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IAT e Polícia Ambiental impedem ocupações irregulares na Ilha do Mel
Lotes no Farol e em Nova Brasília foram ocupados por nativos da localidade.
O Instituto Água e Terra-IAT (antigo IAP) e a Polícia Ambiental atenderam denúncias de moradores e autuaram, nesta semana, algumas pessoas que estariam ocupando áreas de mata nativa e terrenos de propriedade do Estado na Ilha do Mel, no Litoral do Paraná.
Descendentes de tradicionais famílias da localidade teriam aproveitado a proibição do acesso para turistas e o fechamento do escritório do IAT (ex-IAP), em razão da pandemia, e ocupado lotes no Farol e em Nova Brasília.
Os moradores estariam inconformados com o projeto de lei enviado pelo governador à Assembleia Legislativa, principalmente o art. 37, que altera algumas normas sobre a gestão na Ilha do Mel.
O projeto cria uma unidade de administração da Ilha do Mel, altera o zoneamento ambiental, define parâmetros construtivos e proíbe novas ocupações, bem como desmembramento ou divisão dos lotes existentes.
E seria justamente esse último item que estaria por trás das ocupações. A parcela de moradores descontentes alega que não houve consulta à comunidade para a formulação do projeto e que este não é o momento para alterar a legislação.
Os moradores estão tentando contato direto com o governador Carlos Massa Ratinho Júnior para tentar sensibilizá-lo sobre o assunto antes que o projeto vá à votação na Assembleia Legislativa.
Demora provocou ocupações
Em entrevista ao Agora Litoral, a presidente da Associação dos Nativos da Ilha do Mel Praia Grande a Ponta Oeste (ANIMPO), Michele Gonçalves Santos, diz que o problema foi levado ao IAP (atual IAP) há anos, mas a demora em atender as reivindicações provocou as ocupações.
“Desde 2006, a ANIMPO vem conversando com o IAP [IAT] e solicitando esses lotes que estavam reservados para relocação ou assentamento das famílias. A última conversa que foi feita não tem 60 dias”, diz a presidente da associação.
“Eles [IAT] nos deram um prazo de 30 dias para resolver a questão de água e luz nos lotes que têm mais de uma família, onde ocorrem brigas na hora que a conta chega. Liberando água e luz já iria amenizar alguns casos”, afirma.
Ainda de acordo com a presidente da ANIMPO, houve a promessa que, se não tivesse realmente espaço para construir nos terrenos dos pais, essas áreas que foram ocupadas seriam liberadas. “Aí veio a pandemia e não tivemos resposta”, salienta.
Michele fez questão de deixar bem claro que essas famílias que foram autuadas não deixaram ninguém que não tenha raiz com a ilha ocupar lote ou até mesmo invadir o parque ou a reserva.
“Nosso povo não é bandido. Pelo contrário, se não fossem os nativos a Ilha do Mel já seria uma favela”, completa a presidente da ANIMPO.
IAT diz que ocupação é ilegal
O Instituto Água e Terra disse ao Agora Litoral que já tomou as providências para reprimir o movimento ocorrido na Ilha do Mel e que a ocupação é ilegal, visto que as áreas não se destinam para o fim pretendido.
“A Polícia Ambiental agiu e nós multamos alguns dos invasores. Vamos reprimir também a chegada de material de construção sem que o destinatário do material tenha autorização para reforma ou construção”, garantiu o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.
Segundo o presidente do Instituto Água e Terra, “os lotes em questão são considerados reserva técnica para autorizar construções ou uso para fins públicos e não para ocupação por particulares”.
Ainda de acordo com Everton Souza, a alegação de que essas pessoas são filhos de nativos e que têm direito a ocupar áreas não justifica o movimento. “Imagine se os netos deles também quiserem ocupar áreas da Ilha daqui a 20 anos”, questiona.
ENTENDA O CASO
Os moradores da Ilha do Mel fizeram um pedido ao então Instituto Ambiental do Paraná, em 2006, para assentar os filhos de nativos que iam casando e formando novas famílias.
O problema é que, com o tempo, e com a proibição de novas construções ou ampliações das residências, os filhos casavam, tinham filhos e seguiam dividindo o mesmo espaço dos pais.
Algumas casas, de acordo com a ANIMPO, têm até 16 pessoas no mesmo local, a mesma água e energia elétrica. A entidade acredita que muitos desses casos poderiam ser resolvidos com a liberação de relógios individuais de água e luz, o que não é permitido.
Dois pesos, duas medidas.
De acordo com o secretário da Associação de Nativos, Felipe Andrews, enquanto a reivindicação não era atendida, “gente de fora comprava terrenos e construía à vontade, e isso, ao longo dos anos, revoltou os nativos da Ilha do Mel”.
“Infelizmente, a realidade é uma só: quem tem dinheiro constrói, enquanto os nativos não podem”, conclui Andrews.
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Maioria do STF vota por manter símbolos religiosos em órgãos públicos
De acordo com MPF, a permissão dos símbolos viola os princípios constitucionais da liberdade de crença religiosa e da laicidade do Estado.
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta segunda-feira (25) maioria de votos para permitir a continuidade do uso de símbolos religiosos em órgãos públicos de todo o país.
Até o momento, a Corte tem seis dos 11 votos do plenário para rejeitar um recurso do Ministério Público Federal (MPF) que pede a proibição da utilização de crucifixos, imagens de santos e outros objetos nos prédios públicos.
Para o MPF, a permissão dos símbolos viola os princípios constitucionais da liberdade de crença religiosa e da laicidade do Estado.
Prevalece no julgamento virtual o voto do relator, ministro Cristiano Zanin. O ministro ressaltou que o cristianismo faz parte da formação da sociedade brasileira e que os feriados alusivos à religião, os nomes de cidades, estados e locais públicos fazem parte da cultura do Brasil. Dessa forma, segundo o ministro, a manutenção dos símbolos nas repartições não é inconstitucional.
“A presença de símbolos religiosos em prédios públicos, desde que tenha o objetivo de manifestar a tradição cultural da sociedade brasileira, não viola os princípios da não discriminação, da laicidade estatal e da impessoalidade”, escreveu Zanin.
O voto do relator foi seguido pelos ministros Flávio Dino, André Mendonça, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Edson Fachin.
O julgamento virtual será finalizado nesta terça-feira (26).
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PCPR leva diversos serviços à população de Morretes nesta semana
Atendimento acontece de terça a sexta-feira, na Prefeitura
De terça-feira (26) a quinta-feira (28), a Polícia Civil do Paraná (PCPR) oferecerá serviços de polícia judiciária, orientações e exposições à população de Morretes. Registro de boletins de ocorrência, atividades lúdicas, demonstrações de perícia papiloscópica e exposição de materiais táticos e bélicos, além da confecção de Carteira de Identidade Nacional (CIN) para quem agendou previamente, serão os serviços ofertados.
O PCPR na Comunidade estará na Prefeitura, na Praça Rocha Pombo, das 9h às 17h.
PCPR NA COMUNIDADE
O PCPR na Comunidade é um programa que ocorre regularmente em todo o Paraná. O objetivo é levar serviços à população, promover atendimento humanizado, auxiliar na identificação de possíveis vítimas e na conclusão de investigações, além de fortalecer a eficiência na prestação de serviços públicos.
Com informações da AEN
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Criança de 3 anos morre afogada ao cair em piscina em Pontal do Paraná
Fatalidade ocorreu no final de semana
Uma fatalidade ocorrida na sexta-feira (22) em Pontal do Paraná, no litoral do Estado, devastou uma família da cidade de Imbituva, nos Campos Gerais. Emanuel Santos de Antoni, de apenas 3 anos, morreu afogado ao cair na piscina onde a família estava hospedada.
A vítima foi encaminhada ao hospital com o auxílio do Corpo de Bombeiros, mas não foi possível reanimá-la. Após a confirmação do óbito, o corpo do menino foi encaminhado ao IML de Paranaguá para exames complementares.
A trágica morte de Emanuel comoveu a região e mensagens de apoio e solidariedade tomaram conta das redes sociais neste final de semana. O velório e sepultamento do menino ocorreu no sábado (23), em Imbituva, cidade onde a família reside.