Um mistério ronda a morte de uma mulher de 37 anos, com endereço na cidade de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela foi encontrada desacordada na piscina de uma residência em Matinhos, no Litoral, e morreu na UPA do balneário Praia Grande, na noite de quarta-feira (12).

A OCORRÊNCIA
Por volta das 22 horas, policiais militares de Rádio Patrulha – que davam apoio no atendimento de outra ocorrência – foram acionados por populares, os quais relataram que no bairro Tabuleiro uma pessoa havia sido vítima de afogamento e entrado óbito após ser socorrida.

Imediatamente os militares foram até o imóvel e entraram em contato com o proprietário. O homem disse que havia locado sua residência e que, por volta das 20h, tomou conhecimento que a mulher, que estava acompanhada de dois homens, havia se afogado.

Ele contou que o Corpo de Bombeiros havia sido chamado e que a mulher teria sido encaminhada para atendimento e que, na sequência, solicitou que as outras duas pessoas que estavam na casa desocupassem o imóvel.

Em seguida, os policiais tomaram conhecimento que a equipe que atendeu a vítima na UPA havia informado que ela apresentava um hematoma na testa. Na continuidade das diligências os militares conversaram com os dois rapazes que estavam com a vítima.

Os dois jovens, de 24 e 26 anos, ambos com endereço em Curitiba, contaram que haviam passado o dia consumindo bebida alcoólica e que, no início da noite, por volta das 19 horas, saíram para comprar mais bebidas.

Eles relataram ainda que, ao retornarem, encontraram a mulher em aparente situação de afogamento na piscina e que, em seguida, avisaram os vizinhos para que chamassem o socorro.Diante dos fatos, os dois rapazes foram encaminhados ao plantão da Delegacia Cidadã de Matinhos para serem ouvidos pelas autoridades e toda situação registrada em boletim de ocorrência. O corpo da mulher foi recolhido pelo IML de Paranaguá para exames complementares.

O proprietário da residência foi orientado a manter o imóvel fechado para ser periciado.

VÍTIMA TERIA MATADO AMIGA
Levantamento do Agora Litoral mostra que a identificação do corpo da mulher, que supostamente teria morrido afogada, aponta que ela respondia processo por homicídio e que iria a júri popular nos próximos dias.

Daiana Pereira Barroso era acusada de ter matado uma amiga no Natal de 2018, no bairro Jardim das Américas, em Curitiba. À época, Daiana teria alegado que Alexandra Maria da Silva teria entrado em um surto psicótico e atacado sua filha.

Ao prestar depoimento à polícia, Daiana disse que para defender os amigos e familiares presentes na confraternização de Natal, teria segurado a vítima pelo pescoço e, involuntariamente, enforcado Alexandra.

Daiana foi indiciada por homicídio doloso, já que a versão dada foi contestada veementemente por familiares de Alexandra, que era considerada uma pessoa tranquila.

“Minha mãe nunca encostou em uma criança. Ela nunca teve ataque psicótico. Ela sempre amou criança, não seria capaz disso. Têm muitas mães aqui [no velório] que sabem que minha mãe sempre ajudou, cuidou dos filhos delas”, declarou, à época, a filha da vítima.

Daiana e Alexandra (Foto: Reprodução Ric TV)

ATEOU FOGO NO MARIDO
A amizade entre Daiana e Alexandra era recente. Alexandra era responsável por cuidar dos filhos dela. Antes de ser acusada de matar a babá, Daiana já tinha passagem pela polícia por outro crime. Ela teria tentado matar o ex-marido, chegando inclusive a atear fogo no corpo dele e respondia o processo em liberdade.