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Êxodo provoca fechamento de escola em Paranaguá

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Agora Litoral

O fechamento do Colégio Estadual “Estados Unidos da América” em Paranaguá foi confirmado pelo governo do Paraná na sexta-feira (5). A notícia veio a público através do ex-diretor do estabelecimento, Edson Gatto, em seu perfil no facebook, e foi confirmada pelo atual diretor do colégio, professor Jozelito Serafini da Rocha.

“É com muita tristeza e grande indignação que recebo e repasso a notícia sobre o encerramento das atividades do Colégio Estadual Estados Unidos da América. Inicialmente havia a informação de que o colégio funcionaria ainda este ano, porém o Governo do Estado resolveu fechar imediatamente esta instituição de ensino”, escreveu Gatto.

O professor, que há seis anos deixou a direção, mas continuou a trabalhar no colégio, disse estar sem palavras para expressar tamanha dor e já imensa saudade. “Tenho, neste momento, que agradecer a todas e a todos – estudantes, colegas de trabalho, pais e responsáveis – com os quais pude compartilhar quase vinte e nove anos de trabalho”, afirmou Edson Gatto.

Da mesma forma, o atual diretor Jozelito Serafini da Rocha lamentou o fechamento do Colégio Estadual Estados Unidos da América. “Foram 73 anos de história linda e eficaz, produzindo intelectuais, grandes professores, pensadores da educação de ontem e de hoje”, resumiu Jozelito.

Escola fica no meio de armazéns, pátios e outras empresas ligadas ao Porto

ÊXODO

O fechamento do Colégio Estados Unidos da América era inevitável. O avanço da atividade portuária provocou um êxodo na região. As famílias foram sendo indenizadas e migraram para outros bairros, o que fez com que a escola ficasse no meio de armazéns, pátios e outras empresas ligadas ao Porto de Paranaguá.
Ao longo do tempo, os bairros ao redor da escola foram sendo extintos. Hoje, no entorno do colégio, nas quadras vizinhas quase não há mais residências.

Até 2010, a escola possuía os três turnos. Em 2011 foi fechado o noturno. Poucos anos depois fechou o contraturno. Em 2017, o educandário abrigava 29 alunos e seis funcionários. Não se sabe o destino que terá o prédio do colégio.

SUPERLOTAÇÃO

Para o professor Edson Gatto, o grande problema não está no fechamento do colégio Estados Unidos da América e sim na não abertura de outro, principalmente em bairros como Jardim Iguaçu, Figueira, Vale do Sol, Vila Garcia e, principalmente, na Ilha dos Valadares onde há quatro turnos. “Alguns colégios, como Zilah, Morozowski, Porto Seguro e Cidália, por exemplo, estão super lotados”, alerta.
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