A Polícia Civil do Paraná (PCPR) foi para as ruas na manhã desta quarta-feira (30) para cumprir, ao todo, 34 mandados judiciais no Paraná e no estado de Goiás em operações distintas. As ações foram direcionadas a uma organização criminosa especializada em furtos e roubos de cargas e, também, contra a exploração sexual infantojuvenil.
No Litoral, as ações ocorreram nas cidades de Guaratuba e Paranaguá.
FURTO E ROUBO DE CARGA
Foram 12 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão, em Curitiba, Paiçandu e Paranaguá, no Paraná; e Goiânia, em Goiás. As polícias civis dos respectivos estados também colaboraram na operação que contou com o apoio ativo da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
As investigações revelaram a participação do grupo em dois crimes distintos. O primeiro caso envolve um falso roubo de uma carga de pneus, avaliada em mais de meio milhão de reais, ocorrido em 3 de dezembro de 2023, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
“Na ocasião, o motorista afirmou ter sido roubado, mas nossas investigações, realizadas com apoio da PRF, demonstraram que ele foi aliciado pela organização criminosa e entregou voluntariamente a carga”, explicou o delegado da PCPR, André Feltes.
A organização criminosa utilizou uma empresa de fachada, localizada em Palhoça (SC), para emitir notas fiscais fraudulentas, facilitando o transporte e a venda dos produtos roubados. O segundo caso, ocorrido em 8 de fevereiro de 2024 em Campo Largo, também na Região Metropolitana de Curitiba, envolveu o roubo de uma carga de alimentos congelados, incluindo carnes e laticínios, avaliada em cerca de R$ 350 mil.
Segundo a PCPR, um dos membros do grupo, especialista em rastreamento de veículos e residente em Goiânia, foi contratado para desativar o sistema de rastreamento do caminhão, permitindo o roubo da carga para um barracão, onde o transbordo dos produtos foi realizado.
Os suspeitos são investigados por crimes de roubo qualificado com uso de arma de fogo, restrição de liberdade da vítima, furto qualificado, falsa comunicação de crime e organização criminosa.
A ação de combate à exploração sexual infantojuvenil desta quarta-feira (30), ocorreu simultaneamente em cinco municípios paranaenses: Curitiba; Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba; Guaratuba, no Litoral; Palmas, no Sul do estado; e Nova Londrina, no Noroeste. Após, aproximadamente, um ano de investigações, os suspeitos de armazenar e compartilhar material pornográfico infantil pela internet foram identificados.
“As investigações apontam que os suspeitos armazenavam e compartilhavam material pornográfico infantil na internet. Em um dos casos, também houve a produção desse material e a prática de estupro de vulnerável”, informou o delegado da PCPR, Thiago Soares.
PRIMEIRA FASE
Segundo o delegado da PCPR, José Barreto, a operação teve a primeira fase deflagrada em março deste ano, resultando em duas prisões em flagrante. “Nesta nova fase, os policiais civis darão continuidade à repressão desses crimes, focando no compartilhamento, armazenamento e produção de material pornográfico infantojuvenil, além do crime de estupro de vulnerável”, disse o delegado.
A PCPR reforça seu compromisso em operações como as realizadas nesta quarta-feira (30/10) para desarticular organizações criminosas que causam prejuízos significativos à economia e no combate à exploração sexual infantojuvenil, visando a proteção de crianças e adolescentes.