Seminários realizados em Curitiba consolida a Portos do Paraná como referência em gestão e inovação
Evento reuniu autoridades e especialistas do Brasil e de outros países discutiram investimentos e união do setor

O diretor-presidente da Portos do Paraná e presidente da Associação Brasileira das Entidades Portuárias e Hidroviárias (Abeph), mediou o primeiro painel do IV Seminário Nacional e II Internacional dos Portos Brasileiros. Os expositores, Carly Davis — CEO da Associação Americana de Autoridades Portuárias (AAPA); Juan Andrés Duarte — presidente da AAPA LATAM, que representa as autoridades portuárias do México até a Argentina; e Jonas Mendes, representante da Fundación ValenciaPort no Brasil, discutiram "Os Desafios do Setor Portuário Mundial".
Davis disse ter ficado surpreso com a estrutura do Brasil, em especial dos portos paranaenses. Mas o que mais chamou a sua atenção foi a forma como o nosso país vem discutindo as questões de melhoria dos portos. O CEO da AAPA afirmou que é inimaginável, na América, a reunião de autoridades executivas, legislativas e judiciárias conversando com gestores públicos e privados na busca de soluções que tragam segurança jurídica, patrimonial e de sustentabilidade para o setor. De forma descontraída, ele afirmou que “não será uma história fácil de contar nos Estados Unidos”.
Já o representante dos portos latino-americanos fez um balanço sobre os investimentos portuários em mais de 10 países, que somam cerca de US$ 20 bilhões, incluindo o Brasil. “Neste contexto, é muito impressionante ver os investimentos da Portos do Paraná. Apesar de todos os investimentos, não temos outra obra de infraestrutura em toda a América Latina como a que está sendo feita no Porto de Paranaguá”, destacou Duarte.
Ele também elencou os problemas a serem enfrentados pelas companhias portuárias, como a necessidade de melhorar a infraestrutura, que, em muitos lugares, está extremamente ultrapassada. Ele citou a adoção de novas tecnologias, a busca pela sustentabilidade e descarbonização e a capacitação de mão de obra. “O principal ativo não são os equipamentos, mas sim as pessoas que trabalham no setor”, concluiu Duarte.
Jonas Mendes destacou a importância das organizações que representam o setor portuário na defesa dos interesses coletivos. Ele lembrou que, quando o porto de Valência — o maior porto da Espanha — percebeu a necessidade de se colocar como líder na inovação e nas boas práticas portuárias, reuniu todos os interessados para criar uma entidade de forte representação.
“Eventos como este têm um grande valor por reunirem os atores que atuam no setor, principalmente as entidades que representam as autoridades portuárias, e são fundamentais para a troca de experiências e para a busca de desenvolvimento.”
Garcia finalizou o painel enfatizando que o Brasil vem investindo muito para ampliar as atividades portuárias. Ele usou como exemplo as concessões das rodovias do Paraná, a Nova Ferroeste e a ampliação da Malha Sul, que vai favorecer o envio de cargas para os portos do estado.
Ao citar a construção do Moegão, a maior obra portuária em desenvolvimento no Brasil, Garcia apontou que os investimentos nos portos paranaenses têm sido constantes, assim como a implantação de novas tecnologias. “Não perdemos em nada em termos de tecnologia de contêineres, por exemplo, em relação aos portos norte-americanos”, declarou.
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