Para conter o avanço da Covid-19, o Governo do Paraná irá implantar um toque de recolher e estuda fechar praças e parques em todo o estado. As novas medidas devem ser publicadas até quarta-feira (2).
De acordo com boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) de segunda-feira (30), o Paraná registrou 277.424 casos e 6.099 óbitos pela infecção desde o início da pandemia do novo coronavírus.
O secretário de Saúde, Beto Preto, afirmou nesta terça-feira (01/12) que o toque de recolher deve funcionar das 23h às 5h para evitar a circulação do vírus. Apesar disso, o horário ainda não foi confirmado.
“É necessário que possamos interromper em alguns momentos a circulação de pessoas. Uma das hipóteses que está sendo colocada a partir de hoje ou amanhã é o toque de recolher. Há hipótese até de fechamento de praças, parques, diminuição de festejos de Natal e ano novo por parte dos entes públicos”, afirmou.
Beto Preto salientou ainda que os servidores que atuam nas repartições públicas estaduais devem voltar a trabalhar no regime de home office. Além disso, o governo irá recomendar que os municípios e outras esferas do poder adotem a mesma medida.
“Queremos diminuir o trânsito de pessoas. Precisamos tentar mais uma vez o isolamento social, uso de máscara e principalmente o distanciamento”, disse.
Segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), o estado somou mais 56.156 casos e 628 mortes provocadas pelo coronavírus no mês de novembro.
Enquanto o número de mortes sofreu queda na comparação com outubro, o número de casos dobrou, conforme o levantamento.
LEITOS NOS HOSPITAIS
Em entrevista ao Bom Dia Paraná, da RPC TV, Beto Preto afirmou que a rede estadual de saúde está reativando leitos nas alas Covid-19 dos hospitais para atender a demanda.
O secretário estadual de Saúde reforçou que não há falta de assistência, mas disse que a rede pública está chegando ao limite da capacidade de atendimento.
“Estamos trabalhando para ampliar leitos. Estamos negociando com os hospitais e vamos colocar mais leitos. Vamos ampliar ou garantir a transferência de pacientes. Se não fizermos o nosso dever de casa é muito possível que falte leito no hospital. E não é porque deixamos de ofertar, mas é porque a rede está no limite”, afirmou.