Paranaguá, PR
Agora Litoral
Os trabalhadores em asseio e conservação de Paranaguá, no litoral paranaense, ameaçam cruzar os braços a partir de sexta-feira (7) pela falta de pagamento por parte da empresa Paviservice, terceirizada pela prefeitura municipal para os serviços de coleta de lixo e limpeza de ruas. O atraso nos pagamentos já estaria se acumulando há meses, segundo os trabalhadores.
“Aqui está um verdadeiro jogo de empurra-empurra entre a prefeitura e a empresa”, disse o vereador parnanguara Jaime da Saúde, do PSD. Segundo ele, a empresa não paga os trabalhadores, alegando que a prefeitura não fez o repasse dos devidos valores. Por sua vez, a prefeitura não dá sua versão dos fatos, ficando o dito pelo não dito. “E quem sai perdendo são os trabalhadores”, denunciou Jaime.
Na manhã desta quarta-feira (5), dirigentes do Siemaco – sindicato filiado à UGT e que representa os trabalhadores em asseio e conservação de Paranaguá – estiveram na empresa e coordenaram uma assembleia geral dos trabalhadores. A categoria decidiu pela paralisação geral a partir de sexta-feira, caso os salários não sejam pagos.
“São esses maus empresários, que se multiplicam aos milhares Brasil afora, que querem aprovar essa malfadada reforma trabalhista para poderem explorar ainda mais a classe trabalhadora”, lembrou o presidente da UGT-PARANÁ, Paulo Rossi, que também é parnanguara, indignado com a situação dos trabalhadores em Paranaguá.
“É um absurdo nossa cidade viver uma situação dessas. Pagamos impostos, tais como IPTU, IPVA e tantos outros, rigorosamente em dia. O Estado fica com nosso dinheiro, gastando em sei-lá-o-quê, e na hora de termos serviços de saúde, educação, transporte, segurança e até mesmo limpeza pública, vivemos esse caos, fruto do mau uso do dinheiro público”, desabafou a professora parnanguara Letícia Leite da Silva.