Notícias
Prefeitura apresenta denúncias contra a Paranaguá Saneamento no MP
UMA DELAS É DE CRIME AMBIENTAL


Esgoto estaria sendo lançado no Itiberê
Agora Litoral
A Prefeitura de Paranaguá apresentou graves denúncias sobre a Paranaguá Saneamento no Ministério Público Federal (MPF). O anúncio foi feito pelo prefeito Marcelo Roque na tarde de segunda-feira (8) em coletiva de imprensa, que teve a participação de técnicos da Cagepar e do interventor nomeado para agir na empresa, que é responsável pelo abastecimento de água e coleta de esgoto na cidade.
O Prefeito explicou os “graves” problemas encontrados já nas primeiras horas de intervenção na Paranaguá Saneamento (que foi suspensa no final da tarde através de Liminar da Justiça), o que motivou protocolar uma ação no MPF e estadual.
Segundo o engenheiro ambiental da Agência Reguladora-Cagepar e diretor de fiscalização do órgão, Guilherme Samways, uma empresa contratada tem realizado um estudo técnico que, após relatório minucioso da real situação na cidade, acabou provocando o Decreto de Intervenção.
“Nenhum equipamento funciona corretamente, [a empresa] não faz o tratamento de esgoto como deveria, os equipamentos estão desligados”, disse Samways, acrescentando que o baixo consumo de energia verificado nos sistemas Samambaia e Emboguaçu demonstra que o esgoto não está sendo tratado, o que faz com que os dejetos sejam largados nos rios.
“O esgoto sanitário está sendo lançado no Rio Itiberê, quando deveria ser levado para a Estação de Tratamento de Esgoto-ETE Emboguaçu”, complementou o engenheiro. Ainda segundo ele, na Ilha dos Valadares cerca de 50% das economias possuem ligações na rede, mas essa tem problemas, e muitos usuários acabam recebendo o esgoto de volta em suas casas – o chamado extravasamento.

Flagrante de esgoto vazando no Valadares
“Nós temos equipes vistoriando a Ilha dos Valadares e, apesar de apenas a metade das residências estarem ligadas à rede de esgoto, mesmo assim a empresa quer cobrar de toda a Ilha”, destacou Guilherme Samways.
REDE FALSA
De acordo com os técnicos da Cagepar, a falta de coleta adequada prejudica muitos moradores da cidade. “Cerca de 69% da rede unitária de esgoto da cidade é falsa”, disse Marcelo Roque, baseado no relatório apresentado. “E isso quer dizer que a coleta de esgoto é precária e o meio ambiente vem sendo degradado continuamente sem que os investimentos propostos acabem com esta situação”, afirmou.
Para reforçar o argumento que o esgoto está sendo lançado ‘in natura’ no Rio Itiberê, os técnicos apresentaram um vídeo mostrando as fezes calcificadas, o que caracterizaria o crime ambiental.
EXTRAVASAMENTO
A equipe técnica acredita que os alagamentos que ocorrem com frequência em Paranaguá também sejam provocados justamente porque a rede coletora é unitária, o que faz com que não exista evasão de tudo que se precisa. “Esse fluxo volta para as ruas, extravasando e provocando o excesso de água e esgoto na rua”, explicou o engenheiro ambiental. Guilherme Samways ainda lembrou que a empresa vem usando a rede de drenagem do município, quando deveria ter sido feito o sistema de separação absoluta para a coleta do esgoto.
“É inconcebível que não exista um projeto para que a rede separadora absoluta possa substituir o sistema unitário, e isso é muito grave, põe em risco a saúde da população”, disse o engenheiro ambiental.
DIFICULDADES
Na coletiva de imprensa, o interventor nomeado Odair Pereira disse que, além dos problemas técnicos encontrados nas poucas horas de intervenção, houve um certo boicote por parte da empresa no fornecimento dos dados solicitados.
“Os sistemas estavam fora do ar e poucas informações estavam sendo repassadas. Fizemos ata notarial de toda a situação, mas também fizemos uma reunião para tranquilizar os funcionários da empresa”, disse o interventor.
Ele destacou também que, apesar do pouco tempo de intervenção, já foi possível obter muitas informações que, após meses de tentativa pela agência reguladora e de fiscalização, a empresa não fornecia.

Entrevista coletiva ocorreu no início da tarde de segunda-feira na Prefeitura
COBRANÇA
Outro aspecto abordado no encontro com a imprensa foi o da cobrança em locais onde não esteja funcionando a rede de esgoto. O Ouvidor da Cagepar, Gabriel Antunes, lembrou que, em caso de dúvidas sobre a cobrança da tarifa de água ou esgoto, o cidadão poderá registrar a ocorrência na Ouvidoria da Cagepar. “No momento em que o protocolo é aberto não pode ser efetuado o corte”, garantiu.
JUDICIÁRIO
O prefeito Marcelo Roque disse esperar que o Judiciário mantenha a intervenção, que foi suspensa liminarmente no final da tarde, “principalmente para sabermos se está sendo justa a cobrança do esgoto e se a saúde da população está sendo respeitada pela empresa”.
Ainda de acordo com o Prefeito, o objetivo final é repactuar o contrato com a Paranaguá Saneamento, “com taxas de água e esgoto decentes, com os investimentos necessários para o nosso município”.
Notícias
Polícia Civil deflagra operação contra grupo que praticou arrastões e roubos na BR-376 em Guaratuba
Criminosos chegaram a efetuar disparos contra veículos para intimidar as vítimas.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está nas ruas desde o começo da manhã desta quinta-feira (6) para cumprir três mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão contra suspeitos de integrar uma associação criminosa que atua em roubos e furtos de carga na BR-376. Os mandados estão sendo cumpridos em Guaratuba, no Litoral, Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, e Garuva (SC), no norte de Santa Catarina.
A investigação apurou que o grupo realizou dois arrastões durante congestionamentos na rodovia, nos dias 8 e 16 de fevereiro, na altura de Guaratuba, no Litoral do Paraná.
Na ocasião, os criminosos armados abordaram motoristas e passageiros de carros e caminhões, subtraindo pertences pessoais, como carteiras, celulares e relógios. Segundo as investigações, eles chegaram a efetuar disparos contra veículos para intimidar as vítimas.
A PCPR identificou três suspeitos. Além dos crimes patrimoniais, eles também atuariam na receptação e distribuição dos produtos roubados. As diligências desta quinta-feira visam localizar os investigados e apreender elementos que auxiliem na continuidade da investigação.
“O grupo criminoso agia de forma violenta, se aproveitando dos congestionamentos para cometer os crimes. Em ambos os casos, os assaltantes estavam armados e efetuaram disparos para intimidar as vítimas. Nossa investigação permitiu identificar três suspeitos envolvidos tanto na prática dos roubos quanto na receptação e distribuição dos produtos furtados”, afirmou o delegado Gabriel Caldeira.
A operação conta com a atuação de policiais civis que integram o Verão Maior Paraná, reforçando o trabalho da PCPR no Litoral. As equipes desempenham ações de investigação e repressão qualificada, garantindo mais segurança para moradores e turistas na região.
Da AEN
Notícias
23 cidades tiveram o fevereiro mais quente da média histórica no Paraná
No Litoral, Antonina e Paranaguá registraram as mais altas desde 2013

O Paraná esteve muito quente em fevereiro. Durante todo o mês, em todas as regiões do Estado, as temperaturas médias ficaram dentro ou ao menos um grau acima da média histórica. Algumas cidades bateram o recorde de fevereiro mais quente da série histórica (veja a lista abaixo). O destaque foi a cidade de Cândido de Abreu, no Centro do Estado, que registra no mês de fevereiro uma temperatura média de 23,5°C e, em 2025, registrou uma média de 26,1°C, ou seja, um aumento de 2,6°C na temperatura.
As temperaturas mínimas, que são registradas de madrugada, também tiveram aumento em todo o Estado de até dois graus, principalmente na região de Ponta Grossa e em Cândido de Abreu. Já as temperaturas máximas, que ocorrem a tarde, chegaram a ficar entre dois e três graus acima da média histórica para o mês nas regiões de Cândido de Abreu e no extremo Oeste do Estado. Apenas o Noroeste teve temperaturas máximas dentro da média para fevereiro.
Nas 50 estações meteorológicas do Simepar, doze registraram temperaturas médias um grau mais altas do que em 2024 nas cidades: Antonina, Cambará, Cândido de Abreu, Guarapuava, Guaratuba, Lapa, Paranaguá, Pinhais, Pinhão, Ponta Grossa, Santo Antônio da Platina e Telêmaco Borba. A temperatura mais alta registrada em fevereiro de 2025 no Paraná foi em Capanema no dia 16: 39,1°C. Mas esta não é a temperatura mais alta do ano na cidade. Em 23 de janeiro a cidade já havia registrado 39,3°C de temperatura máxima.
Cidades que bateram o recorde de fevereiro mais quente da série histórica:
Ponta Grossa teve 23°C de temperatura média, a mais alta para fevereiro desde 1998;
Antonina, que teve 27°C de temperatura média, a mais alta para fevereiro desde 2015;
Capanema, que teve 26,9°C, a mais alta para fevereiro desde 2018;
Cândido de Abreu, que teve 26,1°C, a mais alta para fevereiro desde 1998;
Cornélio Procópio, que teve 25°C, a mais alta para fevereiro desde 2019;
Fernandes Pinheiro, com 22,6°C em fevereiro de 2025, a mais alta para o mês desde 2000;
Cruzeiro do Iguaçu, que teve 26,3°C, a mais alta para fevereiro desde 2022;
Foz do Iguaçu, que teve 26,9°C, a mais alta para fevereiro desde 2018;
Francisco Beltrão, que teve 24,7°C, a mais alta para fevereiro desde 2011;
Guaíra, que teve 27,1°C, a mais alta para fevereiro desde 1998;
Guarapuava, com 22,5°C, a mais alta para fevereiro desde 1998;
Laranjeiras do Sul, com 23,7°C, a mais alta para fevereiro desde 2018;
Palmas, com 19,7°C, a mais alta para fevereiro desde 2020;
Palmital, com 24,4°C, a mais alta para fevereiro desde 1998 – na região de Santa Maria, recorde de 22,9°C de temperatura média em fevereiro, a mais alta para o mês desde 2023;
Paranaguá, com 27,2°C, a mais alta para o mês desde 2013;
Pato Branco teve 24,4°C, a mais alta para o mês desde 1998;
Pinhão, com 23,3°C, a mais alta para o mês desde 2004;
Ponta Grossa, com 23°C, a mais alta para o mês desde 1998;
Santa Helena, com 27,7°C, a mais alta para fevereiro desde 1998;
Santo Antônio da Platina, com 25,2°C, a mais alta para fevereiro desde 2019;
Telêmaco Borba, com 24,2°C, a mais alta para fevereiro desde 1998;
Ubiratã com 25,8°C, a mais alta para fevereiro desde 2018;
e União da Vitória com 23,5°C, a mais alta para fevereiro desde 1998.
CHUVAS – Além do calor, as tempestades isoladas com grandes acumulados de chuva também foram destaque no mês de fevereiro em algumas regiões. Campo Mourão teve 191 mm a mais de chuva do que a média para o período – foram 353,4 mm em fevereiro de 2025, dos quais 71 mm atingiram a cidade em um único dia: 13/02.
São Miguel do Iguaçu registrou um acumulado de 108 mm acima da média. Outras cidades também se destacaram pelo alto volume de chuvas: em Antonina foram 72 mm a mais do que a média para fevereiro; Cornélio Procópio, 70 mm a mais; Curitiba, 85 mm a mais; e Palmas, 82 mm a mais.
Porém, como a irregularidade das chuvas é uma característica do verão, em outras cidades o volume de chuvas ficou bem abaixo da média histórica. É o caso de Pato Branco, onde choveu 112 mm abaixo da média para fevereiro; Cianorte teve 76 mm a menos; Lapa teve 73 mm a menos; Francisco Beltrão teve 88 mm a menos; e Santa Helena teve 74 mm a menos.
A Capital, dos 28 dias de fevereiro, 12 não tiveram registros de chuva. “Mas a relação entre os dias chuvosos e o acumulado de chuvas no fim do mês nem sempre pode ser levada em consideração, pois as chuvas no verão são costumeiramente irregulares. Pode chover em um dia só grande parte do volume estimado para o mês inteiro”, explica Braun.
É o caso do Litoral, onde alguns temporais registraram altíssimos volumes de chuva em fevereiro, causando alagamentos expressivos. Em Paranaguá, no dia 8, choveu 101,2 mm, quase um terço do acumulado de chuva do mês inteiro: 308,6 mm. Em Antonina dia 7 foram registrados 148,6 mm, quase metade do acumulado do mês de fevereiro inteiro: 310,8 mm.
Notícias
Paranaguá Saneamento leva o ‘Bloco da Economia de Água’ para a Ilha do Mel neste Carnaval
Ação educativa busca sensibilizar turistas e moradores sobre o consumo responsável de água durante a alta temporada.

Com o compromisso de garantir um abastecimento eficiente e sustentável, a Paranaguá́ Saneamento realiza na sexta-feira (28/02), véspera do feriado de Carnaval, uma ação especial de conscientização sobre o uso responsável da água na Ilha do Mel. A iniciativa visa sensibilizar turistas e moradores sobre a importância de evitar desperdícios, especialmente em períodos de alta temporada, quando o consumo aumenta significativamente.
A ação, intitulada “Bloco da Economia de Água”, traz uma abordagem lúdica e acessível para reforçar boas práticas no consumo de água. Durante o período carnavalesco, serão instaladas placas informativas ao longo das trilhas da Ilha do Mel, destacando dicas simples e eficazes, como fechar a torneira ao escovar os dentes ou lavar as mãos, contribuindo para um uso mais eficiente dos recursos hídricos. Além disso, panfletos de boas-vindas serão distribuídos aos visitantes com orientações práticas para incentivar hábitos sustentáveis durante a estadia na ilha.
“Com o aumento expressivo da população nas ilhas durante a alta temporada, o uso consciente da água se torna ainda mais essencial para garantir que o abastecimento ocorra de maneira regular para todos. Pequenas mudanças de comportamento podem fazer grande diferença, e nossa missão é engajar turistas e moradores nessa responsabilidade coletiva”, destaca Wagner Souza, Diretor Geral da Paranaguá Saneamento.
A concessionária convida a todos para fazerem parte desse bloco sustentável, aproveitando do verão e da folia com responsabilidade. Além disso, a empresa ressalta a importância da obrigação de possuir caixa d’água nos imóveis, o que contribui para reduzir o impacto de possíveis ocorrências de baixa pressão e/ou interrupções no abastecimento. Contar com reservatórios adequados assegura maior autonomia para os moradores e comerciantes, especialmente em períodos de alta demanda. Neste Carnaval, celebre com consciência e evite o desperdício de água!