O Paraná manteve o ritmo de graduação de novos profissionais nas instituições de ensino superior, mesmo nesse momento de pandemia do novo coronavírus. Levantamento da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) aponta que, juntas, as Universidades Estaduais diplomaram mais de 12 mil profissionais em diversas áreas.
Desse total, 9,5 mil concluintes são oriundos de cursos presenciais, enquanto o restante, 2,5 mil, fizeram cursos superiores na modalidade Educação a Distância (EAD). Em razão da crise sanitária, relacionada à Covid-19, as instituições precisaram adaptar as atividades de ensino, priorizando o formato remoto, com aulas síncronas, ministradas em tempo real, e assíncronas, gravadas e disponibilizadas em plataformas digitais.
“O ecossistema do ensino superior estadual foi, rapidamente, reinventado, exigindo um alto nível de adaptabilidade e desempenho dos professores, assim como dos estudantes. Todos os envolvidos foram essenciais para minimizar os impactos na aprendizagem, neste momento de crise mundial”, afirma a coordenadora de Ensino Superior da Seti, Gisele Onuki.
Ela explica que esse número expressivo de conclusões se deve à dedicação de professores e agentes universitários, comprometidos com a continuidade das atividades pedagógicas, por meio de estratégias educacionais mediadas por novas tecnologias.
ADAPTAÇÕES – Os calendários acadêmicos foram ajustados, impactando nos períodos letivos, que deixaram de acompanhar o ano civil. Nesse cenário, as coordenações de cursos reavaliaram os projetos pedagógicos, possibilitando a continuidade das atividades didáticas. Essas adaptações se basearam nas necessidades de cada curso, mediante deliberação e autorização das instâncias competentes de cada universidade.
Professores e estudantes passaram a desenvolver as atividades acadêmicas de maneira híbrida. A maioria das aulas teóricas foi realizada de forma remota, e as disciplinas práticas, principalmente na área da Saúde, assim como os estágios supervisionados, ocorreram de maneira presencial, assegurando a conclusão da graduação para vários alunos.
GRADUAÇÕES – Com um total de 2.390 novos profissionais diplomados, a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) é a instituição com o maior número de estudantes formados em 2021 referentes ao ano letivo 2020 – foram 1.040 no presencial e outros 1.350 em EAD. A Unicentro oferta 41 cursos de graduação em sete cidades da região, sendo a maioria na cidade sede, Guarapuava, no Centro Sul paranaense.
No Noroeste do Paraná, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) alcançou a marca de 77 mil formados ao longo de 52 anos de existência e é classificada como uma das cem melhores instituições de ensino superior da América Latina, segundo a Times Higher Education. Considerando somente o ano letivo relativo a 2020, a UEM formou 2.495 novos profissionais para o mercado de trabalho.
Reconhecidas como instituições de referência na formação de profissionais e no desenvolvimento de pesquisas, a Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Norte paranaense, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), na região dos Campos Gerais, e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), com sede em Cascavel, diplomaram, juntas, 5.211 estudantes.
Com sede em Curitiba e presente em seis municípios, a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) graduou 1.236 novos profissionais, nos 60 cursos de graduação disponíveis. Já a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), com sede em Jacarezinho, formou 674 acadêmicos, nos 24 cursos de nível superior ofertados em três campi.
OFERTA – As sete Universidades Estaduais do Paraná são classificadas – nacional e internacionalmente – como referência entre as instituições de ensino superior brasileiras em extensão e pesquisa. Os cursos de graduação e de pós-graduação abrangem as mais diversas áreas do conhecimento, com atividades presenciais em 32 cidades e atividades na modalidade EAD em 60 municípios polos.
Atualmente, o Sistema Estadual de Ensino Superior do Paraná soma 97 mil estudantes, matriculados em 380 cursos de graduação. As instituições contam com 7.685 professores e 8.847 agentes universitários.
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