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COVID-19: Vacina russa será submetida à Anvisa até o fim de setembro

Previsão é que o início dos testes aconteça até o final de outubro.

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O Governo do Paraná submeterá o protocolo de validação da fase 3 de estudos clínicos da vacina russa Sputnik V no País à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) até o final de setembro. Depois de aprovado pelos órgãos regulatórios, a previsão é que o início dos testes aconteça até o final de outubro.

Essa programação das etapas foi confirmada nesta sexta-feira (4) pelo diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Jorge Callado. Ele explicou a parceria em entrevista coletiva após a publicação de um estudo com resultados preliminares publicado na revista científica The Lancet, que reconhece uma boa resposta imune dos 76 participantes das fases 1 e 2. O diagnóstico sugere que a vacina produz uma resposta das células T (de defesa) dentro de 28 dias.

“O material prévio encaminhado pelos russos ao Tecpar já demonstrava resultados promissores. Mas não havíamos anunciado formalmente pelo termo de confidencialidade que temos com a Rússia. Hoje está bem evidenciado, é um dia importante para a continuidade dos trabalhos. Em ciência buscamos evidências. Estamos em busca delas desde que o Governo do Paraná e o Tecpar entraram nesse processo”, disse Callado.

Ele também ressaltou que o projeto é importante para o País porque o Paraná será a porta de entrada do eventual imunizante no Brasil. O Ministério da Saúde tem acompanhado a evolução das tratativas entre o Instituto Gamaleya e o Tecpar.

“Recebemos há 18 dias os resultados das fases 1 e 2. Eles foram traduzidos e começaram a ser interpretados pelas nossas equipes técnicas. Nos pautamos pelo termo de confidencialidade para não fazer a divulgação, era importante que ela fosse feita pelos detentores da tecnologia”, destacou Callado. “Existe uma boa taxa de confiabilidade nessa vacina. Essa publicação ainda passará pelas avaliações dos pares, dos cientistas, da comunidade internacional. Mas a confiabilidade é bastante ampla”.

Jorge Callado

PRÓXIMAS ETAPAS – Depois do envio do protocolo de ensaio clínico e da aprovação da Anvisa e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), os testes no Paraná devem envolver cerca de dez mil pessoas.

Serão duas doses intervaladas por 21 dias, prioritariamente para profissionais de saúde dos hospitais universitários e eventualmente para grupos de risco (diabéticos e hipertensos). A faixa etária ainda não foi definida. Os testes devem começar em outubro.

Esse primeiro dossiê de desenvolvimento de medicamento que será levado à Anvisa trará informações completas da Sputnik V, desde características físicas e químicas a propriedades organolépticas (relacionadas aos órgãos dos sentidos), passando, ainda, por tipo da embalagem e histórico do desenvolvimento do projeto.

“Temos que ter a fase 3 e os primeiros resultados divulgados no Brasil. Essa fase precisa comprovar os dados e a segurança das fases 1 e 2. As doses da fase 3 não serão compradas, serão encaminhadas pelo Instituto Gamaleya”, disse Callado.

Uma vez comprovada a eficácia nos testes, o que deve acontecer 60 dias depois do começo da imunização nos voluntários, haverá um novo pedido de registro na Anvisa para vacinação efetiva em território nacional. As primeiras doses serão importadas. Como o protocolo envolve transferência de tecnologia, num segundo momento haverá produção em território nacional por parte do Tecpar.

A estimativa é de que isso ocorra apenas no segundo semestre de 2021.

“Para produção com transferência de tecnologia teremos que fazer adequações. Já tivemos acesso aos insumos necessários, tanto para as plantas de fabricação, adaptação de biorreatores, novos processos de centrífuga e cromatógrafos. Tivemos acesso técnico das reais necessidades”, arrematou Callado. Ele também destacou que parte dos insumos está disponível no Brasil e parte será importado.
PARCERIA – As conversas com a Rússia para uma parceria nos estudos e produção da vacina começaram no final de julho. Em 12 de agosto, o Governo do Paraná firmou um memorando de entendimento com o Fundo de Investimento Direto da Rússia para ampliar a cooperação técnica sobre a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo Instituto Gamaleya.

Na sequência, foi assinado um termo de confidencialidade entre os envolvidos, que passaram a trocar informações e a desenvolver o protocolo de validação, a primeira etapa de todo o processo. As etapas seguintes incluem a organização e início dos testes, o registro e a produção da vacina no Paraná.

Para coordenar as atividades de pesquisa da vacina o governador Carlos Massa Ratinho Junior instituiu um Comitê Técnico Interinstitucional de Cooperação para Pesquisa, Desenvolvimento, Testagem, Fabricação e Distribuição de Vacina contra Sars-CoV-2 (Covid-19). Ele é coordenado pela Casa Civil.

“A produção de vacina é um processo longo, um desafio tecnológico, o mundo inteiro está vivendo essa corrida. Mas é importante deixar claro que a questão técnica e científica não pode queimar etapas, não vai ser deixada de lado. A ciência não dá saltos. É um momento de expectativa, um momento positivo”, arrematou Callado.

R$ 200 MILHÕES – O Paraná terá reserva orçamentária de R$ 200 milhões para a compra de vacinas contra a Covid-19 em 2021. Metade do valor virá do caixa da Secretaria da Saúde referente à emenda ao projeto de lei 248/2020, que dispõe sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e a outra parte é resultado de um repasse da Assembleia Legislativa.

Da Agência Estadual de Notícias

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Estado cria Código de Defesa dos Direitos da Mulher Paranaense

Texto consolida 99 leis e normativas estaduais relacionadas à população feminina; lei foi assinada na última semana, pelo governador em exercício Darci Piana

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Foto: Ari Dias

As mulheres que residem no Paraná contam a partir de agora com um novo dispositivo que unifica a rede legal de proteção voltada a elas no âmbito estadual: o Código de Defesa dos Direitos da Mulher Paranaense. O documento foi criado pela Lei nº 21.926, de autoria do Legislativo, e sancionada pelo governador em exercício Darci Piana, que fez o anúncio nesta terça-feira (16).

O novo código consolida 99 leis e normativas estaduais instituídas no Paraná entre 1990 e 2023 e que tratam sobre diversos temas ligados à vida das mulheres em todos os âmbitos. O projeto foi elaborado a partir de uma articulação da bancada feminina da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), além do apoio de outros deputados estaduais. 

O trabalho contou com a contribuição da Secretaria de Estado da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) e tem como objetivo facilitar o acesso da população feminina aos seus direitos, organizando as leis em temas como segurança, saúde, proteção, empreendedorismo e moradia.

“São várias leis existentes e que agora estão condensadas em um local só, em um código que fica fácil para todos compreenderem”, declarou Piana. “Com isso, avançamos em uma legislação moderna que acompanha a evolução do papel da mulher na sociedade, aprimorando aquilo que o Estado tem feito para a defesa das mulheres no âmbito da segurança pública, na educação e na geração de renda”.

A partir de agora, o Código de Defesa dos Direitos da Mulher Paranaense também deverá servir como base para elaboração de novas normas e fonte de consulta para parlamentares nos casos de futuras atualizações legislativas. O texto prevê que futuras diretrizes aprovadas sobre o tema sejam incluídas diretamente no Código, de forma a uniformizar a legislação protetiva das mulheres.

Segundo a secretária da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, Leandre Dal Ponte, a iniciativa das deputadas estaduais em consolidar as leis relacionadas à mulher em um único instrumento favorece a formulação de políticas pelos gestores. “Ninguém defende aquilo que não conhece, portanto esse Código facilita a pesquisa e o conhecimento dos gestores municipais e da população feminina sobre os seus direitos”, comentou.

“É um instrumento para todas as mulheres paranaenses, em especial aquelas em situação de violência, mas que também fomenta o protagonismo como trabalhadoras e empreendedoras”, acrescentou Leandre.

DIVULGAÇÃO
Vencida a etapa de aprovação sanção da lei, a Semipi trabalhará, a partir de agora, na ampla divulgação do Código. Uma das primeiras ações será a redação de uma edição comentada do documento para facilitar a compreensão da legislação, que posteriormente será distribuída por meios digitais e físicos.

Leandre informou que a Semipi tratará do tema nos municípios a partir da retomada da Caravana Paraná Unido Pelas Mulheres, que inicia no dia 26 de abril em Goioerê. Serão cinco eventos no primeiro semestre deste ano. O Código de Defesa dos Direitos da Mulher Paranaense também será debatido em encontros promovidos pelo Tribunal Regional Eleitoral, o Conselho Estadual da Mulher, o Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres e nas audiências públicas da Assembleia Legislativa do Paraná.

A líder da bancada feminina na Alep e uma das coautoras do projeto, deputada estadual Mabel Canto, ressaltou que o Paraná é o quarto estado do Brasil a possuir um código deste tipo, o que, segundo ela, é um reflexo também do aumento da representatividade feminina no Legislativo. Atualmente, o Paraná conta com dez deputadas estaduais, a maior bancada feminina da história.

“Esse código é uma ferramenta inovadora na luta por igualdade e qualidade de vida para as mulheres no combate aos preconceitos e ao machismo. São dezenas de leis que agora estão muito mais acessíveis às paranaenses, auxiliando também os gestores públicos municipais a avançarem neste quesito”, afirmou.

CONSELHO ESTADUAL
O novo código destaca em seu texto o funcionamento do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Paraná (CEDM/PR), vigente desde 2013. A estrutura é vinculada à Semipi e busca, por meio da participação popular, propor diretrizes de ação governamental e atuar no controle de políticas públicas de igualdade entre os gêneros, assim como exercer a orientação normativa e consultiva sobre os direitos das mulheres.

Na última quarta-feira (10), o Conselho Estadual promoveu um encontro com a participação de representantes de 121 municípios em Londrina. Um dos principais destaques do evento foi o aumento de 114% no número de Conselhos Municipais dedicados ao tema, resultado influenciado principalmente pelas caravanas organizadas pela Semipi.

O texto da nova lei também aborda ainda os aspectos ligados ao Fundo Estadual dos Direitos da Mulher (FEDIM/PR), criado oficialmente em março de 2023 após a sanção pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. Vinculado diretamente à Semipi, ele garante os recursos necessários para o planejamento, implantação e execução de planos, programas e projetos voltados à promoção e defesa dos direitos das mulheres.

Em seu primeiro ano, a iniciativa resultou no repasse de R$ 6 milhões a 75 municípios paranaenses para o aprimoramento de espaços e ações destinados ao atendimento das mulheres. Para 2024, o orçamento foi reforçado, com a previsão de aplicação de R$ 20 milhões até o fim do segundo semestre.

Da AEN

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Copel esclarece mudança de visual em contas de luz

Transição ocorre gradualmente em todo o Paraná

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A Copel esclareceu nesta segunda-feira (15) que a conta de luz dos consumidores está passando por alteração de visual, o que tem provocado a circulação de informações equivocadas em redes sociais. Para proteger a identidade do cliente, o “número do cliente” foi retirado da conta, e no campo CPF só aparecem os quatro últimos dígitos.

Esta transição ocorre gradualmente em todo o Paraná. Por isso, ambas as versões continuam valendo e são verdadeiras.

Ainda que as informações que circularam nos últimos dias não tratem de reais tentativas de golpe, a Copel orienta sobre como garantir a segurança no pagamento da conta de luz, em três passos:

– Acompanhe seu histórico de consumo, aqui pelo site ou aplicativo. Nestes canais, é possível conferir se o valor é o correto. Também é possível emitir uma segunda via para pagamento diretamente no sistema da empresa;

– No momento do pagamento, confira se ele está endereçado corretamente para a Copel Distribuição. No pagamento por PIX, aparecem ainda o CNPJ da empresa e o banco de recebimento;

– O recebimento da conta por e-mail ou WhatsApp mais a programação de débito automático em conta são boas opções para reforçar a segurança.

Conheça o novo visual da fatura:Abaixo, o visual que está sendo gradualmente retirado de circulação:Da Copel

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Mãe que obrigava filha de 10 anos a presenciar atos sexuais é presa no Paraná

Criança ainda era constrangida a entregar drogas para usuários

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Uma mulher de 27 anos foi presa na sexta-feira (12), em Marechal Cândido Rondon, na região Oeste do Paraná, acusada de tortura, maus-tratos e satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente. Ela ainda foi autuada em flagrante por tráfico de drogas.

De acordo com as investigações da PCPR, os crimes foram cometidos contra a própria filha, de 10 anos. A criança era obrigada a presenciar a genitora a manter relações sexuais com homens diversos e constrangida a entregar drogas para usuários.

“Em março deste ano, a equipe da PCPR recebeu informações que ela mantinha em sua casa ponto de venda de drogas e que os crimes eram cometidos contra a criança. Diante de tais denúncias, iniciamos as investigações e constatamos a veracidade dos fatos”, afirma o delegado da PCPR Douglas Miller.

Diante de tais denúncias, os policiais civis realizaram as investigações pertinentes e constataram a veracidade dos fatos. Resultando na representação e deferimento dos mandados de prisão e busca e apreensão domiciliar. 

Durante a ação, foram apreendidas 100 gramas de maconha e R$ 50. 

A criança vítima dos mencionados crimes está sob a responsabilidade do Conselho Tutelar e a mulher foi encaminhada ao sistema penitenciário.

Da PCPR

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