Notícias
Galo usa metade da verba do gabinete pra pagar empresa de ex-esposa
Deputado fez pagamentos mensais à LOGA 7 Publicidade, da ex-mulher
O deputado estadual e apresentador de televisão Paulo Roberto da Costa, o Galo (Podemos), tem utilizado parte da sua verba de ressarcimento com a empresa LOGA 7 Publicidade, que é de propriedade de Rosana de Fatima Massolin, ex-esposa do parlamentar. Galo e “Rosana Costa”, sobrenome ainda utilizado por ela em rede social, têm três filhas e dois netos.
Eleito para seu primeiro mandato nas urnas de 2018, Galo fez pagamentos mensais à LOGA 7 Publicidade (ex-LMT Comunicação) entre fevereiro de 2019 e novembro de 2020, a título de “serviços e locação de áudio, vídeo e foto”, “serviços de divulgação da atividade parlamentar” e “manutenção de sites da internet e afins”.
Os valores foram retirados do Portal da Transparência da Assembleia Legislativa, que disponibiliza para cada um dos 54 deputados estaduais uma cota de R$ 31.679,80 por mês (R$ 380.157,60 por ano) para gastos relativos ao exercício do mandato.
Trata-se da “verba de ressarcimento”, destinada a cobrir cerca de 30 tipos de despesas, que vão de combustível e alimentação até pesquisas, passagens aéreas, aluguel de escritório e imóvel em Curitiba.
Os gastos de dezembro devem ser conhecidos somente no início do ano que vem, mas, entre janeiro e novembro de 2020, Galo gastou R$ 348.338,84 no total – mais da metade, R$ 182.460,40, com a empresa da ex-esposa.
Em entrevista à Gazeta do Povo na terça-feira (22), Galo conta que o CNPJ hoje controlado pela ex-esposa já foi seu no passado, e que a empresa foi vendida para ela quando já não estavam casados – o divórcio ocorreu em 2012.
Ele acrescenta, contudo, que alguns dos seus ex-funcionários continuam prestando serviços à LOGA 7 Publicidade, na condição de PJ (Pessoa Jurídica). São quatro profissionais que, segundo Galo, já “conhecem meu perfil e ela manteve o pessoal trabalhando, como prestadores de serviço”. “O que, até que provem o contrário, não há ilegalidade, porque eu sou divorciado há quase dez anos”, afirma ele.
A reportagem ainda perguntou a Galo por qual motivo ele não contratava diretamente os serviços dos tais profissionais. “Eu não contrato funcionário diretamente porque eu prefiro fazer via empresa. É uma questão pessoal. Porque aí eu tenho compromisso com a empresa. É um pouco difícil eu sair contratando um funcionário para colocar no gabinete para fazer este tipo de trabalho. Não combina. Com a empresa, eu ligo e falo com o departamento de criatividade deles, digo que preciso disso e daquilo, e eles me enviam um orçamento”, respondeu ele.
Abordado pela reportagem sobre o fato de a relação pessoal entre eles [Galo e Rosana] possibilitar até a escolha dos PJs que prestarão o serviço, o parlamentar respondeu: “Veja, não é uma regra. Eu tenho preferência, mas, por exemplo, agora foi mudado. Estão entrando outros dois PJs a partir de janeiro que eu não conheço o serviço. Me foi mostrado o trabalho e estamos analisando. Mas aí eu posso dizer: não me interessa mais, ou, vamos continuar”.
Galo também reforçou que a empresa de sua ex-esposa tem outros clientes além dele. A Gazeta do Povo não conseguiu entrevistar Rosana, que, em perfil social, no Facebook, mantém o nome de casada, Rosana Costa, e dezenas de fotos do casal ao longo dos últimos anos, de 2012 para cá. Em abril de 2019, ela postava uma foto no Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, ao lado de outras esposas de parlamentares: “Jantar a convite da primeira-dama Luciana Massa. Uma noite muito agradável”, escreveu ela.
Também há fotos dela com o então candidato Galo na campanha eleitoral de 2018. Rosana e parentes dela estão entre os doadores do apresentador de tevê, conforme prestação de contas apresentada por ele à Justiça Eleitoral. Outra doadora é uma das filhas, a estudante Iza Galo (PSL), que também concorreu a vereadora de Curitiba no mês passado, mas não se elegeu.
Galo afirmou à Gazeta do Povo que mantém uma boa relação com a ex-esposa, mas reforçou que a separação ocorreu há quase dez anos e encaminhou o documento do divórcio à reportagem – “eu moro em Paranaguá inclusive; ela mora em Curitiba”, acrescentou.
A Assembleia Legislativa também foi procurada pela Gazeta do Povo. Em nota, respondeu o que segue: “Todos os ressarcimentos de despesas do deputado no exercício da atividade parlamentar cumpriram as normas legais previstas nas resoluções internas da Assembleia Legislativa do Paraná e foram aprovados pela Comissão de Tomada de Contas da Casa”.
A Resolução 15, de 12 de novembro de 2019, define em seu artigo 13 que é vedado o ressarcimento de despesas “relativas a bens fornecidos ou serviços prestados por empresas ou entidade da qual o proprietário ou detentor de qualquer participação seja o deputado e/ou seus assessores, ou seu cônjuge ou companheiro, ou parentes, de um ou de outro, até o terceiro grau, ou de pessoa jurídica, direta ou indiretamente por eles controlada”.
Para especialista, situação pode violar princípios como impessoalidade e moralidade
Questionado pela reportagem sobre a situação envolvendo o deputado Galo, o advogado Guilherme Mussi, especialista em Direito Societário na Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo e pós-graduado em Direito Administrativo e Direito Processual Civil, afirma que a Resolução 15/2019 da Assembleia Legislativa “parece ter sido inspirada pelos princípios da impessoalidade e da moralidade” previstos na Constituição Federal, e que ajustam “o comportamento de todos os agentes públicos”.
“A resolução parece ter sido inspirada por esses princípios. Mas a taxatividade de suas hipóteses nem sempre se ajustam à inventividade daqueles que desejam violar tais regras, o que não afasta a aplicação desses princípios, pois qualquer norma sempre deve estar em conformidade com a Constituição Federal”, pontuou ele.
Assim, para o especialista, a situação “poderia em tese violar princípios constitucionais”: “As contratações da empresa da ex-esposa do parlamentar parecem ter sido motivadas pelas razões erradas: privilegiar o núcleo afetivo próximo do deputado estadual, a mãe dos seus filhos e avó de seus netos, ignorando a possibilidade de contratação de empresas que prestem idêntico serviço com qualidade superior ou preços mais módicos”.
Ainda segundo o especialista, a situação pode, por exemplo, “motivar qualquer cidadão a propor ação popular pela violação à moralidade administrativa” ou “o Ministério Público pode investigar a situação e propor ação de improbidade administrativa contra os envolvidos”.
Notícias
Matrículas e rematrículas na rede estadual estão abertas até 29 de novembro
O processo é voltado para novos estudantes e também para aqueles que já fazem parte da rede, mas que ainda não confirmaram sua vaga.
A Secretaria da Educação do Paraná (Seed-PR) informa que o período de matrículas e rematrículas para o ano letivo de 2025 segue aberto até 29 de novembro. O processo é voltado para novos estudantes que desejam ingressar na rede estadual e também para aqueles que já fazem parte da rede, mas que ainda não confirmaram sua vaga.
De acordo com a Seed-PR, mesmo os alunos que perderam o prazo inicial de rematrícula podem regularizar a situação dentro do período atual. “O sistema permanece aberto e é possível confirmar a vaga ou até mesmo solicitar uma nova escola, se houver interesse. Nosso objetivo é assegurar que nenhum aluno fique sem acesso à educação no próximo ano”, reforça a chefe do Departamento de Governança de Dados, Fernanda Evangelista.
O procedimento é realizado exclusivamente online, por meio da Área do Aluno no site oficial da Seed-PR. No sistema, os responsáveis ou estudantes maiores de 18 anos podem:
- Confirmar a vaga na escola indicada pela Secretaria
- Solicitar mudança para até três instituições de preferência
- Escolher cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, quando aplicável
O resultado da solicitação será enviado por e-mail, com informações sobre a alocação do estudante.
Documentos necessários
Para efetivar a matrícula ou rematrícula, os seguintes documentos devem ser apresentados:
- RG e CPF do estudante
- Comprovante de residência atualizado
- Histórico escolar
- Comprovante de vacinação (para rematrícula)
- Documento do responsável legal (para menores de 18 anos).
A documentação pode ser anexada na plataforma ou entregue presencialmente na escola até o início do ano letivo, previsto para 5 de fevereiro de 2025.
Da AEN
Notícias
Boletim semanal da dengue confirma mais 308 casos no Paraná
Regional de Paranaguá é a terceira com maior número de diagnósticos confirmados neste período
O novo informe semanal da dengue, publicado nesta terça-feira (19) pela Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa), registrou mais 308 casos da doença e nenhum óbito no Estado. Somados os dados do novo período epidemiológico, iniciado em 28 de julho de 2024, o Paraná registra 34.589 notificações, 3.981 diagnósticos confirmados e uma morte em decorrência da doença.
As Regionais de Saúde com o maior número de casos confirmados neste período epidemiológico são a 17ª RS de Londrina (967); 15ª RS de Maringá (419); 1ª RS de Paranaguá (350); 2ª RS Metropolitana (340) e 8ª RS de Francisco Beltrão (247).
ZIKA E CHIKUNGUNYA
Neste período foram confirmados 13 casos de chikungunya e 14 de zika vírus.
Confira o Boletim Semanal completo neste LINK.
. Mais informações sobre a dengue estãoNotícias
Encontrado corpo de adolescente que se afogou na tarde de domingo em Antonina
Achado foi na tarde desta segunda-feira
O corpo do adolescente, de 13 anos, que se afogou no domingo (17), na baía de Antonina, foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros na tarde desta segunda-feira (18). Ele estava brincando com a irmã, de 15 anos, na região do Portinho, quando mergulhou e não retornou à superfície.
Equipes de resgate foram acionadas e iniciaram as buscas pelo jovem na sequência, resultando no achado do corpo sem vida na data de hoje.
O menino seria morador em Antonina e a tragédia ocorrida comoveu a cidade e região litorânea.
Até o fechamento dessa matéria, não foi divulgada a identificação da vítima.