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Litoral do Paraná registra encalhe incomum de animais marinhos

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Atobá resgatado pela equipe do CEM

O Litoral do Paraná tem registrado nos últimos dias um encalhe incomum de animais marinhos para essa época do ano.

Mais de cem animais marinhos – como tartarugas, golfinhos e pinguins – foram encontrados na região em cinco dias.

Nesta quarta-feira (14), um lobo-marinho encalhou com vida na Ilha do Mel, em Paranaguá.

O Centro de Estudos do Mar (CEM), da Universidade Federal do Paraná-UFPR, diz que o encalhe desses animais não é comum para essa época do ano e sim do final do mês de outubro até novembro.

RESGATE
O trabalho de resgate desses animais marinhos foi feito pelo Laboratório de Ecologia e Conservação do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR, que fica em Pontal do Sul, em Pontal do Paraná.
Um dos animais resgatados foi o bobo-pequeno, que é uma espécie de ave do Reino Unido, que normalmente sai da Europa para buscar alimento no litoral paranaense. Alguns ficaram debilitados demais e precisaram ser resgatados.

Foi o que aconteceu também com um pinguim da Argentina, que encalhou em uma praia de Guaratuba, e com fragatas, atobás e muitas outras aves e mamíferos marinhos.

“Nós encontramos uma diversidade grande de fauna. Foram muitos animais e de espécies diferentes. Cinco espécies de tartarugas marinhas; nós também tivemos espécies de aves, entre elas aves migratórias do Hemisfério Norte, como o bobo-pequeno, aves migratórias do Hemisfério Sul, como os pinguins. Tivemos várias espécies de aves costeiras que chegaram e também golfinhos e um boto-cinza”, afirmou a coordenadora do Centro de Estudos do Mar da UFPR, Camila Domit.
POUCOS SOBREVIVEM
Entre sexta (9) e terça-feira (13), foram resgatados 150 animais nas praias do Paraná. Cerca de 100 deles estavam entre Pontal do Sul e Ipanema, que também fica em Pontal do Paraná, em um trecho de 14 quilômetros.

Apesar de todos os esforços das equipes, a maioria já encalha na praia sem vida. Apenas 10% deles sobrevivem.

“Os encalhes de fauna marinha que nós encontramos não são só reflexo daquele momento onde nós encontramos a carcaça ou encontramos o animal debilitado na praia. Eles são reflexo de toda a condição climática, oceanográfica, da semana que se passou antes de encalhe”, explicou Camila.

O bobo-pequeno é a espécie que é mais encontrada com vida. Os sobreviventes dessa jornada são resgatados, atendidos, passam por exames e ficam no Centro de Reabilitação até – se possível – ganharam a liberdade de volta.

A orientação para quem encontrar algum animal encalhado na praia é não mexer nele e ligar para o Centro de Estudos do Mar.

O telefone para o resgate de animais marinhos é 0800 64 233 41.

Com informações da RPCTV/G1 Paraná
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