O Porto de Paranaguá é a principal porta de saída do óleo de soja brasileiro. Das 1,7 milhão de toneladas exportadas pelo Brasil em 2021, mais de 70% saíram pelo porto paranaense. Os embarques do produto cresceram 34% no último ano: foram de 904.332 toneladas, em 2020, para 1,2 milhão de toneladas, em 2021.
Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e reforçam os números consolidados pela empresa pública Portos do Paraná.
“Os terminais e operadores dos granéis líquidos do Porto de Paranaguá, tanto do píer público quanto do privativo, são altamente capacitados e oferecem serviços e estrutura de excelência”, explica o diretor de operações Luiz Teixeira da Silva Júnior.
Além do óleo de soja, Paranaguá tem capacidade para operar líquidos como álcool e derivados de petróleo. Investimentos internos e externos permitem a expansão da área de tancagem, modernização dos sistemas de tubulações e bombeamento.
Ao todo, foram 7,9 milhões de toneladas de granéis líquidos movimentados em 2021 (4% a mais que as 7,6 milhões de toneladas registradas em 2020). As exportações representaram 23,5% do total (1,86 milhão de toneladas) e o óleo de soja foi o principal produto enviado (65%). A receita gerada pela venda da commodity foi de US$ 1,31 bilhão.
Segundo Guzen, a segurança e agilidade para operar pelo Porto de Paranaguá reduzem os custos logísticos e compensam o frete de transporte.
“O que atrai os exportadores é a eficiência e a estrutura, tanto de armazenagem quanto de embarque. Hoje, temos dois dutos exclusivamente para carregar o óleo de soja, com uma vazão que passou de 500 para 850 toneladas/hora”, diz.
Para ele, a parceria pública e privada contribui para os resultados. “Iniciativas da Portos do Paraná, como a solução para as partes rasas da Pedra da Palangana, a manutenção permanente do canal de acesso e a desburocratização, dão segurança para que as empresas realizem investimentos de infraestrutura”, afirma.