Agora Litoral
Com o aumento do período de chuvas, a conta de luz não terá cobrança de taxa extra em janeiro. A bandeira verde foi confirmada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), depois de seis meses de taxas adicionais.
Nos meses de outubro e novembro, por conta dos baixos níveis dos reservatórios das hidrelétricas e da escassez de chuvas, o consumidor teve de arcar com a conta de luz na bandeira vermelha patamar 2, a mais cara do sistema com a cobrança adicional de R$ 5 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em dezembro, a bandeira havia caído para o patamar 1, com a taxa extra de R$ 3 a cada 100 quilowatts-hora.
No início de dezembro, a Aneel já havia sinalizado a possibilidade de cobrança da tarifa amarela em janeiro. No entanto, segundo a agência, com a chegada do período de chuvas, houve um acréscimo no nível dos reservatórios, diminuindo a necessidade de acionamento das térmicas e possibilitando a adoção da bandeira verde.
“O acionamento dessa cor indica condições favoráveis de geração hidrelétrica no Sistema Interligado Nacional. Mesmo com a bandeira verde é importante manter as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício de energia elétrica”, destacou a Aneel em nota.
Embora não haja previsão de cobrança extra para janeiro, o consumidor deve ficar atento à possíveis altas. De acordo com levantamento da consultoria especializada TR Soluções, na média, as tarifas devem fechar o ano com alta de 14% e subir 9,4% em 2018.
BANDEIRA
O sistema de bandeira tarifária foi criado para equilibrar os gastos extras por conta da utilização de usinas termelétricas, mais caras do que as hidrelétricas.
A cor da bandeira impressa na conta indica o custo em função das condições de geração de eletricidade. Quando chove menos, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no País.
Pelo sistema, são três bandeiras: verde (sem cobrança extra), amarela (cobrança de R$ 1 a cada 100 kWh) e vermelha, patamar 1 (R$ 3 a cada 100 kWh) e patamar 2 (R$ 5 a cada 100 kWh). Os valores foram reajustados em outubro deste ano.