
Do G1
A cidade de Paranaguá, no litoral paranaense, está infestada com o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. O fato foi revelado nesta sexta-feira (15), em um estudo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná.
O mosquito também transmite zika e chikungunya. Entre o dia 7 de dezembro e segunda-feira (11), foi verificada a presença do mosquito em 58% das armadilhas instaladas na cidade.
A situação, de acordo com o professor do Departamento de Zoologia da UFPR, Mario Navarro, torna urgente a remoção de criadouros para que não se agrave durante o verão.
A pesquisa começou a ser realizada em junho deste ano, com a instalação mensal de armadilhas. Conforme o professor, a elevação – de outubro até agora – foi grande. Antes as armadilhas, segundo o professor, indicavam a presença de 30 ou 40 ovos e, agora, elas têm entre 100 e 200 ovos, em alguns casos passando de 500.
Para combater o mosquito, a Sesa começou, nesta semana, a aplicação de fumacê no município. Mas, como o inseticida não consegue atingir todos os locais, a mobilização da população é fundamental para mudar a situação, de acordo com o professor.
EPIDEMIA
Paranaguá e outras cidades do Paraná tiveram, entre 2015 e 2016, uma epidemia de dengue.
De agosto de 2015 a julho de 2016, mais de 55 mil casos de dengue foram registrados no estado, com 61 mortes. Mais de 80 municípios paranaenses entraram para a lista epidêmica.
A VACINA
A cidade litorânea é uma das 30 contempladas pela campanha de vacinação do governo estadual.
Em novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a recomendar que a vacina da dengue não seja tomada por quem nunca teve a doença. A partir de então, a imunização passou a ser considerada segura apenas para aqueles que já foram infectados pelo vírus, segundo a Anvisa.
Porém, o Governo do Paraná informou que mantém a oferta da vacina contra a dengue. A campanha é gratuita e começou em agosto de 2016.
CASOS ATUAIS
Em 21 dias, o Paraná registrou 47 casos de dengue, conforme o boletim da Sesa divulgado na terça-feira (12).
No acumulado, desde o início de agosto – mês de início do novo período epidemiológico – foram 238 casos confirmados da doença no estado.