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VÍDEO: MP investiga Edison Brittes por participar de organização criminosa

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Agora Litoral
Edison Brittes Júnior, assassino confesso do jogador Daniel Corrêa Freitas, que está preso no Centro de Triagem da Polícia Civil em Curitiba, apareceu nas redes sociais e em veículos de comunicação nesta segunda-feira (19).

A defesa dele divulgou um vídeo em que ele aparece desmentindo os boatos de que teria sido agredido durante o cárcere. Embora mais magro e abatido, o suspeito nega que tenha sofrido algum tipo de hostilidade.

“Eu quero deixar bem claro para todo mundo que está vendo esse vídeo, que eu estou bem. Não sofri nenhum tipo de ameaça e de agressão”, afirma Edison.

Assista ao vídeo:

LIGAÇÃO COM ATIVIDADES CRIMINOSAS
João Milton, promotor do caso, afirmou que Edison Brittes será investigado por atividades criminosas com as quais pode estar envolvido. “Há indícios de participação de Edison em outras atividades criminosas. […] Dado o histórico, origem, circunstâncias, tem que tomar providência de se investigar pra ver a participação dele ou não com organização criminosa”, explicou.

Ainda conforme o promotor, a moto que Brittes usava e que está em nome de um traficante condenado a mais de 30 anos de prisão, o chip de celular que pertencia a um homem morto com tiros de fuzil em São José dos Pinhais, entre outros fatos, podem apontar para novos crimes. “Tudo tem origem estranha”, afirmou Milton.

Até o carro utilizado para transportar o jogador para a Colônia Mergulhão não está no nome do assassino confesso. No cadastro do Detran, o veículo consta como propriedade de uma casa de material de construção em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. Mas, desde 2015, o carro estava sendo usado, por procuração judicial, por Edenir Conton, o “Gauchinho”,   que está afastado da polícia e já foi preso por receptação de carro roubado e organização criminosa. Atualmente, Conton é o braço direito de Rubens Recalcatti na Assembléia Legislativa do Paraná. Ele é assessor parlamentar do ex-delegado. Além disso, ‘Gauchinho’ é padrinho de Allana Brittes.

Rubens Recalcatti, policial aposentado e deputado estadual, aparece em um vídeo numa festa de aniversário de Cristiana Brittes. Além disso, em uma das prisões de Edison, ele teria ligado para o deputado e ainda afirmado que tinha amigos policiais – tentando intimidar os agentes que o prenderam.

Em um vídeo, Recalcatti aparece desejando felicidades para Cristiana. “Cris, minha amiga especial, amiga do peito…Deus te abençoe com muitas vitórias na sua vida”. O policial aposentado é réu em um assassinato cometido em 2015, que aconteceu durante uma suposta abordagem policial. Além da relação pessoal, Edison e Recalcatti possuem o mesmo advogado.

Em coletiva na manhã desta segunda-feira (19), Recalcatti afirmou que existe uma relação, praticamente política. “Tenho muitos conhecidos no bairro que ele mora, participo ativamente na questão política”, declarou. Em contrapartida, o policial aposentado defendeu seu amigo Edenir Conton, afirmando que a relação dele seria estritamente política: “É a mesma que a minha e desconheço a relação dele com o carro”.

“Ele (Edison) jamais me ligou e jamais fui em uma delegacia de policia para pedir por ele ou por quem quer que seja”, disse exaltado.

Ainda na coletiva, o deputado estadual afirmou que é dever do Ministério Público abrir um inquérito quando existe um fato obscuro. “Eu estou pronto, a qualquer momento, para prestar esclarecimento”, disparou Recalcatti.

PASSAGENS PELA POLÍCIA
Além de matar o jogador Daniel Corrêa Freitas, Edison Brittes possui outras passagens pela polícia e responde por diversos processos desde 2005. Em abril de 2015, por meio de uma denúncia anônima, Brittes foi apontado de realizar adulteração de chassi de veículo. No documento consta que um indivíduo conhecido como ‘Júnior’ estaria circulando em São José dos Pinhais com um veículo Hyundai Sonata adulterado.

No dia 8 de junho de 2018, Brittes recebeu voz de prisão por porte ilegal de arma. Segundo o processo, ele foi parado na Avenida Manoel Ribas, em Curitiba, pois trafegava em alta velocidade. Durante a revista, os policiais encontraram a arma e, por isso, Edison foi conduzido para a delegacia para prestar esclarecimentos.

Com informações do G1 Paraná
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