A constante falta de água na cidade de Antonina, no Litoral do Paraná, provocou uma manifestação neste sábado (4). Organizado pelas redes sociais, o protesto exige uma solução para o problema que afeta todos os bairros do município. Alguns, segundo moradores, chegam a ficar cinco dias sem o líquido.
FALTA DÁGUA É GERAL
Não é de agora que Antonina sofre com a falta de água nas residências, porém, nos últimos tempos, o desabastecimento tem agravado a vida dos moradores da histórica cidade.
Clayton Vinícius, presidente da Associação de Moradores do Jardim Maria Luiza e Itapema II, considera a falta dágua um descaso do Poder Público. “Estamos neste protesto reivindicando nosso direito. Queremos água em nossas torneiras. A cidade toda sofre, e é necessária uma solução o mais urgente possível”, observou.
Outro que exige uma rápida solução para o problema é Thiago Kostcoski, morador do bairro Caixa Dágua. “A situação em Antonina é grave. A falta dágua compromete todos os setores. Precisamos resolver isso. Sem água não podemos fazer nada. É um bem. E é um direito nosso. Pagamos por algo que não temos”, afirmou.
“Sabemos que o problema vem de anos, mas exigimos o cumprimento da promessa de campanha da atual administração de que resolveria o problema”, diz a advogada Ruth Fernandes de Oliveira, moradora da área central do município, para quem o baixo poder aquisitivo da população impede que todos tenham uma caixa dágua para armazenar o líquido.
“Esses constantes cortes de água prejudicam todos, principalmente os idosos, as crianças e os doentes, que chegam a ficar quinze dias sem água. Estou no protesto em solidariedade aos nossos amigos e vizinhos”, disse ela, em entrevista a Denilson Pinheiro.
Prefeito diz que problema será solucionado até o final de abril
Consultado pelo Agora Litoral, o prefeito de Antonina, José Paulo Azim, reconheceu como legítimo o protesto e salientou que a nova adutora – que estaria com 80% da obra pronta – resolverá definitivamente o problema da falta de água no município. “A nova adutora dobrará o fluxo de água na cidade”, adiantou.
Zé Paulo explicou que o sistema é defasado, a começar pela bitola dos canos. “A atual adutora tem 50 anos. A água que chega é insuficiente”, disse.
Ainda de acordo com o prefeito, após assumir o Executivo Municipal, em 2017, foi atrás de uma verba na Fundação Nacional de Saúde-Funasa (que não havia sido liberada por falta de alguns itens exigidos e não cumpridos pelo Município), conseguiu cumprir as exigências e a obra da nova adutora iniciou na metade de 2018.
Porém, a troca de comando no Governo Federal fez com que o repasse de verba parasse e só fosse reiniciado em maio de 2019. “Isso atrasou a obra, mas nossa previsão é que até o final do mês de abril o problema da falta de água em Antonina seja solucionado definitivamente”, prometeu.
