A Unidade de Segurança Portuária (Uasp) da Portos do Paraná intensificou a fiscalização marítima de contrabordo, como é tecnicamente designada. A ação agora acontece 24 horas, costeando todo o cais, da ponta leste do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), até a ponta oeste, onde estão localizados o píer de inflamáveis.
A medida foi implementada a partir de uma determinação da Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos). Segundo o chefe da Uasp, major César Kamakawa, as embarcações têm que se manter a uma distância de pelo menos 200 metros do cais do porto.
“Às vezes o pessoal se aventura ali para atividades de pesca. Aproveitando exatamente essa questão, os mal-intencionados, ligados ao crime organizado, aproveitam também esse momento para inserir drogas nos cascos dos navios”, explica o major.
“Se não existisse essa fiscalização por água, dificilmente esses embarques e desembarques que acontecem através dessas escadas, e que podem em alguns casos ser considerados clandestinos, poderiam estar ocorrendo com apoio de embarcações menores, contratadas para essa finalidade”, explica.
O major afirma ainda que a escada de contrabordo pode também ser utilizada por tripulantes para embarcar ou desembarcar do navio de forma clandestina, burlando a fiscalização da autoridade portuária, inserindo na embarcação mercadorias de origem duvidosa e não declaradas perante a Receita Federal ou até mesmo favorecendo o tráfico internacional.