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Gaeco prende três policiais militares do PR suspeitos de roubo e lavagem de dinheiro

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Três policiais militares do Paraná foram presos por suspeita de envolvimento em roubo e lavagem de dinheiro. O Ministério Público do Paraná, por meio do núcleo de Maringá, no Norte Central do estado, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu na manhã desta segunda-feira (31/7), com apoio das Corregedorias das Polícias Civil e Militar, três mandados de prisão temporária e sete mandados de busca e apreensão, na segunda fase da Operação Bogotá.

Expedidos pela Vara Criminal de Engenheiro Beltrão, as ordens judiciais foram cumpridas nas cidades de Maringá, Floresta e Itambé, além de Engenheiro Beltrão, em endereços relacionados aos investigados. A investigação gira em torno da prática dos crimes de roubo majorado, peculato, disparos de arma de fogo, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e lavagem de capitais. Os crimes teriam supostamente o envolvimento de policiais civis e militares.

PRISÕES
Na ação desta segunda-feira, foram presos temporariamente dois policiais militares em atividade e um policial militar rodoviário da reserva remunerada, além da prisão em flagrante de uma pessoa pelo crime de tráfico de drogas. Somadas as prisões das duas fases, foram presas no total seis pessoas.

De acordo com o MPPR, os dois agentes estão em atividade no 4º Batalhão da Polícia Militar de Maringá, foram identificados como Maxswell Pereira e Douglas Caetano da Silva. O outro policial, Paulo Borghetti, da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), está aposentado e recebendo salário. Ainda segundo o MP, nas casas dos suspeitos foram apreendidas armas e dinheiro.

INVESTIGAÇÃO
As investigações tiveram início em junho de 2023, após o Gaeco de Maringá receber notícia da prática de roubo de carga com possível envolvimento de agentes públicos, inclusive policiais, que teriam usado no cometimento do crime viatura oficial, armas e coletes balísticos, após planejamento e atuação estruturada e organizada.

A partir da identificação dos primeiros envolvidos, foi deflagrada a primeira fase da operação, há um mês – o aprofundamento da investigação revelou o possível envolvimento de outros agentes, alvos da operação desencadeada nesta segunda-feira.

Motorista da carga roubada desapareceu
As prisões vão apurar a relação dos agentes nos crimes e identificação de outros funcionários públicos que participaram das ações, além de investigar o envolvimento deles no desaparecimento da vítima que teve a carga roubada, em Engenheiro Beltrão e fez a denúncia.

“Logo após o crime o motorista do caminhão roubado prestou depoimento e alguns dias depois ele desapareceu. A família comunicou o desaparecimento. […] Uma das linhas da investigação é de que a vítima tenha sido morta um pouco depois de revelar os fatos”, disse o promotor Marcelo Alessandro da Silva Gobbato.

A defesa dos policiais disse que não há provas da participação deles no assalto e que vai provar a inocência à Justiça.

Do MPPR e G1
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