Além de fornecer alimentos para a composição dos kits da merenda escolar, associações de produtores da agricultura familiar têm feito com que eles cheguem aos lugares mais difíceis. Na quarta-feira (06), mais uma remessa foi entregue em ilhas do litoral paranaense e em comunidades indígenas. A atividade é renovada a cada 15 ou 20 dias.
“O esforço de todos, tanto do poder público quanto da iniciativa privada, é para não deixar de atender os programas sociais e até mesmo integrar outras pessoas e famílias que estão em situação de absoluta necessidade em iniciativas que lhes garantam alimentação, ainda que estejam em locais distantes, como as ilhas”, disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
Com um caminhão alugado, os produtos são levados até Guaraqueçaba, deixando pelo caminho os destinados a escolas do continente, entre elas a da Aldeia Kuaray Guatapará.
Em Guaraqueçaba, aonde o caminhão chega depois de cerca de oito horas de estrada, um barqueiro contratado pela associação aguarda os alimentos. Separados em duas embarcações, seguem para as cinco ilhas atendidas pela Aspran: Peças, Rasa, Superagui, Jorge Dias e Ismael Chagas de Tibicanga.
No estabelecimento que ele dirige são beneficiados 107 estudantes. “Os moradores das comunidades atendidas pelo colégio são, em sua maioria, pescadores artesanais e essa merenda é de grande valia”, disse. Depois de receber os produtos, ele conta com uma equipe para fazer a seleção e preparar os kits.
“O apoio é muito importante”, afirmou a presidente da Aspran, Luciana de Souza.
Segundo ela, são necessários cerca de 20 dias para programar e acertar a entrega às comunidades das ilhas, responsabilidade contratual da entidade. “Tivemos muitas dificuldades para chegar a esse resultado, mas conseguimos com sucesso”, comemorou.