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Paraná cria Força-tarefa para coibir jogo mortal

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Adolescentes se automutilam para atender as regras do jogo, e a última é cometer suicídio

Paranaguá, PR
Agora Litoral

Com a confirmação de dois casos e a suspeita de outros seis, a Polícia Civil iniciou nesta quarta-feira (19) uma força-tarefa para coibir novas situações de automutilação e tentativas de suicídio provocadas pelo jogo ‘Baleia Azul’.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), um dos casos confirmados é de Curitiba, no qual a vítima de 14 anos chegou a convocar colegas para filmar o ato extremo. A outra situação confirmada é de Pato Branco, no sudoeste do Paraná.

A maioria dos casos foi percebida em escolas e, em alguns deles, os “curadores” (aqueles que comandam o jogo mortal) chegaram a ameaçar fazer mal para familiares das vítimas em caso de desistência.

Nesse fatídico jogo, os adolescentes recebem mensagens em redes sociais com tarefas a serem cumpridas. Nas conversas, um grupo de organizadores, denominados de “curadores”, propõe 50 desafios aos adolescentes, como automutilação, assistir filmes de terror e psicodélicos e, como tarefa final, o suicídio.

Segundo o secretário Wagner Mesquita, o foco das forças de segurança do Paraná acontece no sentido de identificar e responsabilizar os envolvidos por incitação ao suicídio. Identificados, os “curadores” podem responder por incitação ao suicídio.

Em Curitiba, as suspeitas podem ser comunicadas diretamente ao Nucria, que vai fazer o primeiro atendimento, com o apoio de psicólogos especializados. “Temos ouvido relatos de adolescentes que querem desistir, mas quero deixar claro que não há possibilidade de problemas para familiares. Pode denunciar tranquilamente para os pais”, concluiu Mesquita.

Investigação

A Polícia Civil investiga cinco casos com possibilidade de incitação ao autoflagelamento de jovens entre 13 e 17 anos, que foram atendidos em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Curitiba nesta semana: um na UPA Pinheirinho e outros quatro na UPA Sítio Cercado. Entre os casos, quatro são de meninas com intoxicação por medicamentos.

Em Pato Branco, outro caso semelhante foi formalizado com boletim de ocorrência. A Sesp também solicitou que a Polícia Científica dê prioridade a eventuais perícias em celulares e computadores apreendidos envolvendo estes casos.

Autoridades estão investigando os responsáveis pela administração desse jogo mortal
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