Trio é condenado por morte de psicóloga; soma das penas passa de 139 anos

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Três pessoas foram condenadas, em júri popular, pelo assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo (FOTO), ocorrido em maio de 2017, na cidade de Cascavel, no Oeste do Paraná. A soma das condenações passa de 139 anos. Um quarto réu foi absolvido. O julgamento começou no dia 30 de janeiro e terminou na madrugada deste domingo (5). Ao todo, 13 pessoas foram ouvidas no Tribunal do Júri, a vítima sobrevivente – o policial civil, marido de Melissa e mais 9 testemunhas de acusação, entre elas o delegado da Polícia Federal, Marco Smith, responsável pela investigação do caso, além de uma testemunha de defesa e duas testemunhas do juízo.

CRIMES
Edy Carlos Cazarim, Wellington Freitas da Rocha, Elnatan Chagas de Carvalho, Roberto Soriano e Andressa Silva dos Santos estavam sendo julgados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e organização criminosa. Entre os delitos cometidos pelos acusados estava também tentativa de homicídio triplamente qualificado, posse de arma de fogo, munições e acessório de uso restrito e receptação dolosa.

Após seis dias de julgamento três pessoas foram condenadas e uma absolvida. Veja as penas:

PENAS

Edy Carlos Cazarim: 17 anos, 5 meses e 10 dias;

Wellington Freitas da Rocha: 55 anos, 5 meses e 15 dias;

Elnatan Chagas de Carvalho: 66 anos, 3 meses e 20 dias.

Andressa Silva dos Santos: absolvida. 

O processo envolvia ainda mais duas pessoas acusadas de participarem do crime, mas já morreram. Quanto a Roberto Soriano, no segundo dia de julgamento, o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, competente pelo Tribunal do Júri do caso Melissa de Almeida Araújo, determinou o desmembramento do processo em relação ao acusado, pois a banca de advogados que atua em sua defesa deixou o plenário durante o julgamento.

O CASO
Melissa foi morta no dia 25 de maio de 2017, em frente ao condomínio onde morava, na cidade de Cascavel, residência distante 55 km de Catanduvas. A psicóloga teve sua rotina monitorada por pelo menos 40 dias antes de morrer e foi considerada um alvo de “fácil alcance”, de acordo com as investigações.

Por se tratar de crime contra a vida de servidor público federal no exercício de suas funções, a competência para julgamento é do Tribunal do Júri da Justiça Federal.

O marido, que é policial civil e estava no momento do crime, chegou a trocar tiros com os criminosos e ficou ferido. O filho do casal também estava junto e nada sofreu.

MOTIVAÇÃO
A vítima, de 37 anos, foi brutalmente assassinada por ser agente na Penitenciária Federal de Catanduvas. Segundo as investigações, o crime foi motivado em represália à atuação regular do Estado brasileiro no controle da disciplina interna nas unidades do sistema carcerário federal.

Os condenados foram acusados de agir no interesse da maior facção criminosa que atua em todo território nacional, motivados pelo propósito de vingança a funcionários e autoridades do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e pela ideia de intimidação de toda a categoria de agentes penitenciários federais.

Com informações da RicMais
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