ANTONINA: Sócio de clínica acusada de manter mulheres em cárcere privado é preso pela polícia

Outras 10 pacientes foram resgatadas; gerente do local foi preso em ação conjunta deflagrada na segunda-feira (24)

Março 26, 2025 - 19:23
Março 27, 2025 - 18:36
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ANTONINA: Sócio de clínica acusada de manter mulheres em cárcere privado é preso pela polícia

O sócio da clínica de reabilitação que foi alvo de uma ação conjunta entre a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária, deflagrada na segunda-feira (24), em Antonina, foi preso nesta quarta-feira (26), acusado do crime de cárcere privado. No dia da operação, o gerente do local foi detido e cinco mulheres foram resgatadas.

Durante a fiscalização ocorrida no início da semana, uma das pacientes foi encontrada  em um quarto trancado, algemada e com baldes que usava como "banheiro". Segundo o delegado, a situação do local era insalubre.

Nesta quarta-feira (26), outras 10 mulheres foram resgatadas do centro de reabilitação, internadas irregularmente. Elas não estavam em situação de cárcere privado e nem em situação degradante como as anteriormente encontradas pelos policiais.

O sócio do local foi preso em flagrante por não possuir os documentos exigidos por lei para as internações das pacientes ao Ministério Público do Paraná (MPPR), configurando o crime decárcere privado.

PRIMEIRO RESGATE
Uma ação conjunta entre a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária do Paraná resgatou cinco mulheres que eram mantidas em cárcere privado em uma clínica particular de reabilitação de Antonina. O resgate ocorreu na segunda-feira (24) e resultou na prisão do gerente do estabelecimento.

No local, que funcionava como um centro de tratamento para dependentes químicos, cinco mulheres, das 21 presentes, estavam sem documentos de identificação.Segundo a polícia, a instituição não era clandestina, porém, possuía diversas irregularidades.

Durante a fiscalização, uma das pacientes, de 22 anos, foi encontrada em situação deplorável. Ela estava algemada em um quarto trancado, sem ventilação, contendo dois baldes que eram usados para as necessidades fisiológicas da jovem.

"Havia dois baldes com fezes e urina, então, essa paciente estaria fazendo as necessidades fisiológicas nesses baldes, e estava se limpando com edredom da cama. Além disso, ela relatou que teria sido algemada por, pelo menos, três dias", contou o delegado.

O gerente da clínica, que não teve o nome divulgado, foi preso em flagrante. Ele relatou que utilizava algemas hospitalares, porém as encontradas no local eram de uso da polícia.

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