As medidas de contingência contra a Covid-19 adotadas no Porto de Paranaguá serão utilizadas como modelo nas divisas, fronteiras e aeroportos do Paraná. Representantes da Secretaria de Estado da Saúde visitaram as instalações portuárias nesta sexta-feira (19) para conhecer os protocolos de entrada de trabalhadores portuários e caminhoneiros. Desde março, houve 400 mil triagens no acesso ao cais e ao pátio de descarga de grãos.
Já são 82 dias, desde o início do funcionamento das estruturas médicas contratadas pela Portos do Paraná. Diariamente são feitas cerca de 4,8 mil aferições de temperatura. “Esse cuidado é fundamental para dar segurança aos trabalhadores que não podem parar. As equipes de saúde estão disponíveis 24 horas por dia, todos os dias da semana, para avaliar sintomas e fazer o encaminhamento necessário”, destaca o diretor-presidente da empresa pública, Luiz Fernando Garcia.
Além dos médicos e profissionais de enfermagem, foram instaladas tendas e comprados materiais de limpeza, equipamentos para higiene de mãos e calçados, além de contratado serviço de desinfecção diária dos prédios. Toda a estrutura será mantida até o final da pandemia.
De acordo com o diretor da Regional de Saúde, as medidas adotadas pela Portos do Paraná se destacam no Estado. “Aqui se criou um modelo ágil. O porto acumulou experiência bastante significativa e a dinâmica estabelecida já serve de modelo para outras regiões. Os médicos visitaram outras regiões de fronteiras e aeroportos e nenhuma delas se mostrou tão eficiente quanto a estrutura montada em Paranaguá”, afirma Abreu.
Ele adianta a intenção é que a pasta amplie a testagem dos caminhoneiros e trabalhadores do porto e intensifique as vacinações contra gripe para estes grupos.
“Passado o primeiro momento de prevenir a entrada da doença via mar, agora o foco é evitar a chegada do vírus por terra, já que temos contágio comunitário. Nós estamos agindo conforme percebemos a dinâmica de propagação da doença e isso tem que ser feito muito rápido”, explica.
“A partir do momento que tivermos um ganhador do processo licitatório e o contrato for homologado, a cláusula resolutiva permite que o atual contrato seja rompido e que assuma o novo ganhador”, explica o chefe da Seção de Compras Fabio Veiga.
O cuidado com a transparência e a legalidade tem balizado os trabalhos. “Essas compras são fiscalizadas pelo Tribunal de Contas do Estado e pela Controladoria Geral do Estado e, de modo pró-ativo, os contratos estão sendo enviados também ao Ministério Público”, acrescentou Veiga.