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Pai que torturou até a morte a filha é condenado a mais de 50 anos de prisão

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Em Terra Rica, no Noroeste do Paraná, um homem foi condenado pelo Tribunal do Júri a 49 anos, 10 meses e 10 dias de reclusão e a 11 meses e 6 dias de detenção por torturar até a morte a própria filha. O crime ocorreu em 12 de maio de 2023, quando a vítima tinha apenas quatro anos de idade, e teria sido cometido para atingir a ex-mulher, mãe da criança, porque o réu não aceitava o fim do relacionamento.

De acordo com o Ministério Público do Paraná, Nadiro da Silva Souza, de 27 anos, torturou e amarrou os pés e as mãos da filha, matando a menina estrangulada. Ele jogou o corpo em um rio.

“…O denunciado fez questão de registrar a covarde execução da sua própria filha, e de enviar os áudios de toda a agonia da infante, e as fotos dela sofrendo e já morta para a genitora”, relatou a peça acusatória.

O Conselho de Sentença acolheu todas as teses do MP-PR no julgamento, considerando as qualificadoras do feminicídio (crime em contexto de violência doméstica contra a mulher), motivo torpe, tortura, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e emprego de meio cruel (asfixia). O júri popular iniciou às 9 da manhã da última quarta-feira (31) e terminou quase doze horas depois.

Ele foi condenado também por ocultação de cadáver, “…pois jogou o corpo da filha no rio Paranapanema, onde foi encontrado apenas no dia seguinte, a quatro metros de profundidade e a 12 metros da margem” e fraude processual, por ter tentado simular o próprio suicídio como se tivesse se jogado no mesmo rio. “…Ele montou um cenário artificial para simular que teria praticado suicídio, eis que deixou seus chinelos às margens do rio, e, ainda, enviou mensagens de despedida para um amigo próximo […], evadindo-se, então, para local ignorado – com o objetivo de induzir a todos em erro, sobretudo os peritos e investigadores”, descreve a denúncia.

O CASO
Conforme informações, o pai teria conseguido na Justiça um acordo para ficar com a filha. O combinado era de que o homem poderia, em alguns dias, ficar com a criança por um período. No entanto, após buscar a menina com a mãe, pai e filha desapareceram.

A advogada da mãe da criança procurou a Polícia Civil após o acusado mandar mensagens dizendo que iria sumir com a menina. Maria Cecília da Silva de Souza foi encontrada morta próximo a um rio e ao carro do suspeito. O homem não foi localizado, mas os objetos pessoais dele e chinelos estavam na região. Ele foi preso dias depois do ocorrido.

O réu deverá cumprir a pena, sem direito de recorrer da sentença em liberdade.

Com informações do MPPR

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