Agora Litoral
O filho do empresário Geovane Charlles Alcala, de 47 anos, assassinado a tiros no início da tarde de sexta-feira (20), em Paranaguá, no Litoral do Paraná, foi preso por envolvimento no crime.
A confirmação da prisão de Luiz Felipe Alcala, de 24 anos, foi feita pelo delegado Nilson Santos Diniz na madrugada deste sábado (21).
De acordo com o delegado, após ouvir várias testemunhas – e o autor do homicídio, Rafael Anderson Kubiak da Veiga, de 23 anos, que afirmou que receberia de Felipe R$ 10 mil pela morte de Geovane – ficou clara a participação do filho na morte do pai.
“No momento da sua oitiva [de Luiz Felipe], dei voz de prisão em flagrante pela prática de homicídio do próprio pai”, afirmou Diniz. O delegado disse também que Luiz Felipe preferiu permanecer calado no depoimento.
MENTIRAS E TROCAS DE MENSAGENS
Além de outros elementos, como o fato de Luiz Felipe ter mentido que o autor do homicídio teria fugido do local do crime (quando o mesmo estava escondido no forro da residência), o delegado ressaltou que havia troca de mensagens no celular de Luiz Felipe e Rafael.
“Mesmo com o pai caído, morto no chão, ele não desceu para ver o pai. Permaneceu no andar superior, no mesmo andar onde se encontrava o autor do delito”, ressaltou Diniz, para quem o terceiro e principal dos elementos é o próprio celular do executor do crime (Rafael).
Ainda de acordo com o delegado, quando Rafael se encontrava no forro da casa, ele enviou diversas mensagens de texto para Luiz Felipe pedindo para ele tirá-lo de lá.
“Rafael chegou a pedir para uma terceira pessoa ligar para o Felipe e pedir para ele lhe ligar de volta. Tudo isso registrado no telefone do executor do crime”, disse Nilson Diniz.
ENCONTRO ANTES DO CRIME
Na manhã do homicídio do empresário Geovane Alcala, segundo o delegado, Luiz Felipe e Rafael Veiga teriam se encontrado em um trevo na Avenida Ayrton Senna.
Confirmação de envolvimento deixou amigos perplexos
A confirmação do envolvimento de Luiz Felipe Alcala na morte do pai deixou perplexos os seus amigos, principalmente pela amizade e parceria que os dois demonstravam possuir.
Em contato com o Agora Litoral, muitos disseram não acreditar que Luiz Felipe Alcala tenha sido o mandante do assassinato de Geovane Charlles Alcala.
“Eles eram muito parceiros, difícil acreditar nisso”, confidenciou um amigo comum do pai e do filho.
DISCUSSÃO
Há cerca de um mês, Felipe e Geovane teriam tido uma discussão feia, em plena Avenida Roque Vernalha. Segundo uma testemunha, o motivo seria a compra de um trailer de lanches feita pelo filho.
“Geovane parou o carro e gritou muito com Felipe; era a respeito de dinheiro, mas não deu pra entender direito”, afirmou uma pessoa em um grupo de WhatsApp.
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