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Coronavírus: Medo do desabastecimento lota supermercados do Litoral

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O efeito de pânico que se instalou ao redor do mundo com a pandemia do Covid-19 começa a chegar ao Brasil. Ainda não tem a dimensão do movimento que ocorre em cidades da Europa e Estados Unidos, mas já pode ser percebido em alguns supermercados nos quais as prateleiras estão se esvaziando rapidamente, pois a clientela começou a fazer estoques em casa.

Em Pontal do Paraná, no Litoral paranaense, o supermercado Bavaresco estava lotado na manhã desta terça-feira (17). A fila do açougue tinha senha e a reportagem do Agora Litoral presenciou uma cliente com o número 624 para comprar carne.

A mesma correria foi registrada por nossa reportagem no HiperCondor em Paranaguá, onde, na noite de segunda-feira (16), longas filas foram notadas, com carrinhos abarrotados de produtos dos mais variados. Perto das 19 horas o álcool em gel havia sumido das prateleiras.
Com o surto do coronavírus tomando proporções cada vez maiores, há um sinal claro do medo da doença no dia a dia, que é a imagem de famílias estocando comida – mesmo que ainda não haja crise real de abastecimento.

Em todo o Brasil alguns supermercados estão enfrentando problemas pontuais com produtos de higiene e álcool em gel. Essa realidade é visível, por mais que as entidades que representam o setor de supermercado se apressem a mostrar que está tudo normal.

A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) se pronunciou por meio de nota, informando que não houve desabastecimento, mas, em alguns estados, foram registradas falta de reposição devido à velocidade que o produto foi consumido.

“A falta de um ou outro produto não configura desabastecimento”, disse a assessoria da associação.

“O abastecimento nas lojas que integram o autosserviço nacional segue dentro da normalidade. O aumento nos casos de coronavírus tem gerado maior procura por álcool gel, que é um produto preventivo, e também por alguns itens de primeira necessidade, como papel higiênico, por exemplo. Contudo, não há registros de desabastecimento das gôndolas, especialmente em relação a itens essenciais para o consumo das famílias”.

A entidade conta com 27 associações estaduais de supermercados e está monitorando essa questão de forma permanente e destacou “que todos os elos que integram a cadeia de abastecimento (produtores, indústrias, distribuidores, transportadores e varejo) estão empenhados em manter a qualidade operacional das mais de 89 mil lojas do setor, que atendem, diariamente, mais de 27 milhões de consumidores”.

Feijão e arroz aumentaram
Apesar da negativa de aumento de preços, no último final de semana, o consumo de itens básicos, como arroz e feijão, teve aumento de 50%. A informação foi repassada por Renato Franzner, presidente da Urbano Alimentos, ao jornal Valor Econômico.

A companhia catarinense é a sexta maior beneficiadora de arroz e feijão do país e também produz macarrão e farinha de arroz.

Ela já trabalhava em três turnos, aumentou a produção de 70% para 100% da capacidade instalada. “Mesmo assim, levaremos de 30 a 40 dias para atender aos pedidos atuais”, disse.

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