O Ministério da Economia anunciou na segunda-feira (16), um pacote de recursos financeiros para as ações para conter os efeitos econômicos do novo coronavírus. Serão injetados R$ 147,3 bilhões na economia.
O dinheiro deverá vir do adiantamento do abono salarial, da ampliação do Bolsa Família, além da transferência de valores não sacados do PIS/Pasep para o FGTS, entre outras medidas.
Há dois tipos de medida no conjunto anunciado que trazem impacto fiscal, como o reforço no orçamento do Bolsa Família e a isenção de impostos para equipamentos hospitalares.
O governo também estuda suspender pagamentos da contribuição sobre a folha de salários para evitar que empresas comecem a demitir funcionários diante da queda na demanda e no faturamento.
R$ 83,4 BILHÕES PARA OS MAIS POBRES
Serão até R$ 83,4 bilhões para população mais vulnerável, disse o ministro Paulo Guedes (Economia). Mais R$ 39,4 bilhões para manutenção de empregos.
Além disso, haverá a destinação de mais recursos para o combate à pandemia do Covid-19, além dos R$ 5 bilhões que já foram disponibilizados.
O governo informou que valores não sacados de PIS/Pasep serão transferidos para o FGTS para permitir novos saques, no valor de R$ 21,5 bilhões.
A ideia da equipe econômica é facilitar os saques futuramente por meio, por exemplo, de uma ampliação do saque aniversário (modalidade de retirada anual, criada em 2019).
Também será antecipado o pagamento do abono salarial. O desembolso será feito em junho, totalizando R$ 12,8 bilhões.
O governo também pretende destinar mais R$ 3,1 bilhões ao programa Bolsa Família para que mais de um milhão de famílias entrem no programa de transferência de renda e que vem sofrendo com a falta de recursos.