O Ministério da Saúde confirmou que o Brasil registrou, até o momento, cinco casos da subvariante BA.2 da Ômicron, a mais contagiosa entre todas as variantes da Covid-19. Dois deles foram detectados em São Paulo, outros dois no Rio de Janeiro e o mais recente em Santa Catarina. A informação foi dada pelo secretário-executivo do Ministério da Saúde neste sábado (05/02).
A subvariante preocupa por ser pelo menos 33% mais transmissível que a cepa original da Ômicron e por demonstrar um maior potencial de infectar pessoas já vacinadas contra o coronavírus.
Em nota, o Ministério esclarece que a sublinhagem não tem impacto no diagnóstico laboratorial e na eficácia das vacinas contra a Covid-19.
“Até o momento, não existem evidências relacionadas a nova linhagem que demonstrem mudanças na transmissibilidade, quadro clínico, gravidade ou resposta vacinal”, acrescentou.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a subvariante foi detectada em pelo menos 57 países. A variante Ômicron, que se propaga e sofre mutações com rapidez, já se tornou globalmente dominante.
Em seu boletim epidemiológico semanal, a OMS explica que essa variante, que representa mais de 93% de todas as amostras de coronavírus coletadas no último mês, possui diversas subvariantes: BA.1, BA.1.1, BA.2 e BA.3.
A BA.1 e a BA.1.1 – as primeiras versões identificadas – seguem representando mais de 96% dos sequenciamentos de Ômicron incluídos no banco de dados global GISAID.
No entanto, há um aumento notável no número de casos relacionados à BA.2, que apresenta várias mutações que diferem da versão original, principalmente na proteína spike que marca a superfície do SARs-CoV-2 e é essencial para a entrada nas células humanas.
Ministro da Saúde alerta que país não atingiu pico da variante Ômicron
Diante do avanço da variante no país, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu durante a manhã deste sábado (05/02) com a equipe do ministério para analisar a última semana epidemiológica no Brasil. O titular destacou, via redes sociais, que “ainda não chegamos no pico da onda causada pela Ômicron” e que o enfrentamento contra a doença continua.
“Monitoramos a pressão sobre o sistema de saúde, em especial a ocupação de leitos de UTI. Há espaço para abertura de novos leitos e estamos apoiando os Estados sempre que necessário. A atenção primária também tem sido reforçada”, disse.
“Felizmente, alguns Estados já apresentam redução de casos e esperamos que nas próximas semanas essa queda se mantenha em todo o País”, acrescentou.
Atualmente, a variante Ômicron é predominante no país e é responsável por 95,6% dos casos, de acordo com números divulgados na última sexta-feira (4), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).