Agora Litoral
A Justiça decretou a Prisão Preventiva do tripulante filipino Rodney Aribal Carbajal, de 31 anos, suspeito de ter assassinado Claudia Helena Gaspar, de 38, na madrugada de terça-feira (20) em Paranaguá, no litoral do Paraná. O crime aconteceu na casa da garota de programa, localizada na Rua Professor Cleto, a poucos metros da boate aonde os dois se conheceram, no bairro Rocio.
Acredita-se que Claudia Helena tenha sido assassinada pouco tempo depois do casal ter sido deixado na residência dela por um taxista. Claudia e o filipino teriam chegado no local por volta das 3 da madrugada. No entanto, o homicídio (feminicídio) só foi descoberto na noite de quarta-feira, após amigas da vítima chegarem à residência dela e encontrarem tudo fechado.
Elas estavam preocupadas com Claudia Helena – que não atendia o celular há horas nem respondia as mensagens enviadas. Ao entrarem na casa de Claudia se depararam com a amiga nua, em meio a muito sangue. Fotos da cena do crime vazaram e foram parar em grupos de WhatsApp. A violência empregada contra a vítima chocou todos que tiveram acesso às imagens.
Ainda não foi concluído o laudo oficial da perícia técnica, mas a princípio Claudia Helena teria sido morta com golpes de um bloco de concreto na cabeça e também por diversas perfurações no corpo, provocadas por uma garrafa quebrada. Tudo indica que ela tenha sofrido hemorragia externa e sangrado até a morte.
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Nessa quinta-feira (22), Rodney Carbajal foi levado à Audiência de Custódia onde foi analisada a necessidade e a legalidade da sua prisão em flagrante, feita pela Polícia Civil no interior do navio Star Lygra, que, inclusive, já partiu do porto de Paranaguá. O juiz responsável pelo instrumento processual considerou haver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e decretou a Prisão Preventiva do filipino.
Em entrevista, o delegado Nilson Diniz informou que Rodney Carbajal está sendo autuado por homicídio qualificado em vista do excesso de golpes desferidos contra Claudia Helena, muito além do necessário para concretizar o homicídio, cuja pena varia de 12 a 30 anos, mas não descarta o envolvimento de outras pessoas no assassinato.
Disse também que a perícia técnica realizou coleta de impressões digitais na casa de Claudia para ver se não existem no local outras impressões que não sejam as do principal suspeito. “É necessário tratar o caso com cautela, com apuração de todas as provas e laudos, para que se possa apurar se o filipino é de fato o autor do homicídio”, observou o delegado Diniz.
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