Familiares de Kelvin Mendes dos Santos, de 19 anos, assassinado em uma das celas da Cadeia Pública Pires Pardinho, em Paranaguá, no início da tarde de sexta-feira (6), um dia após ser preso, estão na cidade em busca de explicações. Querem saber como o fato ocorreu e que providências a Polícia Civil está tomando a respeito do caso.
Em contato com o Agora Litoral, uma tia dele, que pediu para não ser identificada, disse que a família quer realizar o traslado do corpo para Curitiba para fazer o sepultamento, já que Kelvin não possui parentes em Paranaguá. “Ele tinha alguns problemas relacionados com drogas, mas ninguém merece morrer da forma como ele foi, e ainda mais dentro da cadeia”, afirmou.
Segundo ela, Kelvin estava há pouco tempo em Paranaguá, e a decisão dele vir para o Litoral do Paraná, a princípio, até foi vista com bons olhos pelos familiares, que pensaram que ao se afastar da capital paranaense ele poderia começar uma nova vida. “Mas, infelizmente, acabou se envolvendo naquele assassinato [de quinta-feira, em frente a uma panificadora], e acabou morrendo também”, lamentou a tia do rapaz.
Irmã do pai de Kelvin, ela e os demais familiares tentam liberar o corpo no Instituto Médico Legal (IML) para levá-lo a Curitiba, porém até o encerramento dessa reportagem não haviam conseguido preencher todas as formalidades legais para tal.
SUSPEITA
A tia de Kelvin Mendes dos Santos não acredita na versão dada por Jhonata Fragoso Padovany, de 25 anos, que se disse autor do assassinato do ex-amigo na cadeia. De acordo com ela, Kelvin deve ter sido vítima de uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios, já que ele havia se envolvido em problemas com esse grupo em Curitiba.
Por último, disse que a Polícia Civil tem a obrigação de esclarecer o ocorrido em uma das celas da carceragem de Paranaguá e também explicar como um vídeo de Kelvin assassinado foi feito e distribuído nas redes sociais. “Foi horrível; ficamos sabendo da morte dele após recebermos cópia daquele vídeo”, reclamou.
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