposta no talento feminino para o futuro da área portuária. “É um projeto bem bacana e a gente entende que a mulher sendo integrada nesse setor é importante e abre novas portas para o mercado de trabalho feminino”, finalizou.

Concluíram o curso:

• Adriana Carmo
• Ariane Espíndola Cordeiro
• Caroline Ferreira
• Eloisa Pereira
• Gleicy Kely Padovany Alves
• Izabelle Cristine da Silva Marques Gaspar
• Jamyle Serafim Pereira
• Jhenifer Karolina Cordeiro Ferreira
• Jheniffer Pinto Tracykowski
• Laiza Gabrielli Souza
• Larissa do Rosário Padilha
• Lavinia de Miranda Andrade Santos
• Loiuse dos Santos Cardoso
• Renata Mendes Lopes
• Sueli Fernandes da Silva

Da Portos do Paraná