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Organização criminosa tinha sete da mesma família

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Polícia Federal cumpriu 37 mandados de busca e apreensão e 28 de prisão. (Foto: Divulgação PF)

Agora Litoral
A organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de entorpecentes presa pela Polícia Federal (PF) dentro da Operação Enigma, deflagrada nesta sexta-feira (17), tinha pelo menos sete pessoas da mesma família, entre pais, filhos, tios e primos.

Os parentes eram os fornecedores das drogas com origem do Paraguai e com destino a Curitiba e região metropolitana. A maior ficava no Mato grosso do Sul e apenas dois irmãos atuavam em Curitiba, em contato direto com compradores. Segundo as investigações, o grupo movimentava 200 quilos de cocaína por mês.

O grupo tinha várias táticas para esconder os entorpecentes, até mesmo no ralo de residências. Ao todo, foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão e 28 de prisão. Duas pessoas ainda estão foragidas. Além disso, dois homens foram presos em flagrante escondidos no forro de uma residência. Os mandados foram cumpridos no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Segundo o delegado Vinícius de Oliveira Binda, a quadrilha trazia a droga, em sua maioria crack e cocaína, de fornecedores do Paraguai através da fronteira com o Mato Grosso do Sul e enviava para Curitiba e cidades da Região Metropolitana.

“Eles atuavam em vários lugares, mas a venda maior acontecia nos bairros do Xaxim, Pinheirinho, CIC e também em alguns municípios da região Metropolitana. Traziam muita droga pra cá e revendiam em quantidades menores para outros traficantes”, afirmou o delegado. O transporte na maioria das vezes era feito em fundos falsos de caminhões

A PF dá conta de que, para driblar as investigações, os integrantes da suposta organização estabeleceram um esquema de lavagem de dinheiro que envolvia a ocultação e fracionamento das operações financeiras, a utilização de “laranjas” para realização de negócios envolvendo bens adquiridos pelo grupo, a compra de veículos de luxo, imóveis rurais e outros de alto padrão no litoral de Santa Catarina.

Um dos responsáveis por organizar o grupo já havia sido alvo de investigação por tráfico de drogas em outra ação da Polícia Federal e atua por muitos anos como traficante de drogas, de acordo com a corporação.

Aos investigados estão sendo imputados, dentre outros, os crimes de tráfico internacional de entorpecentes, associação para o tráfico, associação criminosa e lavagem de ativos. A Operação foi batizada de Enigma porque, em seu início, eram desconhecidos dos investigadores a estrutura de atuação e forma de comunicação dos alvos.

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