Agora Litoral
A paralisação dos caminhoneiros chega ao 9º dia, nesta terça-feira (29), nas rodovias do Paraná. Na madrugada de hoje, havia 172 pontos de manifestações nas estradas estaduais. Até a tarde de segunda-feira (28), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tinha contabilizado 84 locais com protestos nas estradas federais do Paraná.
A paralisação, que conta com o apoio da população, afeta diversos setores, entre eles o abastecimento de gêneros alimentícios nos supermercados. Em Paranaguá e cidades do Litoral, as prateleiras de supermercados encontram-se vazias, principalmente no setor de hortifrutigranjeiros. No Hiper Condor, por exemplo, na tarde de segunda-feira, não havia nenhum legume ou hortaliça nem fruta, carne ou pão.

O transporte coletivo em Paranaguá está operando, porém com menos ônibus e obedecendo o horário utilizado aos sábados. As aulas nas escolas municipais e universidades continuam suspensas. Os colégios estaduais não suspenderam as aulas. A situação é quase a mesma nas sete cidades da região.
Contudo, aos poucos, alguns serviços foram se normalizando. Alguns postos voltaram a receber combustíveis, o que formou imensas filas para abastecer. Na noite de segunda-feira, três postos receberam gasolina. Hoje está prevista a chegada de mais caminhões-tanque na cidade.

ACORDO
Um acordo fechado entre o Governo do Paraná e representantes de caminhoneiros definiu a liberação imediata de caminhões com todos os tipos de combustíveis e gás de cozinha em pontos de protesto nas rodovias no estado.
Ao mesmo tempo, a isenção na cobrança de pedágio para eixos suspensos de caminhões vazios passou a valer desde a segunda-feira (28) nas estradas do Paraná, de acordo com o governo estadual.
O governo do Paraná anunciou a redução e o congelamento da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre o óleo diesel, no domingo (27). A base de cálculo vai de R$ 3,20 para R$ 2,95 a partir de 1º de junho, de acordo com a governadora Cida Borghetti e será mantida por três meses.
A redução deve representar queda de cerca de 4 centavos sobre o preço do combustível vendido nas bombas.