Paranaguá,PR
Agora Litoral
O desabafo que você vê nesse vídeo é do transportador Emerson da Cunha Burg, dono de uma frota de caminhões de Ponta Grossa, que denunciou nas redes sociais o vandalismo sofrido pela quadrilha que furta cargas em Paranaguá, no litoral do Paraná.
Segundo ele – que mostrou o estrago do caminhão novo, que fazia a primeira viagem – a situação saiu do controle. Burg cobrou providências urgentes do Governador do Estado e do Prefeito de Paranaguá.
“Se vocês não têm vergonha na cara pra combater esses marginais, eu vou tomar providências”, ameaçou.
É o terceiro caminhão da Transburg que sofre ataques da gang que tenta parar a qualquer custo os caminhões que se dirigem ao Porto de Paranaguá para saquear a carga ou assaltar os caminhoneiros.
Emerson Burg também alertou para o risco de vida que os caminhoneiros têm ao se dirigir a Paranaguá. “E se me matam com uma pedrada dessas? ”, interrogou.
Por último, o transportador (que acompanhava o motorista na primeira viagem do novo caminhão) anunciou que irá representar civilmente contra o Governo do Estado e a Prefeitura de Paranaguá pela falta de segurança na cidade.
ASSALTOS
O alarmante crescimento no número de ataques a caminhões para saquear as cargas – a conhecida vazada – que consiste em violar a parte da proteção da carga, fazendo com que o produto comece a vazar pela estrada, motivou uma reunião na prefeitura de Paranaguá.
Autoridades, empresários e representantes da sociedade discutiram essa semana formas de combater os cada vez mais frequentes abusos e assaltos contra os caminhoneiros que trazem ou levam cargas para o Porto Dom Pedro II.
Para se ter ideia do aumento nesse tipo de crime, em janeiro houve um crescimento de 40% das vazadas em comparação ao mesmo período no ano de 2016. E com uma agravante: os bandidos agora usam de todo artifício para forçar os caminhões a parar.
Bloqueiam as avenidas, atiram pedras no para-brisa, e praticam assaltos a mão armada, como o que vitimou há poucos dias o caminhoneiro Ricardo Romagna, de 30 anos, natural de Santa Terezinha de Itaipu, no oeste do estado.
Mesmo sem ter reagido, Ricardo Romagna levou um tiro do assaltante. O disparo atingiu a coluna do caminhoneiro, que corre o risco de ficar paraplégico.
