
Agora Litoral
O empresário e jornalista André Pioli e o funcionário da prefeitura e empresário Aramis Nascimento, o Pichaco, viraram caso de polícia nesta sexta-feira (15) em Paranaguá, no litoral paranaense. O motivo? Um soco desferido por Pioli quando Pichaco estava conversando com o jornalista Oswaldo Eustáquio, da TVCI.
A agressão ainda não está bem esclarecida, mas, a princípio, teria sido motivada por alguns comentários feitos por Pichaco na eleição de 2016 – quando Pioli foi candidato a Prefeito e Pichaco apoiava outro candidato –, e outros feitos mais recentemente no facebook e em grupos de WhatsApp.
O episódio chamou atenção e virou motivo de piada e memes nas redes sociais, onde Pichaco é conhecido por distribuir desaforos e não medir as palavras. Em vista disso, já foi processado por injúria, calúnia e difamação por comentários feitos em seu perfil no facebook, mas foi absolvido.

VERSÕES
“O cara [Pichaco] foi dentro da TV tirar uma com a minha cara. Está há mais de um ano e meio me difamando e caluniando no facebook e pela cidade. A mim e à minha família”, resumiu André Pioli ao ser questionado pelo Agora Litoral do motivo da agressão.
Após registrar queixa na 1ª Subdivisão Policial por lesão corporal, Pichaco deu sua versão nas redes sociais. “Foi uma agressão covarde”, escreveu. Disse que levou o soco de Pioli quando estava tomando um cafezinho. Ele não retornou o contato feito pelo Agora Litoral.

CARANGUEJO
Segundo informações, Pichaco teria ido à sede da TVCI para conversar com o jornalista Oswaldo Eustáquio e contar detalhes da polêmica escultura do caranguejo na praça de eventos. Queria esclarecer alguns pontos da obra, que foi erguida em doação, mas que até hoje não tem doador.
Pichaco teria confirmado a Eustáquio que a obra não foi paga por ninguém, já que a empresa Cattalini desistiu da doação após tomar conhecimento de algumas críticas acerca da escultura. A Cattalini teria entregue à Prefeitura uma Carta de Intenção sobre a obra em 13 de novembro, mas voltou atrás.
VALOR
Extraoficialmente, segundo Pichaco, a escultura teria saído por menos de R$ 10.000 – R$ 6.500 para o escultor (Índio Artesão) e R$ 3.000 dos ferros e concreto utilizados. Esses materiais teriam sido pagos pelo próprio Pichaco. Segundo ele, o Índio Artesão ainda não teria recebido pelo trabalho.
ESCULTURA ELOGIADA
Mesmo sem ter sido pago, e agora sem saber se irá ou não receber, Índio Artesão provavelmente nunca teve tanta divulgação do seu trabalho. Afinal, o que está sendo discutido em Paranaguá é como a escultura foi erguida (já que não houve doador), e não a qualidade da obra.
A escultura é a prova do talento do artista. E tem recebido elogios de parnanguaras e turistas que a visitam, muitos talvez por terem visto imagens do caranguejo nas redes sociais e outros veículos de comunicação.
IMPASSE
O prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque, corre agora para resolver esse impasse. Afinal, não houve a tal doação anunciada, a Prefeitura não abriu licitação ou chamamento para parceria, não fez qualquer convênio, mas a placa oficial da obra está lá.
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