PARANAGUÁ, PR
Agora Litoral
Representantes das sete escolas de samba de Paranaguá decidiram em assembleia, não desfilar no carnaval fora de época, agendado para acontecer no próximo dia 31 de dezembro. A informação havia sido adiantada pelo Diário do Estado, e foi confirmada na tarde desta sexta-feira durante o encontro ocorrido na sede da Associação das Escolas de Samba (AESP), no Mercado Municipal.
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De acordo com a ata da assembleia, as agremiações alegaram falta de comunicação do poder executivo em avisá-las a respeito das decisões anteriores. No ano passado, a Fundação Municipal de Turismo, por meio da Prefeitura, fez o repasse de R$ 300 mil para o Carnaval 2016, que acabou adiado quatro vezes desde fevereiro, fato que irritou as escolas de samba que já haviam se preparado para entrar no sambódromo.
No dia 03 de dezembro, uma estrutura de R$ 83 mil foi montada na Avenida Maximiano da Fonseca, no centro da cidade, mas no entanto não chegou a utilizada, já que a prefeitura em cima da hora, decidiu cancelar novamente o evento por conta do luto nacional com o acidente envolvendo o time da Chapecoense.
Troca de farpas
O documento oficial do encontro dos representantes das escolas de samba foi obtido pelo Diário do Estado. Nele, é relatada a inviabilidade com a data programada pelo executivo. Segundo Julio César Mariano, presidente da AESP, no dia 31 de dezembro os componentes das escolas estarão em compromissos de família, em virtude do réveillon, tornando impossível o desfile.
Por outro lado, a Prefeitura de Paranaguá alfinetou as agremiações. Segundo a Assessoria de Comunicação, cabe ao órgão do executivo disponibilizar a estrutura para o evento, e as consequências do “não-desfile” será das escolas de samba, que além de serem multadas, ficariam impossibilitadas de receber recursos públicos para os próximos carnavais, até já que o valor repassado no final de 2015 não foi declarado ao Tribunal de Contas (TCE-PR).
O desfile ainda em 2016 é, de acordo com a prefeitura, uma determinação do TCE que prevê uma multa de R$ 500 mil caso o evento não ocorra.
Veja os documentos: