O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (18/12) a prisão preventiva do jornalista Oswaldo Eustáquio Filho, conhecido nacionalmente como blogueiro bolsonarista.
Eustáquio cumpria prisão domiciliar, mas deixou sua casa e se deslocou até o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado pela ministra Damares Alves. Ele é monitorado por uma tornozeleira eletrônica, que apontou o deslocamento.
A Vara de Execuções Penais da Justiça do DF afirmou ao STF que não houve nenhuma autorização para que Oswaldo Eustáquio deixasse a prisão domiciliar.
O jornalista é investigado desde junho no inquérito que apura o financiamento e a organização de atos antidemocráticos. Durante os atos, manifestantes foram às ruas com pedidos inconstitucionais, como o fechamento do Congresso e do Supremo.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a prisão preventiva é necessária porque as medidas alternativas não estão sendo cumpridas pelo investigado.
“Após sucessivas oportunidades concedidas ao investigado, ele continuou a insistir na prática dos mesmos atos que lhe foram anteriormente vedados por expressa determinação da Justiça, situação que revela a inutilidade das medidas cautelares impostas, bem como a própria ineficácia da prisão domiciliar, haja vista que Oswaldo Eustáquio Filho, ao invés de permanecer no interior da sua residência cumprindo o que lhe fora determinado, continuou circulando livremente além do limite permitido”, escreveu o ministro.
Moraes afirmou que, diante dessa conduta, “impõe-se, portanto, a decretação da prisão preventiva, haja vista que as medidas impostas não alcançaram o efeito disciplinar e pedagógico que eram esperados”.
PERSEGUIÇÃO
“O ministro Alexandre de Moraes realmente está perseguindo o Oswaldo Eustáquio. O que é mais grave, é que a Procuradoria-Geral da República já tem cinco pedidos desde setembro para liberá-lo e não libera. Pedidos protocolados pela própria PGR. Há uma perseguição, porque na verdade o Oswaldo denunciou o escritório da mulher dele. Acho que é uma retaliação do ministro”, afirmou Paulo Goyaz, um dos advogados de defesa do jornalista.
Com informações do Metrópoles
NOTA DA REDAÇÃO
O Agora Litoral entrou em contato com Oswaldo Eustáquio pelo WhatsApp. As mensagens foram lidas, porém não respondidas.
Eustáquio tem fortes ligações com o litoral paranaense. Ele atuou por muitos anos como Coordenador de Jornalismo da TVCI, em Paranaguá.
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