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Política

Pioli rompe o silêncio e diz que a mentira virou verdade

Longe dos holofotes desde a eleição, André Pioli acredita que o eleitor foi enganado

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André Pioli não falava com a imprensa desde o resultado da eleição de 2016. (Fotos: Claudino Nunes/Agora Litoral)

Paranaguá, PR
Agora Litoral          EXCLUSIVO

Passados oito meses após ter ficado em segundo lugar na eleição para prefeito, o jornalista e empresário André Luiz Pioli Bernascki rompeu o silêncio. Apontado como favorito durante toda a campanha, André Pioli disse ter visto o maior estelionato eleitoral da história da cidade, onde todos se juntaram para denegrir a sua imagem, e que o povo foi enganado. “A mentira virou verdade e a verdade virou mentira”, afirmou.

Com novo visual, André Pioli concedeu entrevista exclusiva na redação do Agora Litoral na segunda-feira (26). Sem rodeios, Pioli revelou detalhes da eleição, analisou a atual gestão municipal, fez críticas à Câmara de Vereadores, cobrou agilidade do Ministério Público na apuração de denúncias e afirmou que jamais desistirá de Paranaguá e do seu sonho de fazer a sua cidade melhorar.

Agora Litoral – O que você fez nesses oito meses de recolhimento?

André Pioli – Cuidei da minha vida, da minha família, dos meus negócios, mas não fiquei longe de todos não. Continuei ajudando muita gente.

AL – Mas você sentiu a derrota…

Pioli – Fiquei decepcionado. Não acreditei no resultado da eleição. Ocorreu o maior estelionato eleitoral da história de Paranaguá.

AL – Como assim?

Pioli – Foi um somatório de coisas. Todos se juntaram para denegrir a minha imagem com mentiras e calúnias, inclusive com a divulgação de falsas informações, com o envolvimento direto do filho do candidato que ganhou, que hoje é secretário municipal, e o também atual secretário de Saúde que respondem inquérito na Polícia Federal, mas que não virou crime eleitoral, houve 250 chamados à Justiça Eleitoral por compra de votos, mas nenhum foi atendido; se chamava a polícia essa não atendia porque precisava da ordem do juiz. Enfim, coisas que não têm explicação.

AL – Você acredita então que foi prejudicado?

Pioli – E o povo enganado. Até a véspera da eleição eu estava 20 pontos na frente. Ao abrir as urnas eu estava dez pontos atrás… Tive negado um Direito de Resposta onde explicava que, ao contrário do que falavam, eu nunca tive qualquer envolvimento com a Lava Jato, que foi a maior mentira que pregaram sobre mim.

AL – Mas a Justiça Eleitoral pode negar um Direito de Resposta…

Pioli – Esse Direito de Resposta já estava concedido! O problema é que após ser entregue ao Juiz Eleitoral ele foi revogado inexplicavelmente, o que fez com que a mentira virasse verdade e a verdade virasse mentira.

AL – Você acredita então que o povo foi enganado com essas mentiras e calúnias a seu respeito?

Pioli – Foi, está e estará sendo enganado pelos próximos três anos e meio; isso se esse governo se mantiver, dado o grande número de denúncias de possíveis irregularidades.

AL – Mas isso não é discurso de quem perdeu a eleição e está ressentido até hoje?

Pioli – De jeito nenhum. No dia 1º de janeiro enviei mensagem ao prefeito Marcelo Roque desejando-lhe êxito e que cumprisse todas as promessas de campanha. Nesse período eu analisei a gestão. Após seis meses, infelizmente observo que o retrocesso continua, que as velhas práticas políticas persistem.

Pioli diz que a velha política está de volta em Paranaguá

Agora Litoral – Aproveitando o gancho, como você analisa o atual governo municipal?

André Pioli – Vejo um governo que impõe medo nos servidores públicos, que persegue as pessoas e todos aqueles que colocam a sua opinião a respeito de algo que a Prefeitura não esteja realizando corretamente. E o pior é que toda essa arbitrariedade tem o aval da maioria dos vereadores.

AL – A Câmara também te decepcionou?

Pioli – A maioria dos vereadores sim, infelizmente. Eles têm se omitido da sua principal função. Dão plenos poderes ao Prefeito, não fiscalizam. Não existe independência entre os poderes. Os dois irmãos (Marcelo Roque na Prefeitura e Marquinhos Roque na presidência da Câmara) estão dando as cartas de acordo com os seus interesses, e isso é prejudicial para a cidade.

AL – Bom, mas tem o Ministério Público…

Pioli – Mas não está tão rápido como era no governo anterior, onde praticamente engessou a Prefeitura. O Ministério Público não está observando muitas das irregularidades que estão acontecendo.

AL – E quais seriam essas irregularidades?

Pioli – Pra começo de conversa, esse é o governo da dispensa de licitação, e quando ocorre licitação parece um jogo de cartas marcadas. O Pregão das Festas Populares foi uma vergonha! Segundo consta, três empresas se uniram para enganar as outras empresas e se beneficiar da maioria dos lotes. Mas esse pelo menos já virou inquérito civil, apesar da denúncia ter sido formulada em 24 de fevereiro. Por isso falo da morosidade do Ministério Público em apurar essa e outras denúncias feitas pela imprensa.

AL – Mas nem tudo está tão ruim, segundo a opinião pública. O atual governo tem feito algumas benfeitorias e obras em Paranaguá…

Pioli – Cortesia com o chapéu dos outros. Todas as benfeitorias são herança dos governos anteriores: a iluminação a led da Avenida Coronel Santa Rita e a restauração da Estação Ferroviária já estavam pagas pelo ex-prefeito Kersten; só não houve tempo hábil dele iniciar as obras. O asfaltamento da Belmiro Sebastião Marques é uma obra do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que foi conseguida há anos pelo ex-prefeito Baka, que beneficiou o governo Roque/Kersten e beneficiará esse e talvez até o próximo. Não são conquistas do atual governo, apesar dele agir como se fosse.

Pioli lembra que obras do atual governo são herdadas dos antecessores

Agora Litoral – Pretende voltar pra TV?

André Pioli – Por enquanto não, talvez volte com outro formato de programa, até porque o atual prefeito virou repórter cidade. Vai aos bairros, tira selfie, mostra os problemas, mas, apesar do poder que tem, não resolve. Eu era apenas um repórter…

AL – Você se disse decepcionado com o resultado da eleição. Vai desistir da política? 

Pioli – Jamais desistirei de Paranaguá e do meu sonho de fazer a minha cidade melhorar. Sou muito grato aos 25.446 eleitores que confiaram a mim o seu voto. Tenho andado pela cidade agradecendo a cada família essa confiança e recebendo estímulo para continuar.

AL – Você será candidato a deputado em 2018?

Pioli – Provavelmente, até porque Paranaguá não pode ficar ausente do cenário político estadual e federal.

Agora Litoral – Obrigado pela entrevista. Suas considerações finais…

André Pioli – Quero aproveitar a oportunidade para reafirmar à população que não existe nenhuma verdade nas acusações que me fizeram na campanha eleitoral. Eram todos caluniando um único candidato. Nunca respondi nenhum processo. Nunca fui envolvido com a Lava Jato, sequer tive meu nome citado nessa ou em qualquer outra investigação. Muitos que falaram de mim – a mando dos seus chefes –, que se faziam de bonzinhos e me atacavam de tudo que é maneira na campanha eleitoral, já foram desmascarados. Até presos foram. Entre eles o que foi nomeado Assessor de Assuntos Governamentais do Prefeito e um dos doadores da sua campanha. Muitos já me encontraram na rua e se desculparam pelo que falaram. Outros reconheceram ter sido envolvidos politicamente e pediram até perdão pelos absurdos que falaram a meu respeito. Outros, é claro, esqueceram as mentiras que falaram porque ganharam um cargo comissionado. Mas, como o tempo é o senhor da razão, eu espero que a verdade prevaleça. E que o atual governo se endireite. Pelo bem de todos. Obrigado.

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Homem é preso por passar a mão em funcionária de loja no centro de Paranaguá

Foi na manhã de terça-feira

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Na manhã de terça-feira (27), um homem de 56 anos foi encaminhado para o plantão da Delegacia Cidadã de Paranaguá por agentes da Guarda Civil Municipal, acusado de importunação sexual. A ação ocorreu após denúncia de uma moça de 23 anos, que informou ter sido assediada pelo detido na loja em que trabalha, no centro da cidade.

De acordo com o boletim policial, por volta das 10h50, uma equipe da GCM foi até o estabelecimento e encontrou o suspeito detido pelos funcionários. Em seguida, os agentes conversaram com a vítima, a qual, chorando muito, relatou que o homem havia passado a mão eu seu rosto e cabelos e que, depois, veio a tocar em suas nádegas.

Outra funcionária, que estava próximo, visualizou a cena e o homem correu. A vítima, em pânico, pediu a ajuda da amiga de trabalho e, momentos depois, o acusado acabou detido.

Encaminhado à unidade policial, o suspeito, que reside em Curitiba e não tinha passagem pelo sistema prisional, acabou autuado em flagrante. Posteriormente foi conduzido à Cadeia Pública, onde ficou recolhido à disposição da Justiça.

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Política

Foragido por roubos é preso pela Polícia Civil em Matinhos

Ele era procurado desde outubro de 2022

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Foto: Gabrielle Sversut

Um homem, de 29 anos, condenado por cometer roubos, foi preso pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) nesta segunda-feira (23), no bairro Vila Nova, em Matinhos. O criminoso estava foragido desde outubro de 2022.

“O homem possui uma extensa ficha criminal. A PCPR apurou que ele utilizava facas nos roubos”, contou o delegado da PCPR Cristiano Quintas.

CRIME
Os crimes foram cometidos em 2015 e 2016, em Curitiba e Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. Um dos roubos foi cometido dentro de um ônibus contra o cobrador e os passageiros.

Da PCPR
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Política

Paranaguá terá novo vereador quarta-feira

JOÃO MENDES ASSUME NO LUGAR DE MARCUS ROQUE

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Agora Litoral
A cidade de Paranaguá terá novo vereador nesta quarta-feira (27). João Mendes Filho, do MDB, assume, na Câmara Municipal, às 19 horas, no lugar de Marquinhos Roque (PODEMOS), cassado por infidelidade partidária.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou, na noite de segunda-feira (25), a perda do mandato de Marquinhos, que ocupava o cargo de presidente da Câmara de Vereadores.

A Justiça Eleitoral entendeu que a migração de Marquinhos Roque, do MDB para o PODEMOS, ocorreu sem justa causa, e que não havia nenhuma das hipóteses legais que autorizariam a troca de partido.

Marquinhos Roque perdeu o mandato

EXPERIÊNCIA
João Mendes Filho é servidor municipal há 37 anos. Ingressou no serviço público aos 17 anos, quando ainda era permitido, na função de contínuo (office-boy). Com o tempo exerceu diversos cargos até chegar à condição de secretário municipal de Administração, em duas gestões do ex-prefeito Mario Roque.

Em 2008, elegeu-se vereador, com 855 votos, para a legislatura 2009/2012. Na última eleição obteve 326 votos e ficou como primeiro suplente do MDB.

Com a saída de Marquinhos Roque do MDB ingressou com ação de infidelidade partidária, em 18 de maio de 2018, conquistando definitivamente o cargo após decisão do ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral, na segunda-feira, 25 de março.

MANDATO
Em entrevista ao Agora Litoral, João Mendes Filho disse que vai exercer o cargo “em defesa da cidade de Paranaguá”, através de projetos que possam atrair empresas e gerar empregos. Igualmente, prometeu lutar pelos funcionários públicos.

Perguntado sobre qual deveria ser sua postura na Câmara Municipal, afirmou que votará conforme sua consciência. “Os projetos do Executivo que eu considerar de interesse da comunidade terão meu voto”, adiantou.

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