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Prisão de ex-marido de Andrielly deverá ser prorrogada

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Diogo Coelho Costa está detido desde 19 de maio

Banda B
Diante da descoberta do corpo da jovem Andriely Gonçalves da Silva, de 22 anos, a Polícia Civil pedirá à Justiça a prorrogação, por mais um mês, da prisão temporária do ex-marido Diogo Coelho Costa. O soldado da Polícia Militar (PM), que está detido desde o dia 19 de maio, é o principal suspeito de cometer o homicídio.

A estudante de Direito foi encontrada morta às margens da Estrada da Graciosa no fim da tarde da última sexta-feira (8), quase um mês após o desaparecimento. Nesta segunda (11), o Instituto Médico Legal (IML) confirmou oficialmente a identidade do corpo, por meio de exames da arcada dentária.

Segundo o delegado Reinaldo Zequinão, essa descoberta faz a investigação avançar. “A prisão temporária do Diogo está quase vencendo. Por isso, vamos analisar todos os elementos já produzidos e encaminhar a petição ao meio judiciário, além de apontar as diligências que ainda devem ser feitas. Nós precisamos da prorrogação do prazo. Só não pedimos a prisão preventiva, por enquanto, devido às peculiaridades do caso”, disse ele em entrevista à Banda B.

De acordo com o delegado, uma das pistas mais importantes é o sangue encontrado no veículo do ex-marido de Andriely, identificado com o uso do luminol – substância química que torna visível manchas que não podem ser vistas a olho nu. O IML já coletou uma amostra de sangue da mãe da vítima para o confronto de DNA.

“O mais importante era encontrar o corpo, que comprova o homicídio, a hipótese mais forte com a qual já trabalhávamos. O problema é que, devido ao estado avançado de decomposição, ainda não conseguimos definir a causa da morte”, completou Zequinão.

Análise do corpo
O diretor do IML, Paulino Pastre, declarou que todas as pesquisas possíveis já foram realizadas a partir da análise do corpo. “Nós estamos trabalhando desde o sábado de manhã e já fizemos tudo o que poderia ser feito. Examinamos toda a parte da arcada dentária e não constatamos nenhuma fratura. Não conseguimos apurar a causa médica da morte, devido ao estado avançado de decomposição”, explicou.

Não foi identificado, a princípio, nenhum sinal de agressão que poderia ter provocado a morte de Andrielly. O casaco que a estudante usava continha três perfurações, que ainda precisam ser analisadas. “Pode ser algo relacionado ao caso ou simplesmente marcas provocadas pelo tempo, ou pelo corpo ter rolado em declive, não temos como afirmar. Em uma semana, no entanto, teremos o resultado dos exames do sangue no carro”, concluiu.

Defesa
Após a descoberta do corpo, a defesa de Diogo voltou a negar o envolvimento dele no crime. A versão do soldado dá conta de que ele deixou Andriely “perto de uma rodovia ou de um ponto de ônibus” na madrugada do desaparecimento, porque ela “tinha intenções de ir para São Paulo”.

Sobre o sangue no automóvel, a defesa alega que se trata de menstruação da jovem, porque ela sofreria de endometriose, o que causava um fluxo muito intenso no período menstrual.

Diogo está preso na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEC), na região metropolitana de Curitiba. A Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, continua a investigar o caso.

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