Agora Litoral
Dados da Secretaria Estadual de Saúde apontaram que o Paraná registrou 4.098 acidentes com aranha-marrom em 2018, sendo que 50% dos casos estão concentrados em Curitiba e municípios da Região Metropolitana. O número aponta, ainda, uma diminuição em relação a 2017, quando 4.198 ocorrências foram registradas.
Do início do ano até agora, já foram registrados 203 casos. Os períodos de calor propiciam uma maior frequência de picadas, pois as altas temperaturas aumentam o metabolismo destes animais, que se movimentam mais em busca de alimento e de um parceiro para reprodução. As aranhas-marrons procuram abrigo em locais secos, quentes e escuros, pois não suportam claridade. À noite, o animal sai para caçar em busca de alimento e de água.
CUIDADOS
O controle químico – por meio de inseticidas – não é recomendado na eliminação de animais peçonhentos, até para não intoxicar seres humanos e outras espécies. O mais apropriado é fazer o manejo ambiental, com práticas simples que devem ser adotadas dentro das residências. “É preciso eliminar os quatro ‘As’ que garantem a sobrevivência desses animais: abrigo, acesso ao abrigo, alimento e água. Quando eliminamos qualquer um desses quatro ‘As’, estamos alterando o ambiente natural dele”, afirmou o biólogo Emanuel Marques da Silva, da Divisão de Zoonoses e Intoxicações.
O acesso a abrigos da aranha-marrom pode ser as frestas de casas em paredes, rodapés, caixilhos de portas, que devem ser fechados com massa corrida ou outro material apropriado.
VIAGEM
O biólogo também chamou a atenção para os períodos de férias, quando as pessoas voltam de viagem. É recomendado que os moradores vistoriem a casa, em especial dentro de sapatos e em roupas e toalhas encostadas em paredes ou no chão, que podem ser esconderijos de aranhas-marrons.
É importante também organizar materiais que estejam em caixas de papelão, livros velhos e outros objetos acumulados que podem se tornar abrigos para elas. O mesmo vale para materiais de construção fora de casa.
Tábuas devem ficar em pé, e não deitadas; assim como tijolos e telhas, que além de ficarem na posição vertical, devem estar a pelo menos 20 centímetros do solo, em um estrado ou outro suporte. Com estas medidas de manejo ambiental, as pessoas também não se intoxicam com produtos químicos.
PICADAS
Em caso de picada da aranha, a orientação é lavar o local do ferimento com água e sabão para mantê-lo limpo; não cobrir a ferida e nem fazer qualquer outro procedimento. Uma Unidade de Saúde deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto antes for feito o diagnóstico, melhor vai ser a evolução do quadro, com a medicação adequada. Em situações mais graves, a vítima poderá ser encaminhada para um hospital.