Justiça condena 14 ex-policiais rodoviários estaduais acusados de cobrar propina

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A Justiça condenou por organização criminosa quatorze ex-policiais rodoviários estaduais que foram flagrados quando cobravam propina em estradas do sudoeste do Paraná, sendo que 11 deles também foram sentenciados por concussão (quando se exige ilegalmente valores no exercício da função ), outros três por peculato, dois por falsidade ideológica e dois por prevaricação.

As penas variam entre seis e 19 anos de prisão. O caso foi descoberto em 2018, após investigação do GAECO.

O julgamento, que teve início na quinta-feira (22/7) e terminou na sexta-feira (23/7), aconteceu no Tribunal do Júri de Curitiba, com junta composta por quatro juízes militares definidos por sorteio (um major, um capitão e dois tenentes), e um de direito.

Ao todo, 15 policiais foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MP/PR), mas um deles não participou do julgamento porque seu advogado não pode comparecer por motivo de saúde. Todos aguardavam a audiência em liberdade.

Investigação
De acordo com a denúncia do MP, os policiais rodoviários estaduais recebiam dinheiro de motoristas para não multarem veículos com irregularidades.

Entre as provas apresentadas da investigação, que ocorreu no ano de 2018, estão filmagens dos acusados dividindo e recebendo dinheiro de motoristas, escutas e mensagens telefônicas além de imagens gravadas por um investigador infiltrado em um ônibus de sacoleiros que registrou o momento em que os PMs recebiam dinheiro.

Todos foram acusados pelos crimes de concussão, peculato, organização criminosa, falsidade ideológica, prevaricação e violação do sigilo funcional. No entanto, durante o julgamento, alguns foram absolvidos de certos fatos.

Expulsos da PM
Segundo o advogado Luciano Katarinhuk, que defende um dos réus, em julho de 2020, 13 deles foram expulsos da corporação após julgamento administrativo, uma policial solicitou baixa do cargo e outro foi absolvido.

Na ocasião, o Comando-Geral da Polícia Militar do Paraná julgou conclusivas as provas apresentadas pelo Gaeco contra os policiais. Eles foram desligados por atos infracionais contra a honra e o decoro da PM.

Ainda conforme Katarinhuk, os 13 PMs excluídos ainda recebem remuneração já que estão recorrendo da decisão.

Com informações da Ric Mais
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